O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vetou no dia 27 de julho de 2009 dois projetos de lei que visavam obrigar os estabelecimentos comerciais do estado a utilizarem sacolas plásticas oxibiodegradáveis.
Ele seguiu os passos de seu aliado político, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Kassab justificou o veto a projeto parecido, em Abril, dizendo que seriam necessárias mais pesquisas e avaliações sobre alternativas.
No veto Serra seguiu orientação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, alegando que o assunto é de competência federal, portanto a Assembléia Legislativa do estado não poderia legislar sobre o assunto.
Segundo informações do próprio secretário estadual do meio ambiente Xico Graziano e um dos cordenadores da campanha de José Serra, o plástico oriundo de sacolas distribuídas pelo comércio no lixo representa 18% do lixo de São Paulo. Por exemplo, na cidade de São Paulo que gera 15.000 toneladas de lixo por dia nada menos que 2.700 toneladas viriam de sacolas de plástico.
A posição de Graziano foi secundada pelo Instituto Plastivida, que representa os interesses das produtoras de plásticos no Brasil e que em seu site deu destaque ao veto de Serra.
LOBBY
Em seu artigo Grazziano politizou o assunto indiretamente, acusando os deputados petistas, autores dos projetos, de fazer lobby a favor de empresas que produziriam o aditivo ao plástico oxibiodegradável.Autor de um dos projetos em questão, o deputado estadual Sebastião Almeida (PT) acusou o próprio Graziano de fazer lobby a favor da indústria do plástico em artigo também publicado na Folha de S.Paulo no dia 1 de agosto.
Almeida argumentou que leis parecidas estão sendo debatidas em outros estados e também projetos de lei federal em debate no congresso nacional. Ainda, além dos aditivos não serem tão nocivos para o meio ambiente, a degradação mais rápida do plástico nos lixões ajudaria também a acelerar a decomposição do lixo lá.Ele ainda infere que pesquisadores que dizem serem contrários "ao fim das sacolas plásticas" são em sua maior parte patrocinados pelas empresas da área petroquímica.Revista da sustentabilidade
3 Comentários:
Olha, não gosto do Serra, votarei na Dilma, pois concordo com as ideias que ela defende e com os feitos do governo que ela representa. Mas acho hipócrita essa discussão de sacolinha plástica. A sacolinha plástica é muito útil à população. Lembro-me bem como ir às compras era um inferno, antes de elas serem inventados. Os ambientalistas de boutique do PV gostam de desviar o foco das questões importantes para essas futilidades, como se nelas repousasse o futuro do planeta. Você nunca verá Marina ou o PV discutindo o sistema de produção em que estamos inseridos. Oras, a lógica de nosso sistema é dilapidar mais e mais os recursos da Terra, a fim de se obter lucro. Troquem as sacolas plásticas por qualquer outro invólucro, e o planeta continuará a ser dilapidado. Na certa vão começar a incitar a população a comprar N modelos de sacolas retornáveis, pois, no capitalismo, o consumo desenfreado é um dos pressupostos para a reprodução do capital. Hoje em dia, existe diversas alternativas de plásticos biodegradáveis à disposição. Em vez de eliminar as sacolas, bastaria exigir que elas fossem biodegradáveis. O problema ambiental não está nos indivíduos (isso é um discursinho fácil, do tipo "Sim, nós podemos", que no fundo não diz nada, mas comove nossa classe média despolitizada, preconceituosa e individualista). A grande questão repousa nas estruturas da sociedade, que se orienta totalmente para o consumo desenfreado. Quero ver alguém propor mexer nisso.
Os marqueteiros do PT tem que ficar expertos a todas a mentiras do Serra e mostrar para a população que é mentira, eles tem que mostrar claramente para a população que o Serra mente, pois o povo não gosta de mentiroso, portanto eles têm que desmentir tudo e mostrar as provas.
Fora Serróquio.
Se é ambientalista, nada indica.
São Paulo é um esgoto a céu aberto, o Tietê é uma vergonha - Serra não fazia o desassoreamento.
E ainda tem aquela célebre frase dele: "O meio ambiente veio pra ficar".
A gente pensando que o meio ambiente veio fazer um visitinha vapt-vupt, e ele resolve ficar.
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