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sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Dilma tem coragem de fazer política", diz Lily Marinho




A candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, foi considerada simpática, bonita e muito elegante pela socialite Lily Marinho, viúva do ex-presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho. Dilma participou, no início da tarde dessa sexta-feira (9), de um almoço oferecido por Lily em sua mansão no Cosme Velho (zona Sul do Rio de Janeiro).

Também participaram do evento diversas mulheres influentes ou casadas com homens influentes. Entre as convidadas estavam Andrea Agnelli, mulher de Roger Agnelli, presidente da Vale, Lucy Barreto, mulher do produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, Maria do Carmo Vilaça, mulher do presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vilaça, e Flávia Sampaio, mulher do empresário Eike Batista, além da candidata a deputada federal, Jandira Feghali, do PCdoB, e da cantora Alcione, que cantou As rosas não falam.

Perguntada se convidaria os outros principais candidatos à presidência para almoços semelhantes, Lily disse que não sabia, pois não havia pensado nisso. "Não sou política, nem me interesso por política". No entanto, quando questionada sobre o que, então, a havia interessado em Dilma, Lily disse que era "a coragem de fazer política".

A viúva de Roberto Marinho elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tenho gostado muito do Lula. Nesses oito anos ele conseguiu se fazer aparecer na Europa, nos Estados Unidos, e sabe falar ao povo".

Apesar de elogiar a ex-ministra da Casa Civil, Lily Marinho disse que não tinha objetivo de conseguir votos para a candidata.

Durante o almoço, Dilma elogiou as mulheres em geral e disse que o encontro foi bastante agradável. "Fiquei bastante satisfeita, todas foram amáveis e é muito bom esse convívio com mulheres tão qualificadas".

Na apresentação às convidadas, Lily se referiu ao espírito democrático do encontro. "Convidei-as para, juntas, homenagearmos a 'senhora D'. Sim, esta grande dama, a senhora Democracia. Pois, graças a ela, a senhora Democracia, nos é permitido esse convívio de diferença de opiniões, de troca de experiências, de questionamentos. Poucos têm a oportunidade de ouvir diretamente os candidatos, sem intermediários ou interferências de pré-julgamentos", opinou a anfitriã.

Lily agradeceu a gentileza de Dilma: "hoje, esse privilégio nos foi dado por outra senhora D., a senhora Dilma Rousseff, candidata da situação que se propõe a ser a primeira mulher presidente do Brasil, e que gentilmente comparece a esse almoço."

Votos para a petista
A mulher de Eike Batista não declarou voto em Dilma, mas disse que "se ela conseguir congregar tudo o que vem falando, tem meu apreço". De acordo com ela, o marido bilionário está satisfeito com oito anos de governo Lula, ao qual Dilma afirma que pretende dar continuidade. "Ele sempre fala que está gostando muito do rumo que o Brasil vem tomando nesses últimos oito anos".

Por sua vez, a mulher do presidente da ABL afirmou que votará em Dilma. Maria do Carmo Vilaça elogiou em especial o programa de governo da ex-ministra. A própria candidata, no entanto, não respondeu quando questionada por que o seu programa falava em "monopólio no ramo da comunicação quando este setor é aberto e disputado por diversas empresas concorrentes".

Na mansão que pertenceu a Roberto Marinho, um dos maiores empresários de comunicação da história do País, o menu foi tartar de salmão com maçã e funcho no molho verde de ervas, filé de cherne com banana caramelizada e purê de batata-baroa com molho de passas e urucum. Na sobremesa foi servido crepe com suflê de maracujá. "Preparei o menu sem nem saber quem vinha. É uma relação de confiança que tenho com a família há mais de 20 anos", afirmou o chef. "Só soube que seria a Dilma quando ela veio me cumprimentar na cozinha", disse.

Em seguida, Dilma encontrou-se com o governador do Rio, Sérgio Cabral, candidato à releeição pelo PMDB, no Palácio Larajeiras, sua residência oficial - embora de fato ele more num apartamento no Leblon. Ao deixar o Palácio, Dilma falou que "vir ao Rio e não encontrar o Sérgio Cabral seria ir como ir a Roma e não ver o Papa".Terra

20 Comentários:

ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA disse...

