A revista Veja recebe mais um desmentido, da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), através da nota:
A UFRB esclarece alguns equívocos cometidos na reportagem “Pecados Pouco Originais”, publicada na edição 2.159 da Revista Veja (primeira semana de abril de 2010):
1) É insólito e inédito o princípio defendido pela Revista Veja de que a demanda de uma universidade é aquela estabelecida pelo município de sua sede. A Bahia tem a segunda pior proporção nacional de matrículas em universidades federais para cada mil habitantes e, por isso, precisa ter o número de universidades públicas ampliado em seu território, inclusive por respeito ao princípio federativo;
2) a UFRB é multicampi e possui centros de ensino em 4 cidades do Recôncavo, (Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus, além do anexo do CAHL em São Félix), não se restringindo ao município de Cruz das Almas, como afirma a matéria;
3) o projeto de implantar uma instituição pública de ensino superior no Recôncavo da Bahia tem origem no Segundo Império, nos meados do século XIX. Trata-se de uma das primeiras regiões urbanizadas das Américas e, ao contrário do que afirma a reportagem, está entre as regiões mais densamente povoadas do interior do Brasil;
4) a UFRB foi avaliada em 2007, apenas em um curso de graduação, herdado da UFBA. Após avaliações de outras variáveis o Índice Geral de Cursos (IGC) da UFRB foi corrigido para 3 (três), em uma escala que vai de 0 a 5;
5) a foto da sala de aula exibida na reportagem foi tirada de um dos cursos noturnos do campus de Cruz das Almas. Os cursos noturnos passaram a ser oferecidos mais recentemente na UFRB. A imagem publicada não corresponde à dinâmica da realidade da maioria dos cursos da nossa instituição. No que diz respeito aos cursos diurnos, a elevada procura dos mesmos determina inclusive a previsão da construção de novos prédios, fundamental para evitar um colapso na infra-estrutura de apoio às atividades acadêmicas da UFRB.
Recebemos o jornalista da revista Veja, João Figueiredo, no gabinete da Reitoria da UFRB, no dia 31 de março. Na UFRB, priorizamos o atendimento a todos os profissionais de imprensa que nos procuram. Entretanto, não podemos deixar de registrar a nossa surpresa com a forma desrespeitosa e preconceituosa com que esta Universidade foi tratada e com a manipulação grosseira verificada na referida matéria, escrita pela jornalista Roberta de Abreu Lima.
Em sua primeira indagação, felizmente não publicada, o repórter da Veja se referiu à UFRB como um “elefante branco no meio do sertão”. Além de grosseira, a pergunta demonstra um total desconhecimento da realidade brasileira e da geografia de nosso País. Como sabemos, a UFRB está situada no Recôncavo, região, por princípio, litorânea. Noutro momento o jornalista perguntou qual o sentido de uma universidade pública naquele deserto. Explicamos que, segundo historiadores e geógrafos, estávamos numa região de vida urbana notável desde a época colonial. Todas as perguntas foram respondidas, inclusive repetidamente, dada a prática do jornalista de repetir a mesma pergunta duas ou três vezes. A entrevista durou cerca de 90 minutos. As respostas apresentadas sobre os temas abordados na reportagem não foram em quaisquer dimensões incluídas na matéria publicada. Portanto, é difícil entender os motivos de tantos equívocos.
Este é um episódio lamentável. A revista Veja é um poderoso veículo de comunicação e exatamente por isso não tem o direito de desconhecer a história do Recôncavo.
Atenciosamente,
Paulo Gabriel Soledade Nacif
Reitor
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8 Comentários:
A revista VEJA... não tem mais credibilidade...já fui assinante...nunca mais assino porque é tendenciosa e ao é isenta. Já foi uma boa revista. Agora... AKBOU.
Eu acho graça nisso:
TODO MUNDO SABE que a revista Veja (Óia, Espia, etc..)manipula suas reporcagens, mas continuam consentindo em dar entrevista e fornecerem material para ela.
Não aceitem mais receber pessoal dessas revistas tendenciosas, gente!
E se colocarem matéria criticando o gesto, deixem claro o porque da não aceitação!
Mais uma razão para no Recôncavo baiano ninguém leia a Veja. Temos que fazer um boicote a este lixo em forma de revista, e simplesmente ignorar estes pseudo-jornalistas que fazem de suas profissões uma espécie de capanga da escrita, pagando fazemos qualquer negócio. Onde está a ética desta gente?
O cursos ministrado neste campi de Cruz das Almas é Agronomia. O corpo docente é composto por muitos Doutores e Mestres de excelencia.
Tenho ficado mais em clínicas e hospitais do que jamias fiquei em toda minha vida. Nas salas de espera só dá Veja, Caras e, de vez em quando, A época. Sem contar que os horários que vou são sempre os mesmos. E dá-lhe Ana Braga e seu papagaio na TV de 42'. Um saco. Ainda bem que sempre tenho um livro na mochila. Mas, esses dias, quase caí das pernas e fiz até uma foto. Numa clínica de cardiologia tinha uma Carta Capital. Outro dia fui numa do pulmão e, pasmem... não tinha TV e sim músicas clássicas tocadas de forma suave. Até comentei com o médico.
Bom, temos que concordar: a Veja era uma boa revista até o comecinho de 1990. A Folha era referência de bom jornalismo até +ou- 1996. Eu assinava as duas publicações. Viraram duas merdas.
Bem feitissimo!!! A reitoria da UFRB
tava dormindo na rede quando aceitou dar mole aos agentes do maligno.
A "Veja" se transformou em um panfleto do partido da imprensa golpista e da ditadura da manipulação de informação demotucana que esconde as verdades dos escândalos dos governos de oposição e se especializaram em criar factóides!
A "revista veja" está condenada e fadada ao fracasso pelo pior defeito: a falta de credibilidade e de jornalismo de verdade!
AVISO
Dar entrevista à Veja causa dissabores, dores nas costas e na cabeça, sentimento de injustiça, chateação e vontade de suspender a porcaria da assinatura da veja que vai para a biblioteca.
Mas se ainda assim, um sentimento democrático der vazão a uma entrevista para este panfleto de extrema direita (e mentiroso) então:
1 - GRAVE E MOSTRE QUE ESTARÁ GRAVANDO (SOM E VIDEO)
2 - Tenha testemunhas
3 - Hora marcada de início e fim
4 - Faça perguntas também (tipo, e o prédio da Abril de quem é afinal? Quanto vcs ganham de diária para vir até aqui? Quantas horas de trabalho por dia vcs fazem? Quem preparou a pauta? Qual o objetivo da entrevista (Espinafrar a UFRB? pergunte isto claramente)? Vocês sofrem pressão? E se falar bem do governo o que acontece?)
5 - Assistam ao filme "Ao sul da Fronteira" de Oliver Stone e depois pergunte sobre o presidente Chavez (essa é muito Boa).
6 - Apresente-os para o maior número de pessoas em sua instituição (condição sine qua non para a entrevista). Diga que eles vieram divulgar o bom nome da UFRB e mostrar o esforço e luta de todos.
7 - Use proteção (como as entrevistas da veja parecem interrogatórios, faça uso de um bom advogado durante a entrevista, - Bom seria se fosse o Procurador da UFRB.)
8 - Não esqueça de fazer um bom descarrego quando eles sairem.
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