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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Procuradora Sandra Cureau fez denúncia com base na opinião de editores de jornal, ignorando fatos políticos e sociais

Na representação da vice-Procuradora-Geral Eleitoral, Sandra Cureau, referente ao evento de lançamento do navio da Transpetro, em Pernambuco, ignora fatos, ignora o contexto político e social da vida nacional, e fundamenta uma denúncia com recortes de jornais. Em vários trechos, recorre à opinião de jornalistas, não atendo-se aos fatos.

A Procuradora deveria ter o cuidado de observar que jornais são empresas com fins lucrativos, sempre tiveram relações de interesse econômico com o poder público e com partidos políticos, tem interesses em exercer poder econômico e político em eleições, e não estão acima de qualquer suspeita para fundamentar uma denúncia.

Recortes de jornais servem para um Procurador da República ir atrás dos fatos narrados, mas não podem ser tomados como fatos por si.

Se o Ministério Público se deixar conduzir apenas pela pauta dos jornais, em vez de trabalhar para defender os interesses de qualquer cidadão brasileiro, estarão agindo involuntariamente como advogados dos donos de jornais, que os guiarão como marionetes para onde quiserem. Os empresários da imprensa conseguirão fazer os Procuradores trabalharem nas causas de seus interesses, e ainda por cima, às custas do dinheiro público que paga os salários dos procuradores.

A representação começa pré-concebendo que a idealização do evento configura ato de campanha.


Dilma estava no evento pelo que fez nos 8 anos passados, e não por ser pré-candidata

A Representação demonstra que não foi pesquisado o assunto, para aprofundar além das matérias de jornais recentes. Se tivesse pesquisado, compreenderia que Dilma Rousseff foi incansável lutadora pelo reerguimento da indústria naval, desde os primórdios do governo do Presidente Lula, numa luta que já dura 8 anos.

Em qualquer circunstância, mesmo que ela não fosse pré-candidata a presidente da República, seria convidada para o evento pela própria diretoria do estaleiro - que é uma empresa privada - dada sua contribuição para a indústria naval brasileira.

Portanto a idealização de campanha no evento, como diz a Procuradora, não tem fundamento.

A seguir a procuradora inicia o uso de recortes de jornais como fundamento para denúncia:


Proibir um Presidente de pregar a continuidade da obra de seu governo, é tão absurdo quanto proibir a oposição de fazer críticas por mudanças

Os discursos oficiais do presidente da República são divulgados oficialmente pela imprensa do Planalto, e estão disponíveis na Internet, tanto transcritos como em áudio.

Seria melhor e mais confiável, a Procuradora recorrer a fontes oficiais, em vez de intermediários da imprensa, como o "Estadão", mais sujeito a erros de transcrição.

Voltando ao conteúdo do discurso, neste trecho destacado pela Procuradora, ela ignora o contexto político em que vive no Brasil, para fazer uma leitura equivocada, meramente eleitoral.

A Procuradora novamente deveria ter pesquisado melhor o assunto para entender que a fala do Presidente Lula foi legitimamente POLÍTICA, e não eleitoral. Existe um debate POLÍTICO no Brasil, desde a campanha de 2002, quando o presidente Lula apresentou no programa de governo a construção de navios e plataformas da Petrobras no Brasil. O governo demo-tucano da época, optava por fazer encomendas no exterior: em Cingapura, na Coreia, na Noruega, etc.

Houve até um episódio, em que o então presidente da Petrobras, Francisco Gros, requisitou direito de resposta no TSE, para ocupar o horário eleitoral que o então candidato Lula tinha, para responder em defesa da construção de plataformas e navios no exterior.

O Presidente Lula venceu a eleição e cumpriu sua promessa de campanha. O evento em questão, do lançamento do navio, é resultado dessa política que se desenvolve há 8 anos. Não é um episódio eleitoreiro, como diz a Procuradora.

Quando o Presidente disse em seu discurso:

“E eu vou dizer uma coisa: eu acho que o que nós fizemos no Brasil não pode mudar. Se a gente deixar este país regredir, nós sabemos que para fazer é difícil, mas para derrubar é fácil. Vocês viram o que aconteceu com a Grécia agora;...”

Ele defendeu a continuidade das conquistas de seu governo. Das POLÍTICAS industriais e públicas de seu governo, como esta de fazer encomendas da Petrobras no Brasil, para reerguer a indústria naval.