È VERO, È VERO !!! >>

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Edson Júnior (Aracaju / SE) disse...

É,né! Madame Lily representa a Globo. Se Madame acha Dilma com coragem de fazer política, que diga aos seu tubarões - Alexandre Garcia,Monforte, Wihliam Wack, a bosta da Miriam Leitão e tantos e tantos da Rede Globo que no mínimo votem em quem querem, mas não contem mentiras, não façam em em 2010 o que fizeram em 1989, 2006 e agora, com fantasias. CBN e Globo e Folha e Veja e seus pulhas já são identificados pela população. Josias de Souza deve merecer repúdio nacional. Dona Lily Marinho deveria repudiar a charge de Nany, a cafajestagem de Josias e honrar o caráter da mulher que ela defendeu, ainda que Dilma não precise; ela é maior que essa porcaria da Folha. Apenas, se é que pode ser dito assim, por uma questão de mulher. Dona Lily, repudie a Rede Globo, repudie a Folha de São Paulo, repudie a DASLU, por favor. Seja digna, MULHER!

Ruy disse...

Babando no colo dos desafetos.

O Grito disse...

Ta bom, qual a importância desta dondoca?
Não vejo nada de mais a Dilma ter ido visita-la, alias, tenho sim: porque ir beijar a mão da viuva de uma sujeito que foi muito nocivo a inteligencia brasileira cujo qual, sempre trabalhou para alienar a nossa população?

Malú disse...

A Dilma tem que ir mesmo ao encontro de todos, afinal ela vai ser Presidente de todos os brasileiros, vai governar para todos.

Maximiliam Klimberger disse...

Helena: Está lá no site do JB Online:

Lily Marinho: "Só faço almoço para a Dilma. Para os outros, não"

Hildegard Angel, Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Ao fim de seu almoço para Dilma Rousseff, cercada pela imprensa por todos os lados, Lily Marinho respondeu ao repórter que lhe perguntou se também fará almoços para os demais candidatos: "Não, só para ela!". Naquele momento, tive a certeza de que Dilma havia conquistado mais um voto. Afinal, em seu pequeno discurso, lido antes da sobremesa, Lily falara da necessidade de "ouvir diretamente os candidatos, sem intermediários para formar opinião sobre a melhor escolha daquele ou daquela que irá conduzir nosso país nos próximos quatro anos". Lily também lembrara o marido, Roberto Marinho, "que jamais se absteve de conviver com as diferenças de opinião". Mas não havia, naquela resposta de Lily ao repórter — "Não, só pra ela!" — qualquer resquício de dúvida, qualquer indecisão diante da escolha certa.

Dilma, em seu discurso de improviso, após a fala de Lily, foi uma grata revelação, para comentário geral. Falou com domínio dos assuntos, segura de si e das palavras, com simpatia e sorrisos, porém sem perder a firmeza que a caracteriza. Discorreu sobre a situação da mulher, lembrando que "nenhuma brasileira discute se o Brasil está preparado para ter uma mulher na Presidência — o Brasil sabe que está preparado". Enalteceu as mulheres anônimas, as "heroínas" do cotidiano. Lembrou o salto dado pelo Brasil nos últimos anos: "Pensem em 2010 e olhem para 2002 e percebam como este país é diferente hoje". E continuou: "É diferente porque 24 milhões saíram da pobreza e 31 milhões foram elevados à classe média". Enfatizou a importância da educação — "faremos um imenso esforço por ela" — lembrando a importância de se valorizar o professor: "Não é prédio, não é banda larga, é também. Mas é sobretudo o professor". E mais: "A educação é a conquista do futuro deste país".

