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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

José Serra (PSDB) quer fim do Mercosul e ameaça desmontar legado de Lula


Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula.

O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país.

O pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB) saiu do armário esta semana em Minas Gerais e, durante encontro com empresários prometeu desmontar o legado de Lula. O candidato do conservadorismo nativo afirmou o seguinte:

1) o PAC não existe - 'é uma lista de obras' - logo, não será continuado;

2) todos os contratos federais assinados durante o governo Lula serão revistos, logo, vai paralisar o Estado e o País;

3) o Mercosul só atrapalha; logo, vai desmontar a política externa que mudou a inserção subordinada e dependente do país herdada de FHC;

4) criticou a Funasa atual, logo, vai repetir o que fez quando foi ministro da Saúde de FHC, entre 1998 a 2002. E o que fez condensa em ponto pequeno o que promete agora repetir em escala amplificada, se for eleito.

Recuerdos pedagógicos:
1) Serra assumiu o ministério em 31 de março de 1998, em meio a uma epidemia de dengue; prometeu uma guerra das forças da saúde contra a doença;

2) iniciou então o desmonte que ameaça agora repetir;

3) primeiro, ignorou as linhas de ação e planos iniciados por seu antecessor, o médico Adib Jatene;

4) em nome de uma descentralização atabalhoada, transferiu responsabilidades da Funasa, Fundação Nacional de Saúde, o órgão executivo do ministério, para prefeituras despreparadas e sem sincronia na ação;

5) Em junho de 1999, Serra demitiu 5.792 agentes sanitários contratados pela Funasa em regime temporário, acelerando o desmonte do órgão, em sintonia com a agenda do Estado mínimo;

6) um mês depois, em 1º de julho de 1999, o procurador da República Rogério Nascimento pediu à Justiça o adiamento da dispensa dos 5.792 mata-mosquitos até que as prefeituras pudessem treinar pessoal; pedido ignorado por Serra.

7) Em 5 de agosto de 1999, num despacho do processo dos mata-mosquitos, a juíza federal Lana Maria Fontes Regueira escreveu: "Estamos diante de uma situação de consequências catastróficas, haja vista a iminente ocorrência de dengue hemorrágica".

8) O epidemiologista Roberto Medronho, diretor do Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, completaria: "A descentralização da saúde não foi feita de forma bem planejada. O afastamento dos mata-mosquitos no Rio foi uma atitude irresponsável".

9) em abril de 2001, a Coordenação de Dengue do município do Rio previu uma epidemia no verão de 2002 com grande incidência de febre hemorrágica. A sugestão: contratar 1.500 agentes e comprar mais equipamentos de emergência; foi ignorada por Serra.

10) O ano de 2001 foi o primeiro em que os mata-mosquitos da Funasa, dispensados por Serra não atuaram . A dengue, então, voltou de forma fulminante no Rio: 68.438 pessoas infectadas, mais que o dobro das 32.382 de 1998, quando Serra assumiu o ministério.

11) Em 2002, já candidato contra Lula, Serra era ovacionado em vários pontos do país aos gritos de 'Presidengue!'. Justa homenagem a sua devastadora atuação da saúde pública.Informações da Agência CC

3 Comentários:

Cornélius/Londrina disse...

Denúncia contra o economista de mentirinha José Serra:

http://www.msja.com.br/noticias/politica-e-economia/serra-e-denunciado-por-se-apresentar-como-economista

"O Conselho Regional de Economia da Paraíba (Corecon/PB) solicitou ao Conselho Federal de Economia (Cofecon), que congrega todos os Corecons do Brasil, o ingresso de uma interpelação judicial pedindo o enquadramento do pré-candidato à presidência, José Serra (PSDB), no Artigo 47 do Decreto Lei 3.688/41 por uso indevido da qualificação de economista.

O pedido foi endossado pelos conselhos regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, além de dois membros do próprio Cofecon.

“O procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão”, destacou o jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, Sitônio, em artigo publicado no jornal A União, de João Pessoa."

Claudinete Sergipe disse...

Este artigo dá um belo e significativo panfleto. Vamos panfletar. Não vamos fazer como faz o candidato adversário da Dilma, vamos mostrar a verdade. Não vamos deixar Globo, Veja, Folha, Estadão, Época e SBT pautar a gente, omitir e manipular as notícias. Vamos panfletar com a verdade nua e crua, nas portas das escolas, fábricas, sindicatos, associações, igrejas. Eu e minha família somos cristãs e votamos, sim, com a DILMA 13. Agora pergunto. QUE EXEMPLO DE CRISTÃO DÃO ALGUNS LÍDERES RELIGIOSOS, QUE PREGAM BOATOS? A BÍBLIA alerta: "NÃO DARÁ FALSO TESTEMUNHO", "NÃO TOMARÁS O NOME DE DEUS EM VÃO", "E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ (João 8:32). Pensem nisso cristãos – espíritas, católicos e evangélicos. E digo mais. Outros cristãos, como eu, que acreditam em Cristo, não vão atacar o candidato adversário, porém se a verdade for uma arma é com essa arma que vamos vencer o preconceito, o medo, as mentiras, os boatos, porque nós só queremos o bem do Brasil e dos irmãos brasileiros.

EM TEMPO: o melhor programa eleitoral da Dilma foi o do adversário, hoje. Através dele o público pode notar o jogo sujo e rasteiro dele, a tentativa de manipular a boa fé das pessoas, usando o aborto. Logo ele que foi quem legalizou a prática do aborto quando Ministro da Saúde de FHC.

Anônimo disse...

Essas matérias têm que chegar às mãos da Dilma para o debate do domingo na Band. São questões que ela deve fazer, com aquele sorriso maroto que o Lula tinha nos debates em 2006.Do tipo: o senhor disse que...como fará em seu governo e aí vem com números mostrando que ele não fez.

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