É absurdo proibir um presidente da República de defender a continuidade da obra de seu governo, assim como seria absurdo proibir a oposição de fazer criticas por mudanças.

Quem estava assistindo o evento, sem saber que Dilma é pré-candidata do PT, e ouviu esse trecho da fala do presidente Lula, continuou sem saber que Dilma é candidata. Então onde está a propaganda eleitoral na fala do Presidente?

Idéia fixa, e a própria imprensa coloca palavras na boca do presidente e tiram o discurso do contexto

Se a procuradora fosse uma pessoa comum, do povo, de qualquer classe social, que não estivesse profissionalmente envolvida o tempo todo em observar eleições, não enxergaria qualquer conotação eleitoral na fala do presidente, caso tivesse assistido ao evento, em vez de apoiar-se nas narrativas da imprensa.

Portanto, a Procuradora agiu sem objetividade, influenciada pelo ponto de vista anormal, do próprio cargo que exerce. Ela está com idéia fixa de que Dilma é pré-candidata e vê fantasmas em toda e qualquer fala que lhe parece "encaixar".

Além disso, os meios de comunicação produzem editoriais, colunas e narrativas interpretando um parágrafo inofensivo do discurso do presidente como propaganda eleitoral antecipada.

Com isso muita gente que nunca teria percebido qualquer propaganda, é induzido pelos jornais a acreditar que houve propaganda, mesmo sem ter assistido a fala. É bem possível, que a própria Procuradora tenha sofrido essa influência, sem se dar conta.

Ora, neste caso quem está fazendo propaganda são os próprios jornais, a pretexto de acusar haver a própria propaganda, num processo de propagar um boato até que ele seja tomado como verdade.

Se a procuradora tivesse que multar alguém, seriam os jornais, que aumentaram e tiraram do contexto original a fala do presidente.

Líder sindical extrapolou, mas teve capacidade insignificante de influenciar votos

Em seguida, há um único trecho da representação, em que a Procuradora demonstra ter razão, mesmo assim, seria bom reunir provas materiais, que não seja recorte do jornal das Organizações Globo.

É temerária uma denúncia de caráter eleitoral utilizando-se apenas de conteúdo editado deste grupo empresarial, porque já teve graves antecedentes de manipulação eleitoral. Desde o caso PROCONSULT, passando pelo ocultamento da campanha das Diretas Já, pela edição manipulada do debate Lula X Collor em 1989, pela promiscuidade vazada para parabólica com o então ministro Ricúpero combinando entrevistas para usar o plano Real como propaganda eleitoral em favor de FHC, em 1994.

Além disso as Organizações Globo tem um histórico de receber benesses econômicas governamentais nos governos demo-tucanos, através de empréstimos favorecidos do BNDES e da CEF, além de propaganda governamental privilegiada, desproporcional à audiência, concessões de TV, sociedade empresarial com políticos que hoje são da oposição, através de TV's afiliadas da Rede Globo.

Há, ainda, várias ocorrências de jornais deturpando falas e contexto do que as pessoas realmente dizem. Há vários casos de desmentidos e até alguns poucos pedidos de desculpas pelos próprios jornais.

Se for verdadeiro o conteúdo do jornal O Globo, o trecho da representação onde a Procuradora tem razão é este:


Alberto Alves dos Santos é um líder sindical. Se for verdade, extrapolou ao fazer referência à quem votar. Mesmo assim é preciso relativizar a dimensão da fala do trabalhador, porque funcionou mais como uma confraternização entre quem já compartilha seu pensamento, do que como propaganda propriamente dita. O uso do termo "bom Dilma" em lugar de "bom dia" é uma infração, mas algo bastante cifrado, compreendido por poucos, em geral por quem já conhece o suficiente a ex-ministra, tendo pouco ou nenhum efeito como propaganda.

Quem estava assitindo, sem saber que Dilma é pré-candidata do PT, e ouviu esse trecho da fala do líder sindical, muito provavelmente continuou sem saber que Dilma é candidata. E dificilmente alguém mudaria sua intenção de voto por causa desta fala.

Também é precipitado imputar à Dilma Rousseff responsabilidade pela fala do sindicalista. Se fosse algo orquestrado, é difícil acreditar que a menção a permanência do Presidente Lula no poder, como Fidel Castro, fosse um discurso aprovado pela campanha de  Dilma, pois dá margem a uma quantidade enorme de críticas que ela já sofre na imprensa de setores conservadores.