"Ela fez um progresso extraordinário", comentou uma de nossa mesa. Fiquei na dúvida se Dilma realmente fez progressos ou se éramos nós que, até então, desconhecíamos seus talentos de sedução e de oratória. Éramos 12 àquela mesa. A homenageada à direita da anfitriã. A economista Maria da Conceição Tavares, a escritora Nélida Piñon, a cineasta Lucy Barreto, a museóloga Magali Cabral, mãe do Sérgio governador, Consuelo, a mãe do prefeito Eduardo Paes, Maria Lúcia Jardim, mulher do vice Pezão, Marcela Temer, mulher do deputado vice na chapa de Dilma, Andréa Agnelli, mulher do Roger, presidente da Vale, Maria do Carmo, a sra. Marcos Vilaça, presidente da ABL, e esta jornalista. As demais quatro mesas não tinham lugares marcados. Lily inspirou-se num jantar de Nelson Rockefeller e sorteou entre as presentes seus lugares nas mesas presididas pela mineira Angela Gutierrez, a curitibana Margarita Greca, a embaixatriz Maria Thereza Castelo Branco, uma habituée do Cosme Velho, e Vera Lúcia, a sra. Oscar Niemeyer.

Todas tinham algo simpático a dizer à candidata. A embaixatriz Glorinha Paranaguá, ao ser apresentada, contou-lhe que foi seu filho jornalista, que vive em Paris, quem escreveu a grande matéria a seu respeito publicada no jornal Le Monde. Algumas até lhe levaram presentes, como costuma acontecer em almoços femininos. Dilma sentiu-se definitivamente em casa, no Cosme Velho.

22:27 - 09/07/2010

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/07/09/e090714076.asp

Maximiliam Klimberger disse...

Helena: Veja só a opinião da Hildergard Angel sobre o almoço com a Dilma lá no JB On Line sob o título: "Só faço almoço para a Dilma. Para os outros não!".

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/07/09/e090714076.asp

Unknown disse...

Tudo pela eleição da Dilma.

armando do prado

Fontenele disse...

Ir a Dilma deve até ir, mais por educação do que qualquer outra coisa, mas tratar esse evento como como algo positivo ou construtivo ai eu já acho demais.

Avelino disse...

Cara Helena
É do PT conversar com qualquer setor social, enquanto o $erra trata o magistério com tropa de choque.
Saudações

CORNÉLIUS disse...

Sônia Racy/Estadão disse ontem:
"...Encontros com outros candidatos não estão descartados.". Já Mônica Bergamo Folha disse hoje: "Não, repetia, ela não vai oferecer almoço a José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), adversários de Dilma na campanha presidencial. "Eu não sou política. Se ficarem com ciúmes, o que posso fazer? Nada." Quem tem razão? Só o tempo dirá. Para arrematar, a matéria da Mônica finaliza:"Dona Lily gostou. "Vou fazer 90 anos. Sou velha para votar. Mas acho que, se votasse, seria na Dilma." É mais um motivo de insônia para o ZÉ-SEM-RUMO.

Cornélius disse...

O Globo/Cássio Bruno 23h15-9/07: "Dona Lily Marinho falou sobre o encontro.
- Convidei-as para, juntas, homenagearmos a senhora democracia. Pois, graças a ela, nos é permitido esse convívio de diferença de opiniões, de troca de experiências, de questionamentos. Vivemos um momento de grande importância para todas nós, quando estamos prestes a enfrentar o desafio cívico de fazer, nas urnas, a escolha certa, a melhor escolha daquele ou daquela que irá conduzir nosso país nos próximos quatro anos." Já no G1 de hoje a nota foi mais seca e de carona na matéria da visita a Cabral:"Almoço no Cosme Velho -Mais cedo, Dilma foi recebida para um almoço na casa de Dona Lily Marinho, no Cosme Velho, Zona Sul . Também foram convidadas personalidades da política e sociedade carioca para o encontro.
Entre os presentes, estavam a economista Maria da Conceição Tavares, a escritora Nélida Piñon, Jandira Feghali, Maria Lúcia Horta Jardim, Magaly Cabral, Consuelo Paes, Marcela Temer e Lucy Barreto.
No encerramento do encontro, a cantora Alcione homenageou Dona Lily e Dilma cantando duas músicas de Cartola: Autonomia e As rosas não falam." Fico com a impressão que as organizações ficaram coçando a cabeça com a iniciativa de Lily Marinho.

