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domingo, 4 de julho de 2010

Motivos para comemorar

Relatório distribuído pelo Bradesco nesta semana para seus clientes traça um cenário bastante positivo para a economia não só neste, mas também nos próximos anos. E um dos setores que mais devem se beneficiar da robustez econômica será o ramo supermercadista.

"Com um cenário positivo para o mercado de trabalho nos próximos anos, expansão real da renda e manutenção de um baixo índice de desemprego, o setor supermercadista deverá registrar novos recordes de vendas", preveem os economistas do banco, para os quais o setor ainda é favorecido pela expansão da oferta de crédito e pelos benefícios sociais oferecidos pelo governo federal.

Cabe colocar, continuam os analistas do Bradesco, que, na última década, o setor se deparou com alterações de cenário significativas, devido às mudanças sociais e econômicas ocorridas no período, que favoreceram o desempenho dos supermercados. "A exemplo do que ocorreu na última década, quando o combustível necessário para manter as vendas de supermercados aquecidas foi o desempenho favorável do emprego e da renda da população aliada à estabilidade de preços e à expansão do crédito, este ano começou promissor para o setor, que vem apresentando expansão de 7,5% no acumulado do ano, segundo levantamento da Associação Brasileira de supermercados (Abras)", dizem.

Ainda segundo o relatório, a população brasileira vem ampliando seu poder de compra nos últimos anos, decorrente da forte expansão da massa de rendimentos e da expansão da oferta de crédito. "A massa total da economia, que inclui salários, benefícios previdenciários e sociais (como o LOAS e o programa Bolsa Família), teve incre mento de 4,1% em 2009, descontados o efeito da inflação, de 4,3%.

Cabe destacar que a expansão do emprego tem se dado de forma saudável, com o aumento da participação das vagas com carteira assinada. É nesse contexto que o mercado de trabalho tem sido um dos drivers para o desempenho favorável da economia brasileira nos últimos anos", acrescentam os economistas.

Segundo o banco, programas sociais, tem mudado a estrutura social do País. É possível identificar uma migração das classes mais baixas para as classes com maior poder aquisitivo. "Esse movimento tem permitido a ascensão notadamente da classe C, que responde por 40% do consumo nacional, segundo dados da LatinPanel entre janeiro e setembro de 2009."

SAIBA +

Economistas do Bradesco destacam, ainda, o processo de "bancarização", as melhores condições de crédito e os programas sociais foram importantes para ampliar o poder de consumo das famílias que vivem nessas regiões, fatores que continuarão a favorecer o Norte/Nordeste por um determinado tempo.

Citam como mudança o forte processo de concentração do setor - as cinco maiores varejistas detêm hoje aproximadamente 43% do faturamento, número que era de 40% em 2001.

Consumo elevado

A ascensão social verificada no País tem consequências importantes no perfil dos consumidores brasileiros, movimento que se reflete também no setor supermercadista, destacam os economistas do Bradesco. O primeiro impacto é justamente na quantidade consumida de produtos.

"Nos últimos cinco anos, a expansão das vendas reais de supermercados foi de 3,7% ao ano, segundo a Abras. No último ano, a despeito da crise internacional, o consumo das famílias registrou expansão real de 4,1%, exatamente o mesmo crescimento das vendas reais do setor supermercadista, número bastante alto quando comparado à economia brasileira como um todo, que teve leve retração de 0,2% do PIB no mesmo período", explicam.

Isso acontece porque além de consumir mais, a população brasileira também está adquirindo produtos diferentes e muitas vezes com maior valor agregado. Os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF 2008-2009) confirmam que a participação relativa do consumo de alimentos é maior para a população na base da pirâmide social.

Para este ano, segundo o Ranking Abras, 61% dos supermerca-distas esperam que o faturamento do setor cresça entre 5% e 10% em 2010 e outros 32% esperam que cresça acima de 10%.Jornal de Brasilia

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