Serra, para ser anti-Lula, se abaixa para Beslusconi e Gilmar Mendes

Em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, quando José Serra foi perguntado sobre a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, respondeu: "A Itália é uma bela democracia e um Estado de Direito, então, se ele foi condenado em um processo legal, ele deveria ser devolvido à Itália".

A Itália de fato é uma democracia, assim como os EUA, mas há países, inclusive da europa ocidental, que não extraditam determinadas pessoas para os EUA, porque seriam executados em casos que estão condenados à pena de morte. Para extraditar exigem comutação da pena.

Cada caso é um caso, e cabe a um estadista avaliar todos os ângulos, de casos complexos e tomar decisões soberanas, de acordo com as tradições humanitárias da nação brasileira, e em respeito às leis nacionais e não à leis de outros países.

Roman Polanski estava condenado à prisão nos EUA, e a França (uma inquestionável democracia) não o extraditava, porque tem suas leis, que são soberanas sobre leis estrangeiras.

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola, amigo da turma de José Serra, estava na Itália, livre, leve e solto, fugitivo do Brasil, e a Itália não o extraditava porque tem também suas leis.

José Serra, além de querer marcar posição anti-Lula, de estadista não tem nada, e se dependesse dele, em vez de pensar soberanamente como as leis brasileiras recomendam, faria aquilo que o primeiro-ministro italiano Silvio Beslusconi mandasse Serra fazer, com o devido endosso de Gilmar Mendes.