Desembargador, que foi ex-correligionário político, atrasa julgamento de Raimundo Colombo para depois das eleições

Uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o candidato do DEMos ao governo de Santa Catarina, Raimundo Colombo, teve o julgamento adiado pela sétima vez consecutiva em menos de 40 dias pelo Tribunal de Justiça do Estado.

A ação movida pelo Ministério Público de Santa Catarina acusa o democrata de realizar contrato supostamente irregular com um escritório de advocacia na época em que era prefeito de Lages, cidade localizada a cerca de 200 km de Florianópolis.

A promotoria pede o ressarcimento de R$ 270 mil aos cofres públicos municipais.

Colombo se safou na primeira instância. Entretanto, o MP entrou com recurso, e o relator da matéria no Tribunal de Justiça deu provimento às razões apresentadas pelo Ministério Público.

O julgamento foi marcado para o dia 3 de agosto passado e acabou adiado depois que o desembargador João Henrique Blasi pediu vistas.

Desde então o julgamento foi adiado outras sete vezes.

A última foi nesta terça-feira (21), quando mais uma vez foi pedido vistas ao processo.

O caso gerou muita polêmica no meio político catarinense e vem sendo insistentemente citado em blogs do Estado.

Blasi é ex-deputado estadual pelo PMDB e ex-secretário de Segurança Pública na gestão de Luiz Henrique da Silveira, um dos maiores defensores da aliança que lançou a candidatura de Raimundo Colombo ao governo. (Do Portal Terra)