Preocupados com o rótulo de "privatistas" que ficou colado a gestões do PSDB, o diretório do partido em São Paulo elaborou um caderno com cem perguntas e respostas sobre o tema, buscando orientar seus cabos eleitorais para o debate eleitoral.
O trabalho, coordenado por Kal Machado, ex-prefeito de Rio Claro, no interior paulista, e membro do Conselho Fiscal do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do governo José Serra, relembra a derrota de Geraldo Alckmin para o Presidente Lula nas eleições presidenciais de 2006, quando os tucanos, que não conseguiram responder satisfatoriamente sobre as vendas de sistemas de telecomunicações, da Companhia Vale do Rio Doce e à possibilidade, de fazerem o mesmo com a Petrobras.
"Lula e seus acólitos demonizaram as nossas conquistas sócio-econômicas. Nossos candidatos e nossa militância precisam estar bem mais preparados. Não podemos ser ingênuos e imaginar que, só por termos bons candidatos, conseguiremos conquistar os eleitores", diz o documento.
A cartilha traz comparativos entre as privatizações e concessões realizadas no governo Lula e as da gestão Serra: "O governo Lula licitou sete novos trechos de rodovias federais. As novas concessões apresentaram um modelo de outorga que resultou em tarifas bem inferiores às que são praticadas nas concessões paulistas".
Na sequência, oferece a possível resposta aos correligionários: "Para enfrentar a inevitável comparação, será preciso defender veementemente o programa paulista, mostrando as vantagens comparativas e as diferenças entre os modelos estadual e federal".
Kal Machado diz que o PSDB "acusou o golpe", mas deve se preparar para uma discussão mais profunda sobre a necessidade das privatizações: "A derrota pode ser atribuída mais à falta de capacidade de comunicar as vantagens dessa política, do que propriamente a um descrédito da sociedade."
Por fim, há a defesa dos programas de concessão rodoviária: "Embora a concessão tenha se tornado uma realidade mundial, ano a ano o país perde terreno em relação a outras nações. No plano político, deve-se exigir que os benefícios oferecidos pelo governo federal às novas concessionárias sejam estendidos às concessões estaduais, como: isenção de PIS e Cofins e financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a juro de 5,5% ao ano".
1 Comentários:
Parece piada: José Serra criticando as taxas de juros...
É muita cara de pau!
E o pior: ninguém da Imprensa lembrou desse fato e questionou o candidato tucano nas matérias sobre o assunto hoje; muito menos o entrevistador da Rádio CBN.
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