A prova do Saresp (que avalia o aprendizado anual de alunos da rede paulista) teve um gostinho amargo para Lia, 13, nesta semana.
Apesar de boa aluna, ela não soube responder a parte das questões de português.E não foi por falta de estudo. "Foi por falta de professor", diz Cléo, 33, mãe dela.A professora de português de Lia na Joaquim Leme do Prado, zona norte da capital, está de licença há três meses e nenhum outro docente a substituiu. Os alunos ficam na sala ou no pátio "sem fazer nada", diz a menina. Mesmo sem aulas, ou avaliação, ela teve nota 8 no bimestre.
Lia é uma das vítimas de um problema que aconteceu em muitas escolas estaduais de SP ao longo do ano.
A Folha escutou relato semelhante em outras 11 escolas, de todas as regiões da cidade e da Grande SP. Em algumas, os estudantes chegaram a ficar até seis meses sem uma determinada disciplina.
Em Araraquara, interior do Estado, alunos do 3º ano fizeram um boicote ao Saresp, pois afirmam que não tiveram aulas regulares de química, história e física desde o começo do ano.
A falta de professores é consequência de uma lei estadual, de 2009, que determina que funcionários contratados sem concurso podem trabalhar por no máximo um ano. Depois, eles devem ficar afastados por 200 dias para evitar vínculo empregatício.
Por isso, poucos professores não estáveis (cerca de 10% da categoria) aceitam cobrir licenças temporárias. Preferem esperar por vagas com mais tempo de trabalho ou até desistem da profissão.
A situação deve piorar no próximo ano, pois os professores que deram aula neste ano terão que se afastar até o início do segundo semestre.
A Secretaria Estadual da Educação reconhece o problema e diz que tentará modificar a legislação neste ano.
AULA VAGA
Os alunos dizem ainda que a ausência dos professores não costuma ser suprida por atividades escolares.
"A gente traz jogo e fica jogando dentro da sala", diz Renata, 12, aluna da escola Castro Alves, na zona norte. Ela ficou dois meses sem ter aula de história neste ano.
Na escola, estudantes do 3º ano do ensino médio também ficaram cerca de seis meses sem aula de filosofia.A vice-diretora de uma escola confirmou aos pais o problema numa reunião que a Folha acompanhou: "Me parte o coração ver crianças assim. Mas nenhum professor quer pegar essas aulas".Na Folha dos tucanos
6 Comentários:
Os alunos das escolas estaduais do interior de SP também estão sofrendo com a falta de professores. Na escola onde trabalho, os alunos do EM não tiveram aulas de Química durante todo o segundo semestre; e em outras escolas faltam professores de Português, Biologia e Matemática. A ordem da SEE é para que as notas dos alunos sejam repetidas (como se eles tivessem tido as aulas!) e que os professores coordenadores inventem conteúdos dessas disciplinas nos diários de classe dos professores. Isso não constitui falsidade ideológica?
Ora porque reclmar agora se o gorveno não presta e estar ai vinte anos sem mudar nada e o povo paulista vota ainda no mesmo governo ,como eles dizem que o ensino e dez os professores e dez as escolas e dez .porque reclamar
pobre paulista.pobre são paulo.
q triste.esse é o retrato do ensino público de São Paulo.levar jogo pra"passar o tempo".mas os 50,6%de paulistas,optaram pelo continuismo do PSDB!depois são os professores e os"migrantes"(não é Serra)os culpados pelo péssimo desempenho dos estudantes.mas o PIG de são paulo,está nem aí.só se preocupa com futilidades!
Dois professores em cada sala eram parte do "Kit Serra de Ficção", ou propaganda enganosa, no popular.
Ao final da campanha, temendo ser desmascarado, resumiu à primeira série.
Dilma ganhou mas acho que poderia ter ganhado de muito mais, se o marketeiro petista mostrasse as mentiras serristas.
Zé Tomate (um tomatinho + um tomatinho = três tomatinhos) sempre foi mentiroso. Vai morrer mentindo.
Estão dando aula para ele tirar o diploma!.. Vamos Midia!! (PIG) vamos, coragem, pergunte para ele se tem diploma!!!
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