De novo a presença de Dilma justifica-se pelos 8 anos passados e não pela pré-candidatura

A seguir a representação utiliza-se da OPINIÃO do "Estadão":


Mas esse trecho não tem qualquer valor para uma denúncia, sem qualificar quem são "todos que fizeram discurso antes de Lula", e qual o conteúdo do discurso de cada um de "todos".

Se no discurso de "todos", a menção à pessoa de Dilma Rousseff foi relativo a fatos da história destes 8 anos passados que ela participou, não há nada de errado.

Em seguida, a Procuradora, mais uma vez deixou de pesquisar sobre o assunto e ignorou toda a luta de 8 anos para reerguimento da indústria naval, da qual a ex-ministra faz parte desta história, alegando que ela não teria motivos para estar ali:


Repetindo: Dilma Rousseff seria convidada para o lançamento deste navio, fosse qual fosse o destino dela na vida. Se ela, em vez de pré-candidata, fosse ocupar algum cargo internacional, ou na iniciativa privada, estaria ali do mesmo jeito, como convidada, porque ela fez parte desta história, desempenhando um dos papéis mais importantes.

Propaganda subliminar não pode ser confundida com processos políticos permanentes, e exige perícia ou cai no lugar comum da presunção de culpa

A seguir vem a controversa tese de propaganda subliminar, acompanhada de uma visão de atividade política que beira o fascismo:


Os discursos que defendem a continuidade das POLÍTICAS industriais e públicas não podem ser considerados propaganda eleitoral, porque o processo político é um, e o processo eleitoral é outro.

O processo político é constante e permanente. É exercitado no dia a dia. É um direito de cidadania. Não depende do calendário eleitoral. Defende idéias, ideologias, programas governamentais, projetos de nação e grupos de afinidade e de interesses comuns.

O processo eleitoral é outro, é um período diferenciado, dentro do processo político.

O processo político nas sociedades não é interrompido no processo eleitoral. E quando um processo eleitoral termina, não encerra o processo político.

Proibir o processo político, confundindo-o com propaganda subliminar eleitoral, é uma atitude fascista, incompatível com os direitos de liberdade de expressão, manifestação e organização assegurados em nossa Constituição de 1988.

Ademais, com todo respeito à autoridade judiciária, nem juízes, nem procuradores são peritos, nem estudiosos em comunicação social para definirem com precisão o que é propaganda subliminar.

O assunto é tão subjetivo quanto um juiz de vara de família querer sentenciar um processo de paternidade pela sua própria avaliação da aparência física do filho com o suposto pai, sem exigir uma perícia baseada em exame de DNA.

Propaganda subliminar inquestionável é aquela pode ser explicitada. Se uma novela coloca no cenário produtos com marca é propaganda subliminar, porque a marca está lá como prova.

Se no cenário oficial do evento do lançamento do navio estivesse ao fundo um cartaz "vote 13" ou "vote Dilma" seria propaganda subliminar, indiscutivelmente.

Já querer fazer conjunções de discursos, situações e coincidências, contaminadas por opiniões de jornalistas, entra no terreno da especulação sobre se houve ou não propaganda subliminar. Trata-se de pré-julgamento e presunção de culpa.

Não é razoável acusar Dilma de saber do conteúdo de discursos alheios sem dispor de provas

Aparentemente, na representação há até um erro ou omissão técnica do ponto de jurídico, no parágrafo seguinte:


O trecho da referida Lei que trata do assunto diz:

§ 3o A violação do disposto neste artigo sujeitará o responsável pela divulgação da propaganda e, quando comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior.

O parágrafo acima onde procura justificar a multa para Dilma Rousseff como beneficiária, erra e é omisso ao não comprovar o prévio conhecimento da ex-ministra.

Representação influenciada pela opinião pessoal de jornalista

Na última argumentação da representação, recorre novamente à citação de um parágrafo do jornal Correio Brasiliense, justamente um texto onde, em vez de se limitar a narrar fatos, há a expressão da opinião do jornalista, vilanizando a conduta da ex-ministra.


Ora, este texto acima expressa apenas a impressão pessoal que teve este jornalista que escreveu. Uma impressão pessoal claramente negativa da ex-ministra.