Gaba disse...

este texto da colunista hildegard angel do JB que o amigo postou acima é importante, pois diagnostica como foi de fato o jantar. hildegard é filha de Zuzu Angel, estilista morta em desastre de carro até hoje muito mal explicado, à época da ditadura - ela, zuzu, lutava contra os militares e exigia notícias de seu filho, stuart, ativista desaparecido. Hidelgard é amiga de lili e, nesse meio, sabe das coisas. No blog do nassif, tem também um texto FDP da bergamo, da Folha de S. Paulo. Leiam e comparem. Se mostrarem o artigo da Bergamo pra ex-mulher de Roberto Marinho é capaz dela ligar no ato pro dono da folha, reclamando.

Malú disse...

Só o Serra é que divide e dá privilégio para uma única classe: a elite. O PT e a Dilma sabem que têm que conviver com todos estamentos sociais. Não há nada demais no fato da Dilma conversar com todos. Não temos que imitar o Serra no que ele tem de pior.

Joao disse...

O significado do almoço de Lily Marinho
Enviado por luisnassif, sab, 10/07/2010 - 10:51

Para entender direito o significado desse almoço oferecido por Lily Marinho a Dilma Rousseff.

Dona Lily é personagem de um mundo fantástico do Rio de Janeiro, da fase áurea dos anos 40 quando, ao lado do marido Horácio de Carvalho, do casal Walter Moreira Salles-Helene, Aloisio Salles-Peggy, dominavam os salões da cidade, nos tempos em que Roberto Marinho ainda não tinha chegado ao primeiro time.

O primeiro marido Horácio Carvalho foi pessoa influente no governo Dutra e no governo JK. Dono do Diário Carioca - ao lado de José Eduardo Macedo Soares -, e da Erika - editora de revistas -, acabou repassando a empresa para Samuel Wainer, em um episódio que deu muito pano para manga para Carlos Lacerda.

Mesmo com todo esse histórico, dona Lily nunca teve atuação política. Viúva, casou-se com Roberto Marinho, foi companheira dos últimos anos do patriarca, mas jamais teve ingerência em qualquer negócio das Organizações Globo. Nem é mãe de seus filhos.

Assim, a importância desse almoço é simbólica: reside em derrubar preconceitos da velha elite carioca contra a candidata do PT.

Não é pouco.

V disse...

Será que os viventes da direita globista pró-serra irão pensar duas vezes antes de falar da Dilma? Parece que o Alexandre Gracinha tá mais calmo.

Quem ficou livre foi a BAND.
E o Boris? mas como ele diz, "Falo o que quero" e de biquino citou ontem uma frase desconexa "rúbrica ou assinatura?". Boris é o INVEJOSO MOR, senil, ex-terrorista de direita (será que é ex mesmo), ensinou inveja ao FHC e do alto do seu salto alto tenta a todo custo promover a cizânia.
Mas tá difícil, não tem mais argumentos e quase não tem mais audiência.
Depois a culpa é da inernet.

ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA disse...

NO COMMENTS.>>
THE TIME IS THE LORD OF HISTORY ... >>

ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA disse...

NO COMMENTS.>>
THE TIME IS THE LORD OF HISTORY ... >>

ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA disse...

O ÚLTIMO COMENTÁRIO FEITO POR MIM, POR ENGANO, FOI INSERIDO NESTE POST. >>
ELE REFERE-SE AO TEMA : " Lily Marinho não vai oferecer almoço a José Serra e nem a Marina Silva "

Cornélius disse...

Releitura da raia própria de Lily Marinho: pelo tom geral do que ví de notícias do assunto é que a lucidez de Lily Marinho de 90 anos incomou muita gente, leia-se todo o Instituto Millenium, incluindo a própria organização Globo. Os veículos noticiaram de vários jeitos as declarações de Lily sobre Dilma. Penso, no entanto, que a declaração que mais incomodou foi a de ter chamada Dilma de ‘Senhora D, de DEMOCRACIA. E Lily, dos poderosos Marinho e arrepiando os cabelos da direita, ainda arremata que mesmo não sendo obrigada a votar cravaria 13 na urna para presidente. OLÊ, OLÊ, OLÊ, OLÁ, DILMA, DILMAAAAAAAA… BRASIL, PRA FRENTE, DILMA PRESIDENTE!!!!! chóóóóó e depeeeeeeeem-se tuCANOS.
Ah…e Dona Lily deixou a entender que não convidará tucano para almoçar!!!! Os flamingos do Fidel agradecem.

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