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sábado, 29 de maio de 2010

Até o jornal tucano pergunta para Serra;Cadê o discurso?

Claro que a vaga de vice é um problema para a campanha do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Mas encontrar o discurso parece ser um problema ainda maior.

Até agora não existe um mote, uma ideia que sintetize a candidatura e que faça o grosso do eleitorado entender a razão de optar por ela.

Serra oscila entre maior e menor agressividade direta contra Dilma Rousseff e o PT, quase sempre poupando Lula. Há ataques a Lula, mas são cifrados demais para o grosso do eleitorado.

Alguns exemplos para não cansar. Insinuar que não teria boa relação com ditadores, porque Lula tem. Não lotear os cargos, porque com ele seria diferente, não teria essa coisa de ceder à fisiologia. Neste exemplo, o próprio Serra se esquece das boas relações que manteve e mantém com José Roberto Arruda e democratas, tucanos e peemedebistas que não ficam nada a dever à turma da pesada que apoia Lula.

Mas o que importa é que ele tenta ferir Lula. Discretamente, repita-se. Motivo: boa parte dos que hoje optam pelo tucano avalia bem o governo do presidente. Seria suicídio político brigar de frente com o petista.

Resta, portanto, bater no PT e em Dilma. Mais à frente, virá a chamada tentativa de desconstrução. Em outras palavras, ataques mais duros à pré-candidata do PT. Simultaneamente, fará um discurso algo doce para tentar mostrar a suposta superioridade no quesito preparo para governar. Mas, de novo, a pergunta: qual é o mote?

Dilma tem o seu: continuar a obra de Lula, de fácil compreensão para a maioria dos eleitores.

Sem discurso, começam a bater o desespero e o destempero no próprio candidato. E, aí, ocorrem ataques como o desferido contra a Bolívia. Ninguém entendeu a razão.

Especulação: pode ser uma tentativa de construir um discurso mais linha dura em relação à segurança pública, um dos temas de maior preocupação do eleitorado. O risco é soar meio malufista. Existe indício nesse sentido: o violento comportamento da Polícia Militar de São Paulo hoje em dia.

A PM paulista está matando mais, de acordo com dados do primeiro trimestre deste ano comparados com a mesma época do ano passado. Nesse período, em que Serra governava o Estado, cresceram 40% as chamadas ocorrências em que há resistência seguida de morte.

Falar mais duro em relação ao combate às drogas pode atrair uma fatia do eleitorado. No entanto, numa primeira avaliação, parece estreito para virar um discurso de campanha eficiente a fim de derrotar a candidata de um presidente com popularidade recorde. Do Kennedy Alencar

9 Comentários:

Marcio disse...

Esse negócio de todo mundo repercutir essa besteira do Serra (Bolívia) é o que ele mais deseja.
Vão lançar muito boi de piranha pra galera ficar roendo enquanto passam com o carro.
A atitude serrista é grosseira, deselegante e desastrosa por si só. Não precisa ninguém legendar. Temos que tomar muuuuuuuuuuuuuuito cuidado para não ficar avançando nos bois que eles jogam por que estamos contribuindo para ampliar o debate deles, não o nosso.
A minha sugestão é largar mão disso.

Reg disse...

Como não tem coragem de bater de frente com Lula, usam de artifícios subliminares, como hoje, ao justificarem o aumento dos acidentes em São Paulo.
Neste caso, elogiaram as estradas, porque de São Paulo, mas alegaram que o aumento de acidentes foi porque os motoristas aproveitam as estradas paulistas PERRRRRFEITAS para quando entrarem nas ou....tras esburacadas.
Ou como quando o redator, não são jornalistas, tucano, disse que viajou para a África ao lado do FHC que disse, nem sei se redator ou FHC, que Dilma não entende nada de futebol.
Muito puxa-saco o redator, não assistirei a copa por aquele canal.

Hélio disse...

Serra não tem discurso hoje e, nunca teve.

Ele representa a mediocridade teórica.

Fala, fala e não diz nada e, ninguém entende nada.

Helena disse...

Tiradentes

Você tem toda razão. O Serra, está falando baboseiras porque está repercutindo na imprensa, claro. Mas, a Bolivia,percebeu que as intenções do tucano. Deixou falando sozinho. Por aqui, a intenção é, não falar mais no assunto

Erick Figueiredo disse...

Daqui há pouco Serra desmentirá suas declarações contra a Bolívia como fez quando disse que, fosse eleito tiraria o Brasil do Mercosul...

Cornélius disse...