Outro jornalista, mais imparcial e objetivo, poderia narrar o mesmo fato como:

"Quando foi procurada pela imprensa, Dilma Rousseff concedeu entrevista, e diante da pergunta ... respondeu: 'O meu projeto é o do presidente Lula, que ajudei a construir quando ministra. É de continuidade? É. Mas, sobretudo, uma continuidade que constrói um caminho pelo qual se pode avançar.'"

De acordo com a Lei 9504/95:

Art. 36-A. Não será considerada propaganda eleitoral antecipada:

I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009).


Onde a Procuradora Sandra Cureau encontrou irregularidade na entrevista de Dilma Rousseff, citada no Correio Brasiliense?

Provas compostas de matérias jornalísticas?

A representação termina dizendo haver em anexo prova documental composta de matérias jornalísticas.


Se não me engano, já houve ministros do STF que disseram que denúncias com base apenas em matérias de jornais não tinham sustentação para serem acatadas.

Mas neste caso, a questão vai muito além. Exceto no caso do líder sindical (se for verdade o que o jornal diz), o próprio mérito da denúncia carece de fundamentação jurídica.

O que se percebe é uma forte influência da opinião formulada pelos editores de jornais sobre o ponto de vista da Procuradora.

Me parece extremamente temerário Procuradores da República adotarem como método para fazerem denúncias, seguirem apenas narrativas de jornais, sobretudo porque tem linha editorial ideológica alinhada com partidos como PSDB e DEM, e os jornais no Brasil misturam opinião em meio à notícia, induzindo o leitor a compartilhar o ponto de vista do editor que a publica.

No mínimo, para apresentar tal denúncia, seria recomendável que Procuradores requisitassem os vídeos (houve transmissão pela TV), e analisasse os discursos na íntegra, nua e cruamente, como se estivesse na platéia, sem a contaminação da opinião dos editores de jornais.

A íntegra da representação está aqui (arquivo em PDF).

24 Comentários:

X-MAN disse...

Essa peça juridica vai entrar pra História do Dierito do país, fazer denuncia se basenado em notícia de jornal chega a ser hilario.

Adriano Matos disse...

Se até quando nos lançamentos e inaugurações de obras do PAC, a presença da ministra Dilma era motivo de acusação dos jornais e demotucanos, imagina agora que ela está com a faca e o queijo na mão prá vencer as eleições presidenciais pelo PT....

Não se conformam os golpistas de todas as matizes...

Muito bom post dissecando a falta de argumentação juridica consistente dessa representação da procuradoria que atende somente interesse dos grupos demotucanos.

Jorge Santos disse...

Essa análise foi devastadora. Os agentes da lei são capazes de diferenciar projeto político de projeto eleitoral? Essa representação baseada em recortes de jornais é ridícula. Qual o problema dessa gente? Querem amordaçar um dos maiores presidente que este país já teve? O presidente Lula, pelo que diz a lei, não pode exaltar o candidato nem pedir votos, e só. O rigor da lei só vale para a pré-candidata Dilma?

Queria que Lula ficasse até o fim do mandato, mas apoio sua licença do cargo.

Propaganda subliminar...Ridículo.

ANTÔNIO ALBERTO (Pe.Alberto) MENDES FERREIRA disse...

RAPAIZ, EU FICO A ME PERGUNTAR ...>>

AFINAL, O PODER NO BRASIL ESTÁ NAS MÃOS DO PRESIDENTE E SEUS MINISTROS, NA CÃMARA FEDERAL E SENADO OU NAS MÃOS DO PODER JUDICIÁRIO (?) ???>>

POR QUE NÃO CALAM, PROCESSAM E CASSAM ESSA FRUSTRADA, IDIOTA E ARROGANTE DESSA PROCURADORA ??? >>

SERÁ QUE SÃO TODOS " BUNDÕES " - (peço perdão às pessoas de bem, por essa expressão) - AÍ EM CIMA ??? >>

Ary disse...

Aqui tem material suficiente, e de qualidade, para que a coligação (e o governo) que apoia a Dilma tome uma iniciativa na esfera competente. A Procuradora rasga os Códigos e abre os jornais. Impressioante! Além da má-fé, existe um alto grau de infantilidade na atitude da Procuradora. Raciocinando assim, ela pode deduzir que, ao subir num palanque ao lado da pré-candidata Dilma, Lula estaria cometendo bigamia. Já havia dito, a campanha da Dilma precisa, mais do que militantes, de um exército de bons advogados.

