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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Civis ligados ao PSDB de RS quebram sigilo de políticos do PT

O promotor de Justiça Criminal Amilcar Macedo, do Ministério Público na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, informou que, além do sargento César Rodrigues de Carvalho, preso na manhã de sexta-feira, outras quatro pessoas também são investigadas pelo acesso irregular a dados sigilosos de políticos do PT, sendo que duas são integrantes da Brigada Militar (BM) e duas são civis ligados ao governo Yeda Crusius(PSDB) do Rio Grande do Sul. Suas identidades serão reveladas nesta segunda-feira.

O promotor garantiu ainda que os nomes já checados daqueles que tiveram seus dados sigilosos acessados pelo sargento também serão divulgados. O sargento, integrante da BM, estava lotado na Casa Militar do Palácio Piratini (sede do governo gaúcho) e foi preso na manhã de sexta-feira (3) em sua residência em Porto Alegre. Ele, que havia sido promovido poucos dias antes, começou a ser investigado há três meses, após denúncia de que extorquia contraventores na região Metropolitana da Capital.

Mas as investigações acabaram levantando que Carvalho acessava dados sigilosos de políticos gaúchos e do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) por meio do sistema Consultas Integradas, da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

"Fizemos uma primeira varredura nos nomes mais conhecidos entre os acessados e nesta segunda vamos liberá-los. Pode eventualmente ter mais alguém. Ele fazia muitas consultas via registro Geral (RG). Mas posso adiantar que são muitos nomes", informou na noite deste domingo o promotor. Entre aqueles que tiveram seus dados consultados estão um ex-ministro e um senador.

Eles seriam o candidato do PT ao governo, Tarso Genro, e o senador Paulo Paim, candidato à reeleição. No sábado, Macedo postou em seu twitter: "Ainda não obtive autorização formal dos envolvidos para divulgar os nomes dos políticos bisbilhotados na operação agregação. Mas o partido político, diretórios e veiculos, assim como integrantes que foram acessados, foi o Partido dos Trabalhadores".

Além dos espionados, também serão divulgados outros dados referentes aos acessos. Macedo e sua equipe passaram o final de semana trabalhando na checagem de dados da investigação, apelidada de Operação Agregação. O promotor considera que os acessos aos dados de políticos, feitos por meio de senhas do sistema, não se justificam porque a Casa Militar atua na segurança pessoal da governadora e na Defesa Civil.

A equipe está investigando os acessos feitos desde janeiro de 2009. Conforme o promotor, o trabalho é "hercúleo" porque a cada cinco ou seis dias eram feitas aproximadamente mil consultas. "São mais de 10 mil", assegurou.

Ele adiantou ainda que nesta semana vai ouvir o sargento para que ele fale sobre os motivos dos acessos aos dados sigilosos. Uma das dificuldades encontradas no levantamento é o fato de que as auditorias compreendem períodos de 15 dias em 15 dias e, quando o número de acessos chega a mil, o sistema automaticamente interrompe as checagens. Isso significa que, se em um período de 15 dias foram feitas milhares de consultas, só as primeiras mil irão aparecer. "Vamos fazer uma solicitação no sentido de que seja recuperada a totalidade dos acessos feitos", adiantou ele.

O secretário geral do PT gaúcho, Carlos Pestana, que coordena a campanha de Genro, informou que a executiva estadual e a bancada do partido na Assembleia Legislativa se reúnem nesta segunda-feira para decidir quais medidas vão tomar a respeito do caso. A executiva petista gaúcha avalia a possibilidade de solicitar uma reunião com a executiva nacional do partido para tratar do caso, e compará-lo aquele do vazamento de dados de contribuintes da Receita Federal, entre eles os de Veronica Sera, filha do candidato do PSDB à presidência da República, José Serra.

"O PSDB faz uma série de acusações ao PT e à campanha de Dilma Rousseff, e não apresenta provas. Enquanto isso, aqui no Rio Grande do Sul temos um sargento que trabalhava na Casa Militar, está preso, e uma investigação feita pelo Ministério Público. Não que já não estivéssemos acostumados porque isso já aconteceu nas eleições municipais de 2008, envolvendo integrantes do governo do Estado", lembrou Pestana.

