Professores que se candidataram a uma das 10 mil vagas para docente efetivo na rede estadual de ensino terão de apresentar laudos de exames oncológicos e de voz antes mesmo de saberem se serão convocados para trabalhar. É a primeira vez que isso ocorre num concurso do gênero, segundo a Apeoesp, sindicato da categoria.
O diagnóstico de 13 exames laboratoriais deverão ser encaminhados à perícia já neste mês, enquanto passam pelo curso de formação específica do magistério – uma novidade nos concursos para professores, posta em prática pela primeira vez neste ano.
Caso não apresente os laudos, o candidato poderá ser considerado inapto na perícia médica assim e eliminado da disputa. A Secretaria de Estado da Educação (SEE) informa que os pedidos estão dentro da lei e que os laudos não são classificatórios. Mas não esclareceu se um docente com câncer diagnosticado pode deixar de ser efetivado por esse motivo.
Advogados e especialistas em saúde do trabalho ouvidos pelo JT afirmaram que as exigências são inconstitucionais e discriminatórias. A apresentação dos exames é exigida, inclusive, dos docentes que já trabalham na rede estadual, como temporários, e buscam a efetivação no concurso.
Entre os exames solicitados pelo Departamento de Recursos Humanos da SEE, estão diagnóstico de câncer de próstata, mama e útero, hemograma completo, laringoscopia e audiometria vocal e tonal, que avaliam problemas de voz – a principal doenças associadas ao magistério. Alguns desses exames também já foram exigidos em concurso recentes organizados pelo governo estadual para carreiras vinculadas a outras pastas, como Segurança Pública.
No caso em questão, os professores devem arcar com eventuais despesas desses exames e encaminhar os originais à perícia, via correio. Antes, afirma a Apeoesp, o professor, primeiro, era convocado e só depois passava pela perícia médica para avaliação física e psicológica. As perícias começam em novembro e os professores aprovados no processo começam a lecionar no início de 2011.
Em nota, a SEE diz que exames médicos são “necessários ao bom desempenho das atividades periciais” e que, segundo Estatuto dos Funcionários Públicos, “são requisitos para a posse em cargo público gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica realizada em órgão médico oficial”.
Para a psicóloga Renata Paparelli, professora de Saúde do Trabalhador da Pontifícia Universidade Católica, “a lista de exames pode prejudicar os professores que já atuavam na rede e que podem ter desenvolvido doenças associadas ao trabalho nesse período”.
Custos
Uma professora com mais de 40 anos vai gastar, em média, R$ 2,4 mil para fazer os exames médicos em laboratórios particulares, valor maior do que o da bolsa mensal recebida durante os quatro meses do curso de formação docente. Para essa faixa etária, são solicitados laudo da mamografia e ultrassonografia de mama, cujo custo varia em torno de R$ 750.
Para as mulheres, são pedidos ainda exames específicos para as que são maiores de 25 anos ou têm vida sexual ativa. Nesses casos, será necessário fazer colposcopia e colpocitologia oncótica, que custam em média R$ 110.
Para os professores acima de 40 anos, é pedido o PSA, que faz a detecção de tumores malignos na próstata, com custo estimado de R$ 100. O raioX de tórax, comum a ambos os sexos e a todas as faixas etárias, pode ser feito por R$ 200, em média. O teste de áudio vocal e tonal fica em torno de R$ 350.
Como a perícia médica tem início no início de novembro, os professores dificilmente terão tempo hábil para fazer os exames na rede pública. O salário-base de um docente que leciona nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio gira em torno de R$ 1,8 mil por 40 horas/aula semanais.Jornal da Tarde
4 Comentários:
Atentai bem (o Mão Santa lascou-se, no Piaí, o Senado não terá mais um bobo da corte): se a Igreja Católica, de repente, disser: vamos derrubar as florestas porque impedem o progresso, o Serra, sem pestanejar, diria “Vamos!” Se os Evangélicos disserem, de repente: Vamos secar os mares, para termos mais terras para plantar, o Serra, incontinenti gritará: “Vamos!”
Quer dizer, para agradar às religiões, esse maluco diz tudo. Agora: faz outra coisa bem diferente do que diz. Que saco! E ainda tem gente defendendo isso? Em pleno século 21? O Serra deu um pulo para trás de mais de 400 anos. Voltou para Idade Média, quando havia a Inquisição: ou você se convence o que nós ditamos, ou morre na fogueira! Serra prega o atraso, gente. Que coisa? Essa eleição está assim como umas que haviam por aqui, na minha cidade, quando meu pai ainda era menino: bem, o compadre Fulano foi para o outro lado, manda matar! Deus do céu!? O que é isso?
A eleição deveria se pautar pelo que edificou, cada um; o que pretende fazer, cada um; qual sua visão de Brasil se relacionando com as outras potências. Como pretende, cada qual, enfrentar uma possível crise econômica. Cada um enumerando seus feitos e, aí, o povão tirar as suas conclusões.
Mas Serra, vir de santino “santo”, tirado da Sacristia, para ganhar voto de Católico? É a religião Católica que vai pautar a sua administração? A Igreja é contra o uso da camisinha: e aí, Serra, o HIV vai infestar os nossos jovens? Meu Deus do céu! Quanta hipocrisia! Quanta maldade na cabeça desse Serra. O Ciro é o cara: tem razão quando diz que Serra em eleição, é sinal de muita baixaria…
Lula, vem à TV e detona de vez esse Serra. Já estamos cheios de tanta baixaria…
Sou professora na rede pública estadual do estado de São Paulo, há 25 anos e o sálario divulgado de R$1,8mil por 40 horas não procede é muito menos. O que mais me impressiona é a falta de respeito com a mulher brasileira, o que está claro nesta eleição, como mulher, mãe e trabalhadora me coloco no lugar de Dilma, me sinto difamada, desrespeitada, humilhada, porque essa eleição não é politica é a disputa entre o machismo radical e uma mulher competente, íntegra que respeita o seu povo. VOTO DILMA PELA INTEGRIDADE DO POVO E DAS MULHERES BRASILEIRAS.
Esqueceram dos examens de AIDS...
No programa de ontem e de hoje, o Zé-baixaria apareceu mentindo descaradamente sobre a Educação em SP! Ainda não entendi por que os marqueteiros da Dilma ainda não disseram a verdade sobre esse tema. Não falam que os professores não têm reajuste salarial há anos, somente um ridículo bônus (que não é igual para todos e que muitos não o recebem); que os professores aposentados de SP estão morrendo à míngua, porque não têm nem terão reajustes na aposentadoria previstas em lei; que o valor do vale-coxinha é 4 reais, e poucos o recebem; que, enquanto no Paraná, o salário inicial do professor é 2 mil reais, em SP, este é o salário de quem está se aposentando; que as "apostilas" que ele envia aos alunos são tão ruins que apenas os alunos de escolas particulares conseguem ingressar nas escolas profissionalizantes (COTIL, COTUCA e POLIVALENTE), o que é cruel, porque são os mais necessitados de trabalho; que, diferentemente do ENEM, o Serrágio cobra estas provas dos alunos; etc.
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