Morais disse...

Acho que a equipe jurídica do PT tem condições de fazer uma investigação sobre a vida desta mulher, pois depois de uma ação destas ela acaba de ser suspeita de parcialidade, vamos virar a vida dela ao contrário.

Panambi disse...

PARABÉNS! Pela primeira vez, na blogosfera, vejo uma análise direta, com argumentação jurídica, demosntrando que estão agindo com absoluta falta de critério e com decisões baseadas em "achismo". Não podemos entrar nesta de que a Dilma e o Serra estão agindo ilegalmente. Acho que é isto que a "banda golpista" tá querendo, pois o objetivo é cassar a Dilma, junto com Serra ou não! |
Nâo está tendo nada de ilegal nesta pré-campanha que justifique cassação ou impugnação de candidatura de ninguém!! "GOLPE BRANCO - NÂO!!"

Paulo Maurício - Marituba (PA) disse...

Estou pensando em reclamar junto à PGE contra essa procuradora. Gostaria de citar esse texto será possível?

Carlos Ribeiro disse...

Essa mulher é uma destemperada. Se formou na mesma escola do marco aurélio melo e gilmar mendes(minúsculo mesmo).

roberto alves disse...

a procuradora eleitoral demonstra, na peça processual, parcialidade e partidarismo incompatíveis com a nobre função de "fiscal da lei", própria do ministério público. necessário representação contra a mesma junto ao Conselho Nacional do MP. ridícula sua atuação contra Dilma e em defesa dos interesses do PSDB. algo precisa ser feito, com urgência, pelo Partido dos Trabalhadores.

Reg disse...

Código de ética e de conduta nela.

João do Rio disse...

Cassam a Dilma e o Serra e a Marina continua o projeto neoliberal, simples assim!

Yacov disse...

Que coisa mais absurda. è surrealismo puro. Quer dizer que a ex-ministra, uma das grandes idealizadoras do PAC, não pode comparecer à inauguração de sua propria obra??? Isso é ridículo!!! E o presidente, que também é um cidadão, não pode externar sua preferência por sua candidata??? Ora, desde que não o faça com todas as palavras, pedindo votos a seu candiadto, acho que não tem que proibir não. O que não pode é amarrar a campanha eleitoral, impedindo que o eleitor conheça melhor seus candidatos e suas obras, sob o pretexto de subliminaridade da propaganda. Assim o processo eleitoral fica totalmente estrangulado pela subjetividade dos juízes e promotores, que afinal de contas, também são eleitores.

"O BRASIL DE VERDADE não passa na glOBO - O que passana glOBO é um braZil para TOLOS"

Voidacarol disse...

Excelente argumentação. Utilizei-a parcialmente para escrever à corregedoria do TSE, em meu próprio nome (nao citei a fonte, para o bem ou para o mal) porque estava indignada. Completei com a justificativa cabal da presença da Dilma no evento do lançamento do primeiro navio. Solicitei providencias. Veja abaixo:

Exmo Sr. Corregedor
Venho solicitar a atenção dessa Corregedoria para os seguintes fatos que revoltam a cidadania:

Na representação da vice-Procuradora-Geral Eleitoral, Sandra Cureau, referente ao evento de lançamento do navio da Transpetro, em Pernambuco, ela ignora fatos e fundamenta uma denúncia com recortes de (determinados) jornais.

Lamentavelmente. A Sra. Cureau pergunta o que fazia lá a atual pre-candidata. Claro que os jornais citados, alinhados com a candidatura da oposição, omitiram o fato de que a presença da sra. Dilma no evento se devia ao fato de que ela, além de ex-ministra das Minas e Energia(que supervisionava a estatal) e, na Casa Civil, Coordenadora do Pac (que injetou recursos), foi Presidente do Conselho da Petrobras durante a execução do projeto. Estava colhendo o alegre (primeiro) fruto de seu árduo trabalho.

Em vários trechos a Sra. Cureau recorre à opinião de jornalistas, não se atendo aos fatos.

A Procuradora deveria ter o cuidado de observar que jornais são empresas com fins lucrativos, sempre tiveram relações de interesse econômico com o poder público e com partidos políticos, tem interesses em exercer poder econômico e político em eleições, e não estão acima de qualquer suspeita para fundamentar uma denúncia. 

