Enquanto a assessoria de Dilma Rousseff (PT) mostra entusiasmo com o primeiro debate da campanha presidencial em TV aberta, na Rede Bandeirantes, os demo-tucanos mostram desânimo.
O jornal demo-tucano "Estadão" dá o tom ao dizer que um tucano próximo de Serra acha que o impacto do confronto ficará "próximo de zero", alegando rigidez das regras.
O comportamento de desânimo é inverso ao que era de se esperar para quem está precisando desesperadamente reagir nas pesquisas, como é o caso de Serra. Fica evidente que os demo-tucanos estão com medo de mau desempenho de Serra no debate na TV, e já estão querendo esfriar o debate, antes mesmo dele acontecer.
Para os coordenadores da campanha de Dilma, o debate será importante porque ela é novidade para o eleitor, e para mostrar que ela também é boa de debate, pois ao longo do governo Lula, o que mais fez foi enfrentar "pedreiras" e sempre se deu bem.
As explicações inconfessáveis do desânimo pelo tucanato, é porque um debate frente a frente é fatal para Serra: expõe de maneira cristalina Dilma como a candidata do governo Lula, e Serra como anti-Lula, representando o retrocesso de FHC.
Enquanto Dilma estará livre, leve e solta para se expor sem retoques como a candidata dos avanços do governo Lula, e estará à vontade para fazer comparações com o governo FHC; Serra estará pisando em ovos, ora procurando esconder sua condição de candidato de oposição que é, ora constrangido em tentar dissimular seu passado, como herdeiro político de FHC.
O resultado dessa química será Dilma subindo mais nas pesquisas e Serra caindo. Esperamos que Serra não fuja do debate.
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6 Comentários:
Uma estratégia para Mercadante
(publicado no “Amálgama”)
As próximas movimentações da campanha de Aloizio Mercadante esclarecerão se ele está de fato empenhado em vencer a disputa para governador de São Paulo, ou se busca apenas fortalecer pretensões futuras (por exemplo, à prefeitura da capital). Caso planeje satisfazer as expectativas da militância, o senador dispõe de um repertório muito restrito de manobras.
Seu desafio imediato, chegar ao segundo turno, é mais difícil do que parece. Como se sabe, Geraldo Alckmin (PSDB) possui vantagens quase insuperáveis: maior tempo de propaganda no rádio e na TV, apoio dos grandes veículos de comunicação e das maiores empresas do país, imensa estrutura administrativa, ocupada há quase duas décadas por quadros peessedebistas.
Dadas as circunstâncias, a única maneira de minimizar esses trunfos nos poucos meses disponíveis seria unir esforços com a campanha de Dilma Rousseff, para benefício de ambos. Em outras palavras, trata-se de regionalizar o embate presidencial e identificar a candidatura de José Serra com a sucessão paulista.
As pesquisas apontam ampla vantagem do tucano em São Paulo, cuja densidade populacional é suficiente para influir no contexto nacional. O adiamento da definição paulista ajudaria a encerrar as disputas presidenciais já no primeiro turno. Centrando esforços no front estadual, as campanhas petistas atingiriam a máscara de bom administrador que Serra exibe no resto do país. Expondo as fraquezas da hegemonia do PSDB paulista, minariam a vantagem de Alckmin, constrangendo-o a defender (ou, mais provavelmente, atacar) os desafetos de partido.
Desunidos em São Paulo, como já estão em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, os tucanos caminhariam juntos para a derrota presidencial imediata. No segundo pleito, desgastado, Serra teria participação apenas protocolar na campanha de Alckmin. Ao mesmo tempo, Mercadante seria beneficiado pelo prestígio de Lula e Dilma.
Mas, para tanto, petistas e aliados precisam tomar a iniciativa e atacar, impondo a pauta dos debates sucessórios. Tudo que Alckmin quer agora é uma campanha propositiva e enfadonha, que anestesie o eleitor até outubro.
Temas não faltam para constrangê-lo: as atrocidades impunes da PM, a vergonha do sistema carcerário, as violências praticadas contra os menores da Fundação Casa (antiga Febem), as suspeitas no Rodoanel e no Metrô, o sucateamento do ensino público, as enchentes nas marginais paulistanas e, principalmente, os escorchantes pedágios que cercam as principais cidades do Estado. Aliás, é assombroso que alguém precise forçar a inclusão de escândalos dessas proporções na agenda eleitoral.
Impera certa mistificação no meio político em torno da chamada campanha negativa. Basta que os ataques demonstrem respeito às demandas populares para conquistar a empatia do eleitorado. Denunciar adversários e esclarecer o público não exigem necessariamente uma comunicação pesada ou repulsiva. As peças audiovisuais criadas com esse fim podem assumir inúmeros formatos, da comédia à reportagem, passando pelo drama e até pela animação.
Recursos técnicos e humanos não faltam. Mas haverá verdadeiro interesse dos personagens envolvidos?
http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com/
"Para quem ainda não me conhece, meu nome é Dilma Rousseff. Sou a candidata apoiada pelo presidente Lula. Pretendo dar continuidade às políticas públicas do presidente Lula, melhorando onde for possível. Meu oponente, José Serra, é nosso adversário, em todos os sentidos". Com "chumbo de matar pato", Dilma iniciará cravando a primeira estaca no peito do combalido. "Sou José Serra, ex-ministro de FFHH. Sou o candidato que pode fazer mais". Povo: Avalie!
Como se o Serra foi o primeiro a dizer que queria debates , inclusive o seu vice indio sugeriu um debate entre os vices.
Salvo engano, a platéia do debate promovido pela Folha/UOL no dia 18 de agosto será formada apenas por assinantes da Folha e do UOL. Estes assinantes são em sua grande maioria eleitores tucanos e, portanto, potencialmente hostis a Dilma. Talvez os organizadores controlem a platéia para que não se manifeste mas, tratando-se do Grupo Folha, todo cuidado é pouco. Seria prudente verificar se não está em andamento uma armadilha como aquela que César Maia preparou para Lula no Maracanã.
O Serra está desesperado, pois na campanha corpo a corpo ele não está conseguindo atrair militantes e nem eleitores para participar, no debate ele está com medo de sair perdendo para a Dilma e no horário eleitoral gratuito ele tem a metade do tempo da Dilma, ou seja de qualquer jeito que ele mexer a Dilma estará melhor que ele.
Ficará "próximo de zero","regras rígidas"....
Se preparando para perder assessoria de Serra vai preparando desculpas.
Vai culpando regras que teriam sido impostas por Dilma, evitando explicar porque aceitou, e tirando importância aos debates que iriam mostrar o seu esplendoroso preparo.
Mostra o Diploma Serra.
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