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domingo, 4 de julho de 2010

Investimentos do governo batem recorde com Lula

Os investimentos do governo Lula fecharam o primeiro semestre do ano no maior patamar desde o restabelecimento das eleições presidenciais no país.
Investimentos, diria um economista, são gastos destinados a ampliar a infraestrutura e a capacidade de gerar bens e serviços para empresários e consumidores. Pela ótica política, são obras e inaugurações em habitação, saneamento, rodovias, ferrovias, hospitais e escolas.

Dados ainda preliminares indicam que, ao longo dos últimos 12 meses, essas despesas, sem contar as das empresas estatais, somaram R$ 42 bilhões, ou 1,25% do Produto Interno Bruto, ou seja, de tudo o que o país consumiu e investiu no período.As cinco eleições presidenciais anteriores foram disputadas com taxas de investimento inferiores a 1% do PIB, com exceção do pleito de 1994, em pleno lançamento do Plano Real -quando a troca da moeda e o fim repentino da hiperinflação distorceram as estatísticas.

DESDE O PAC

Os investimentos vinham em alta gradual desde o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), concebido como prioridade do segundo mandato de Lula e bandeira de sua candidata, Dilma Rousseff.

O que explica o recorde, porém, é um salto de quase 60% nos primeiros seis meses deste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2009.Abertura, ampliação e conservação de rodovias, obras de saneamento básico e de urbanização de favelas compõem a maior fatia das despesas, além de um contrato firmado em acordo militar com a França para a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. Um terço dos recursos é repassado a governadores e prefeitos.

Economista da consultoria Tendências, Felipe Salto avalia que essa estratégia está funcionando, neste início de ano, porque o governo decidiu conter os gastos em custeio para abrir mais as torneiras dos investimentos.

A equipe de Lula diz que o avanço no ritmo de investimentos não se deve ao período eleitoral. Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), o governo em seu segundo mandato foi reaprendendo a investir e, agora, está colhendo os frutos desse trabalho.

"O Estado ficou quase 20 anos praticamente sem investir. Tudo era voltado para o controle. Mudamos essa lógica", diz Paulo Bernardo.Folha

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