Recortes de jornais servem para um Procurador da República ir atrás dos fatos narrados, mas não podem ser tomados como fatos por si.

Se o Ministério Público se deixar conduzir apenas pela pauta dos jornais, em vez de trabalhar para defender os interesses de qualquer cidadão brasileiro, estarão agindo involuntariamente como advogados dos donos de jornais, que os guiarão como marionetes para onde quiserem. Os empresários da imprensa conseguirão fazer os Procuradores trabalharem nas causas de seus interesses, e ainda por cima, às custas do dinheiro público.

Entretanto, a prevalecer o entendimento de que basta citar uma notícia para se abrir inquérito, solicito que seja apurada - por isonomia - a notícia segundo a qual o horário do PTB vai ser ocupado pela candidatura de outro partido, ato expressamente condenado pela legislação eleitoral e que só vem repetir o que já está se verificando com as inserções do DEM totalmente ocupadas pelo candidato do PSDB. Esta última denúncia dispensa a citação de jornais porque os fiscais do TRE, se ligaram a tv nos diversos Estados, já viram. Outras irregularidades existem, que os fiscais desse órgão poderão facilmente detectar.
Junto extrato da notícia, para que seja feita justiça: ou não se penaliza o PT ou se penalizam todos que estão agindo ao arrepio da lei.
Desejo a todos os nobres membros do Ministério Público muita luz e paz, e que não desapontem uma população inteira que os tem em altíssima conta.

Mensalão tucano 2010 anunciado: Roberto Jefferson "aluga" horário na TV para Serra e tesoureiro do PTB reúne-se com tucanos



O deputado cassado Roberto Jefferson, presidente do PTB, faz na Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo), sem querer, contundente denúncia-confissão sobre o "aluguel" do horário político do PTB para o presidenciável demo-tucano:

"A produção é do Serra. O programa é para o Serra, quem produz é ele", disse Jefferson sobre o horário político do PTB de 10 minutos na TV que será exibido em 24 de junho. A produção ficará a cargo do marqueteiro de Serra, Luiz Gonzalez.

A estratégia para tentar burlar a Justiça
(aqui continuo reproduzindo mas extrapolo o nº de caracteres)


ass.)Maria Helena Correa

Zé Augusto disse...

Paulo Maurício - Marituba (PA),
Pode citar o texto à vontade, inclusive a fonte.
Não tem nenhuma ofensa, nem calúnia, nem injúria, nem difamação neste texto.
Há apenas argumentos críticos que qualquer cidadão tem o direito de fazer.
Nem juízes, nem procuradores estão acima de críticas, nem da lei. Todo mundo é humano e sujeito a falhas, e servidores públicos não podem reclamar de críticas, quando o cidadão se indigna com determinadas decisões que não compreende como justas.
É obrigação da justiça comunicar-se mais e melhor com a sociedade, tanto prestando contas de seus atos, como ouvindo queixas e reclamações.

Zé Augusto disse...

Maria Helena Correa,
Fez bem em enviar reclamação, e por mim tanto faz citar a fonte, até porque o que importa de fato são os argumentos.

ana disse...

Despreparada e mal intencionada. Suspeita para exercer a função.
Não sei, mas a procuradora cureau me lembra a procuradora Vera lucia que torturou a menina de 2 anos. Não sei o porque...

josé lopes disse...

Um passarinho me informou que:
Se procurarmos, vamos encontrar uma relação perigosa com essa procuradora e um tal de "Wigold Schafer". Se forem a mesma pessoa existe uma relação de amizade entre a Cureau e esse tal Schafer que supostamente estivera envolvido em atos no mínimo imoral concernentes a ONGS e o Ministério do Meio Ambiente no governo FHC. Lembrando que a ex-ministra Marina Silva em entrevista concedida a CBN afirmou que enquanto ministra se relacionava muito bem com pessoas do DEM. Pois é. Nessa mata tem coelho. Merece um investigação.

Paulo disse...

Abaixo o golpe!!!!

Bruno Leonelo Payolla disse...

Será que a procuradora Sandra Cureau está ligada aos também procuradores Santoro e Mário Lúcio da "tropa" do Serra (vide caso Lunus, dossiê dos aloprados, etc)?

