Sete meses após o escândalo de corrupção ter sido revelado, aliados de Arruda se unem a ex-governador para derrotar o petista Agnelo Queiroz
Personagens do "mensalão do DEM" estão juntos novamente. Ontem ocorreu a primeira reunião oficial de campanha entre o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e o grupo político que sustentou o governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal até 2009.
Sete meses após a revelação do escândalo de corrupção local, que opôs Arruda a Roriz, todos estão unidos agora para derrotar Agnelo Queiroz (PT) e seu vice, Tadeu Filippelli (PMDB).
Arruda respaldou o acordo que seus aliados - no comando do PSDB, DEM e PR no DF - fecharam para apoiar Roriz. A união pode contar com o ex-senador Luiz Estevão, cassado em 2000 e acusado de envolvimento na obra superfaturada do Fórum Trabalhista de São Paulo, mas cotado para ser tesoureiro da campanha. "Ele (Estevão) não quer. Se ele quisesse eu ia querer. É uma excelente figura. E qual o defeito dele? Para mim, não tem", diz Roriz, candidato a governador pelo PSC.
Ontem, ele reuniu-se com dirigentes dos partidos e integrantes de sua chapa, entre eles Alberto Fraga (DEM), candidato ao Senado. Na semana passada, Fraga visitou Arruda para discutir a aliança com Roriz. "Não o consultei. Apenas falei que seria suicídio sairmos sozinhos. E ele (Arruda) falou que realmente não tínhamos alternativa", afirma Fraga.
Em novembro de 2009, quando veio à tona a corrupção em seu governo, Arruda, então no DEM, acusou o grupo de Roriz - governador entre 1998 e 2006 - de estar por trás das denúncias, tendo como porta-voz Durval Barbosa, ex-secretário de ambos. Flagrado em vídeo recebendo dinheiro de Barbosa, Arruda deixou o DEM, passou dois meses preso e foi cassado pela Justiça.
Esteve presente na reunião de ontem da campanha de Roriz o presidente do PSDB do DF, Márcio Machado, ex-secretário de Obras de Arruda e autor da planilha de caixa 2 da campanha de 2006.
Impugnação. O PSOL entrou com pedido de impugnação da candidatura de Roriz, com base na Lei da Ficha Limpa. Em 2007, ele deixou o Senado após denúncia de envolvimento em corrupção.
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