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terça-feira, 4 de maio de 2010

Fascismo demo-tucano em Minas Gerais: governo Anastasia quer decidir até que camiseta o cidadão pode ou não pode vestir.


Professores em greve das escolas estaduais de Minas Gerais realizaram intensa manifestação ontem (3), em Uberaba (MG), no Parque Fernando Costa durante a solenidade de abertura da ExpoZebu.

O tumulto já começou na entrada do Parque em função da comitiva de Araguari (MG) ter sido barrada pela polícia por vestir camisetas defendendo o piso salarial.

O deputado estadual Adelmo Carneiro Leão (PT) foi chamado pelos manifestantes quando chegou ao Parque, tendo questionado os PMs sobre as razões. Em resposta ouviu se tratar de "ordens superiores".

Polícia persegue professores que fotografaram a cena

Neste ínterim, dois manifestantes usando a camiseta lilás do Sind-UTE (Sindicato dos Trabalhadores na Educação) se aproximaram do lado interno para fotografar a cena inusitada.

Ao serem avistados por policiais na portaria, os manifestantes foram perseguidos, como nas piores ditaduras.

Nota enviada pelo sindicato no fim da tarde informou que o professor Carlos Silva, da cidade de Sacramento (MG), foi agarrado pelo pescoço, perdendo os sentidos por cerca de 30 segundos. Recuperado, foi posto para fora do Parque Fernando Costa, numa clara situação de abuso de autoridade, impedindo o direito de ir e vir de manifestação pacífica.

Situação foi contornada com o retorno do deputado Adelmo, em companhia da coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Marilda Ribeiro, e o comandante do 4º BPM, João Lunardi. Assim, a entrada dos grevistas foi liberada.

Com faixas exibindo “Anastasia, que baixaria - você não negocia”, os educadores, em greve há 18 dias, ocuparam a lateral do palanque, acompanhados de perto pela Polícia Militar.

Discursando sob intensa vaia dos manifestantes, o governador Antonio Anastasia usou metáfora para expressar o descontentamento com a situação. Comparou o céu azul no qual tremulavam as bandeiras azuis (da claque do PSDB) simbolizando harmonia, enfatizando, contudo, a palavra “ordem”, duas vezes, como essencial à estrutura da sociedade.

O governador poderia começar a "ordem" pelo pagamento de um piso salarial decente para os professores, que não os obrigasse a recorrer à greve, como último recurso.

A presidente do Sind-UTE, Sônia Regina Monte, reiterou a busca pela implantação do piso salarial dos profissionais de educação em R$ 1.312,85.

Ela também refutou os argumentos do governador veiculados na imprensa de que a greve tem cunho político. “Estamos apenas lutando pelos nossos direitos”, confirmou a educadora, informando o deferimento do pedido de liminar proibindo demissão e substituição dos grevistas pretendido pela Secretaria de Estado da Educação. Leia mais aqui.

2 Comentários:

Paulo Roberto Terra Martins disse...

Só fala bem do governo do PSDB em Minas quem se informa pela nossa imprensa censurada. Vocês acreditam que esta, a maior greve dos professores estaduais desde a década de 1990, não tem nenhuma repercussão na imprensa mineira?
(Acessem o link http://www.youtube.com/watch?v=UqEimwCupsQ e vejam um documentário sobre a "imprensa" mineira)
A imprensa mineira é só propaganda do governo estadual.
O Aécio foi tarde. Em outubro temos que despachar o Anastasia.

Unknown disse...

Pra mim qualquer político ou parente deste até o 4º grau deveria ser vedado proprietário ou quotista de veículo de comunicação, pois trabalham com informação e esta não deve ser deturpada ou manipulada para benefício próprio ou de parentes que sejam políticos. já há uma desigualdade enorme para os outros candidatos que disputam cargos contra estes...e tem o mais importante que é o direito do cidadão a informação correta.
Quem frequenta as repartições estaduais...vê a carência de pessoal...de equipamento...de corrupção...mas a imprensa, aqui em Minas..., é o ó do borogodó....

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