O Zé-Sem-Vice queria holofote e os teve. Foi lhe útil para tirar um pouco do foco de sua amarga solidão. O DEM, dos linha direta Arruda-Maia, tá no cangote do Zé-Sem-Vice e ele não sabe o que fazer com esses malas. O descontruído Aécio e o amigo da onça Tasso tiraram o corpo fora. E agora Zé-Sem-Vice? Que tal dar um a voltinha na triste cracolândia da sua São Paulo? hein, hein? Ah...convide o FHC para o passeio, antes da providencial viagem para a Europa, pois até ele deve tá muito bravo por vc não tê-lo convidado para a vice, viu Zé-Sem-Vice.

Carlos A. L. Andrade disse...

Helena: veja só o texto do Maximiliam Klimberger sobre a mídia brasileira e o novo papel do Jornal do Brasil, francamente Pró-Lula:

"Depois da difusão na rede da expressão criada por Paulo Henrique Amorim indicativa da existência no Brasil de um “Partido da Imprensa Golpista” pela primeira vez se nota uma fissura no monolítico bloco formado pelos grandes órgãos da imprensa nacional. O “Jornal do Brasil” ainda que hoje mais voltado ao próprio quintal – a cidade do Rio de Janeiro – começa a dar sinais claros de diferenciação editorial do grupo do qual fazem parte e lideram o O Globo, o Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo, entre os jornais diários.

Nas suas últimas edições, o velho JB retorna com análises francamente favoráveis ao governo e se posiciona ao lado de Lula no embate com os Estados Unidos nesse imbróglio envolvendo o acordo com o Irã negociado por Brasil e Turquia. Na edição deste domingo há evidente postura independente – e que se poderia dizer “pró-Brasil” – no editorial do jornal que marcou época na imprensa brasileira por décadas.

Da análise de Wilson Figueiredo no “Coisas da Política” na página 2 até o artigo de Gilson Caroni, o jornal do Conde Pereira Carneiro faz por onde se diferenciar dos outros “jornalões” por uma guinada francamente a favor do Brasil, mais nacionalista, embora crítica a algumas ações do governo. Deixou de lado de vez a posição dominante que lhe deram Augusto Nunes, Vilas Boas Correia e os velhos editoriais pró-Serra.

Seus editores setoriais – entre eles André Balloco e Marcelo Migliaccio – já há tempo ponteiam no JB Online com postura antiserrista e mais à esquerda.

É de saudar com esperança o renascimento do JB independente e o aparecimento de um jornal que usa todo o seu prestígio centenário, para destoar da mídia comprometida com o atraso histórico que nos legou o PSDB com sua inflexão à direita do espectro político nacional.

Que Deus conserve o velho JB na sua nova visão de Brasil e do seu povo!"

Lea disse...

Kennedy Alencar de ontem. tb muito boa matéria.



Elo emocional reforça avaliação de Lula

KENNEDY ALENCAR


O Datafolha mostrou em sua pesquisa mais recente que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu índice de 76% de ótimo, 19% de regular e apenas 5% de ruim péssimo. É o presidente mais bem avaliado desde quando o Datafolha faz esse tipo de levantamento.

Quais são as razões para um presidente obter percentual tão alto?

Obviamente, uma parte da população acredita que o presidente faz um bom governo. Como isso é medido? Basicamente, o cidadão acha que a vida dele está melhor do que antes e atribui isso ou parte disso à administração de plantão.

Alguns pesquisadores elaboraram teses e avaliações sobre certo grau subjetivo de avaliação. Ou seja, não apenas a sensação de melhora, que o cidadão mede com emprego, salário, mais dinheiro no bolso, menor inflação etc. Haveria um dado emocional: o cidadão gosta do presidente que tem.

Essa avaliação subjetiva turbinaria a popularidade de Lula. Não haveria satisfação apenas em relação ao governo, mas também no que se refere à figura do presidente. Lula tem um elo emocional com a maioria da população.

Uma parcela se orgulha de um homem que nasceu pobre, venceu obstáculos e fez um governo de respeito. Outra parte gosta de ver Lula ser respeitado internacionalmente. Seria algo, dizem pesquisadores, como um reconhecimento de que o país do futuro é agora. Tem gente que se identifica com a retórica popular do petista. E por aí vai...

Resumindo, existem dados objetivos e subjetivos a justificar uma avaliação recorde. Com seus acertos e erros, Lula está na galeria de nossos maiores líderes políticos. Essa percepção será uma sombra sobre o próximo eleito, seja ele ou seja ela.

Anônimo disse...

Helena

A Folha é um jornal SEM futurom como poderá comprovar nesse "videozim" da nossa lavra:

http://www.youtube.com/watch?v=2uJFgapugcs

Vale a pena divulga-lo ?
Abraços Justos, Fraternos e Solidários

Enio
do "bloguim" O PTrem das Treze

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