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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dilma explana para o grande empresariado em São Paulo

Dilma Rousseff, participou hoje de um encontro de cerca de 500 empresários e executivos do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. Para fazer parte da entidade é necessário ter lucro líquido de R$ 200 milhões.

Projeto de nação: educação, ciência, tecnologia e cultura

Dilma falou que só crescimento econômico não garante projeto de nação desenvolvida:

“Temos que ter clareza do nosso projeto de nação. Não é só crescimento econômico e social. É um projeto cultural e educacional. E um projeto científico e tecnológico. São os grandes desafios que se colocam na nossa frente.”

Política externa não se faz com o fígado

Foi a resposta sobre a relação do Brasil com o Irã e a Venezuela, onde, indiretamente, criticou a falta de habilidade diplomática de Serra:

"...Acho que é prudente que dirigentes e governantes guardem para si opiniões pessoais sobre regimes. Política imprudente é sair por aí fazendo análise sobre o que você pensa do Irã, da prisão de Guantánamo...

...Nós nos manifestamos em caso de golpe de Estado. No restante é preciso ter cautela na expressão dos governantes. Não se faz política externa dessa forma...

... política externa não se faz com o fígado ... Política externa a gente faz com a cabeça. Sou contra qualquer prisão de consciência. Sou contra prisão política. Mas não se faz política externa impondo a país nenhum o seu modelo...”

Sistema caótico de impostos

Dilma defendeu uma reforma tributária, chamando de caótica a estrutura de impostos do país, que levou ao sistema de impostos em cascata, a sobreposição de tributos e a obrigatoriedade da devolução de tributos.

Ela focou a necessidade de desoneração nos investimentos e na folha de pagamentos.

MST não será reprimido sempre que reivindicar legalmente

Horácio Lafer Piva, filho de Pedro Piva (foi suplente de Senador de José Serra entre 1995 até 2002, exercendo o mandato quando Serra foi ministro de FHC), e outros empresários, provocaram, chamando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de "acintoso" e "perigoso", perguntando como o governo Dilma se relacionaria. Dilma respondeu o óbvio: que não reprimirá o movimento quando agir dentro da legalidade:

"Movimento é movimento. Governo é governo. Não sou do MST, vocês já perceberam. Não podemos compactuar com a ilegalidade. Invadir edifícios públicos não está certo. Também não vamos reprimir o movimento quando ele estiver reivindicando somente".

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