Cristiana Castro disse...

Quem abriu as portas da ilegalidade foi o próprio STF,ao admitir recortes de jornal,como prova em juízo. Isso não existe, nunca existiu. Pode o Brasil inteiro se rasgar, mas o primeiro a embarcar nessa fraude foi o Joaquim Barbosa. Isso é uma aberração e épor conta disso que devemos estar atentos ao tal do " Ficha Limpa", que nada mais é que a carta branca para a Imprensa decidir quem serão os candidatos. O processo é o mesmo, um monte de notícias falsas, o MP, sempre aliado ao PIG e o resto a gente já conhece. É bom lembrar que, leis não retroagem, como quer fazer crer a TV GLOBO, não tem nada a ver com tempo verbal e sim com o princípio da irretroatividade das leis. A parada vai ser dura e o judiciárioé a elite da elite brasileira.

Andre disse...

Justiça midiática!!!!! como eles gostam de aparecer na televisão.

Unknown disse...

Esse "pessoalzinho" do TSE precisa aprender, pelo menos, o básico de democracia (Todo o poder emana do povo e em seu nome é exercido"). Do "povo"! lembrem-se! Que tal saírem dos gabinetes e procurarem, ao menos, saber quem ou o quê é "povo"?

ODONAUTA disse...

Em um grupo da Faculdade de Direito da UFBA foi postada a matéria "Procuradora Sandra Cureau fez denúncia com base na opinião de editores de jornal, ignorando fatos políticos e sociais" e um dos participantes do fórum, um professor e procurador eleitoral, pediu que fosse excluído do grupo, além de tecer os seguintes comentários:

"fulano e demais discentes, vou lhes pedir um favor: me excluam da lista.
Como vocês sabem, além de ser professor da UFBA, sou Procurador da República. Atualmente, respondo não só por meu ofício criminal, mas também pela função de Procurador Regional Eleitoral Substituto e Auxiliar de Propaganda.
Sei que esta lista é um espaço de discussão de idéias. Mas, como já vimos em sala, há limites para a liberdade de manifestação do pensamento. Alguns deles são postos pela legislação eleitoral, outros concernentes à honra subjetiva e objetiva das pessoas, como a da Exma. Sra. Vice-Procuradora- Geral Eleitoral, minha prezada amiga Sandra Cureau - de cuja honradez e zelo funcional sou testemunha.
Não me sinto nada confortável com o uso da lista para proselitismo político-partidá rio e, em algumas ocasiões, já me perguntei se não era caso mesmo de instaurar procedimento para apurar infrações à legislação eleitoral (que não pune apenas candidatos, mas também as pessoas comuns que resolvem, ante tempore, fazer propaganda eleitoral). Não chegou ainda a ser o caso, mas antes que chegue, por favor, me tirem da lista."

Como o amigo que postou a matéria passou a ser hostilizado por uma parte dos colegas enviei a mensagem abaixo em seu apoio e uma cópia para o Conselho Nacional do Ministério Público pelo fato do que julguei tratar-se de uma forma de intimidação no trecho em que o professor sugere a instauração de um processo (já me perguntei se não era caso mesmo de instaurar procedimento para apurar infrações à legislação eleitoral).

Abaixo parte do meu e-mail ao colega:


Colega,

É extremamente pertinente as suas postagens sobre o que ocorre no cenário político atual, principalemente quando órgãos da justiça assumem as vezes de partido, tal qual a grande imprensa brasileira. Esta já assumiu em diversas ocasiões que na falta de uma oposição que de fato enfrente as forças políticas no poder têm o "legítimo dever" de atuar como tal.
Outra coisa que não devemos nos preocupar é com ameaças veladas de sanção judicial por expressarmos nossa opinião através deste meio. Muito me admira a dúvida se não era caso de instaurar procedimento para apurar infrações à legislação eleitoral por parte de nós, meros estudantes de direito, no exercício de um direito, qual seja, a liberdade de expressão. Cabe ao Ministério Público e ao Conselho Nacional do Ministério Público apurar isso. Não tem cabimento esse tipo de ameaça.

Abraços colega e não se intimide, o fato de constar entre os destinatários de suas mensagens membro do Ministério Público não o vincula à sua opinião, continue divulgando o que achar apropriado para a perfeita compreensão do que se passa em nosso país e em particular o que se refere à nossa Justiça.

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