A Brigada Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar o caso e na sexta-feira (3) uma equipe da corregedoria da BM procurou pelo promotor Macedo.Terra

8 Comentários:

Anônimo disse...

Ah! Mas a oposição pode! Durante anos a imprensalona fez "lavagem cerebral" na minha cabeça e agora aceito essa aberração impassível! Mas se fosse o PT aí sim, seria um escândalo!

IV Avatar disse...

Essa mídia comprada pelo Serra não fala nadica de nada sobre o elo entre as duas Verônica, a Serra e a Dantas.

Se bem que as duas Verônicas são irmãs siamesas em termos de trambicagens, ou seja, as duas fazem parte do esquema do Daniel Dantas, não é a toa que a Verônica Serra é uma das bilionárias do mundo, quem escreveu sobre isso foi o PHA reproduzindo o jornal O Globo

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/06/01/globo-denuncia-aloprada-ligacao-da-filha-de-serra-com-irma-de-dantas/

helio pereira disse...

Hoje a Folha,usou do artificio de citar a Bulgaria como Terra do pai de Dilma,pra fazer o serviço sujo a favor de Serra.
Nas entrelinhas a Folha aproveitou pra dizer que Dilma fez parte da Luta Armada,participando da Organização terrorista Var-Palmares,tendo inclusive participado do assalto aos Cofres de Adhemar de Barros no Rio.
Isto na minha opinião é crime eleitoral,maquiar uma materia com objetivo de difamar a candidatura Dilma em beneficio de Serra.
A que ponto chegou este Jornaleco que deu todo apoio a Ditadura Militar.
Eu acho que a Campanha de Dilma deve entrar com uma ação contra a Folha no TSE,pedindo direito de respostas,esta atitude covarde não pode ficar assim.

Conceição disse...

Apóie a nova Representação do MSM à Justiça Eleitoral.
http://www.eduardoguimaraes.com.br/
Os comentários de apoio à Representação devem conter nome e sobrenome de quem apóia.

O comentário de apoio servirá como “assinatura” virtual da Representação

Sergio disse...

As duas frases abaixo são aparentemente iguais, mas a segunda tem um virgula a mais:

Pela primeira vez neste ano, a massa de renda das famílias da classe D...

Pela primeira vez, neste ano, a massa de renda das famílias da classe D...

O que muda o sentido.
Na primeira frase, o caso teria acontecido só este ano. A segunda sugere que foi a primeira vez na história ou, no mínimo, nos últimos anos.
Enfim, qual das duas interpretações deve-se levar em conta?
Desconfio que seja a segunda.
Não é crítca. É dúvida mesmo.

marcos - RS disse...

O programa da Dilma tem de contra-atacar em cima deste fato aqui no RS, vamos nacionalizar a questão, está maior escândalo e o PIG daqui tentando abafar....Por favor não deixem passar em branco este fato !!!

Victor disse...

Não esqueçamos que o indiano pode estar sendo guardado como arma secreta do golpe. Acho que a verdadeira função desse indiano pode ser mais escabrosa do que o que nós imaginamos.

Vários tópicos em blogs progressistas, inclusive nesse, já alertaram prá precariedade da segurança das atuais urnas eletrônicas.

Já vimos diferentes formas com a qual um hacker amador poderia facilmente mudar os dados de uma eleição no Brasil.

A última eleição onde ele participou foi a da Colômbia, onde os resultado das urnas foi muito muito diferente do das pesquisas. Não sei se lá o voto é na maquininha ou no papel.

Fato é que não se pode descartar que a atuação desse indiano seja prá hackear o resultado da votação popular. Nós sabemos que o Serra é capaz desse tipo de ação.

miack disse...

Atenção, aí vem bomba!

http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/jonas-o-conspiratorio-acha-que-a-bala-de-prata-de-serra-vira-pela-internet.html

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