Serra tenta consolidar votos na extrema-direita para não perder terreno para Eymael

Guinada para a extrema-direita tem uma explicação: até Eymael já tira votos de Serra.

Esse discurso com cheiro de môfo, falso, difamatório, pré-jurássico de antes de 2002, de medo do PT e de Lula, repete aquele triste episódio de 1989, quando a polícia política de São Paulo enfiou a camiseta do PT em sequestradores de Abílio Diniz, às vésperas das eleições.

O próprio Abílio Diniz conhece tão bem essa história sórdida, que hoje apóia Dilma Rousseff, do PT.

Esse discurso só agrada as olavetes (fãs clube do ultra-direitista Olavo de Carvalho), e reinaldetes (fãs do serrista Reinaldo Azevedo). Em tese já deveriam ser eleitores convertidos do demo-tucano, por ser Serra o candidato dos anti-Lula, dos neoliberais e representante da privatização no governo FHC.

Todo mundo sabe que campanha escorada em xingamentos, como faz Serra e Indio, espanta o eleitor de centro, que é justamente o pêndulo da balança.

Então o que levaria Serra a enveredar pela baixaria da despolitização da campanha, da falta de um discurso para o eleitor de centro, recorrendo a xingamentos, apenas para consolidar o eleitorado das olavetes e reinaldetes?

Uma hipótese é que até a extrema-direita anda insatisfeita com Serra. Talvez pelas surras que Serra leva de Dilma toda vez que polariza algum tema de interesse da população. Esse eleitorado anti-Lula já fala em não votar em Serra, e sim em outros de centro-direita, como José Maria Eymael (PSDC). Indio da Costa estaria fazendo o serviço sujo para evitar a fuga de votos desse eleitorado de extrema-direita. Haja desespero.