Está prestes a ruir a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, tomada há duas semanas, que na prática inviabiliza a aparição de Lula e dos candidatos à Presidência na propaganda de aliados cuja coligação de apoio não repita a federal. Segundo esta decisão, ocorrida no dia 29 de junho, nem o presidente Lula, nem a candidata Dilma Rousseff podem participar, por exemplo, da campanha eleitoral no rádio e na tv de Roseana Sarney (PMDB/MA), candidata ao governo do Maranhão. É que a Roseana tem em sua coligação o DEM e o PPS – partidos que são oposição a Dilma na esfera federal. Pela mesma norma, Serra não pode aparecer na propaganda de Fernando Gabeira (PV/RJ) pelo governo do Rio, embora tenha o apoio do PSDB.
O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowsky, no entanto, não publicou o acórdão da decisão e ainda recomendou a deputados que fizessem nova consulta. Acontece que, a valer o julgamento de seis dos sete ministros do TSE, estará restabelecida a verticalização das coligações, norma segundo a qual a aliança federal tem de ser seguida nas demais esferas de disputa. A norma, que partiu de uma decisão da Justiça, foi derrubada pelo Congresso em março de 2006, por emenda constitucional.
Nesta segunda, uma nova consulta sobre o tema foi apresentada ao TSE, desta vez, pela deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM). Vem aí a “segunda reflexão”, proposta por Lewandowisky. Resta saber se a opinião da maioria no TSE mudou em menos de 15 dias.
Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o presidente do Tribunal reconhece que a verticalização “não existe mais no Brasil”, embora admita ser “simpático” à idéia, porque a regra “presta mais coerência ao processo político”. Para o ministro, o TSE pode rever sua posição sobre a aplicar a verticalização na propaganda eleitoral porque tomou a primeira decisão com base numa consulta “abstrata” e “não tem força vinculante”. Segundo Lewandowisky, é “corriqueiro” o tribunal mudar de posição quando aprecia “fatos concretos”.Da christinalemos
3 Comentários:
Sobre verticalização, eu me pergunto: incoerência ou realidades distintas?
O fato é que eu não gosto de ver alianças PSDB+PT ou PT+DEMo.
O TSE..tem mesmo que recuar... a ele cabe ser arbitro...e nao partidario de candidatura!
Acho que os partidos políticos deveriam adotar o princípio da unidade.
Realmente, como Lula irá apoiar Roseana Sarney se está coligada ao partido DEM?
Seria no mínimo incoerência política.
Se eu morasse na Cidade do Maranhão, não gostaria de ver meu candidato coligado com partidos contrários aos meus conceitos políticos.
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração