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sábado, 10 de abril de 2010

Isso, nós não queremos de volta...FHC chama aposentados de vagabundos

Jornal do Commercio - Recife, 12 de maio de 1998

FHC chama aposentados  de vagabundos

RIO - O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, ontem, que "pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um país de pobres e miseráveis". Fernando Henrique defendeu a reforma da Previdência, que recentemente impôs uma derrota ao Governo, na Câmara, pelo voto equivocado do ex-ministro e deputado Antônio Kandir (PSDB-SP). "Quando se perde uma votação, parece que o mundo vem abaixo. Doce ilusão. Basta ter convicção, para entender o processo nacional e saber que o que se perde hoje, se ganha amanhã." Um dos pontos polêmicos da reforma da Previdência é justamente o que define os 65 anos como idade mínima para a aposentadoria.

Fernando Henrique aproveitou a cerimônia de abertura da 10ª edição do Fórum Nacional, no auditório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para fazer um balanço de seu Governo; rebater as críticas por ter optado pela economia, em detrimento das questões sociais; e apresentar a linha que marcará sua campanha pela reeleição.

NEO-REPUBLICANO - O presidente precisou de quase uma hora para apresentar a tese Uma utopia viável. "O que obviamente é uma contradição em termos, digo de antemão, antes que um cronista venha dizer que estou falando uma bobagem", ressalvou. A expressão, disse Fernando Henrique, foi retirada de livro do inglês Anthony Giddens, que propõe um modelo entre a esquerda e a direita, a chamada "terceira via". No discurso que levou para o BNDES, e acabou não lendo, empolgado com a chance de dar uma aula à platéia, Fernando Henrique classificava esse modelo de "neo-republicanismo", em oposição ao neoliberalismo.

SOCIAL - O discurso foi diferente do que marcou a campanha de 1994, quando a economia, por conta do combate à inflação, era o centro principal da disputa, deixando de lado as questões sociais. "Em primeiro lugar, na minha visão de Estado, vem a democracia; em segundo, a questão social; e, em terceiro, a economia, porque acho que esta deve ser mesmo a ordem das coisas."

"A pobreza e a miséria são hoje a nódoa do Brasil, como foi a escravidão no passado", disse o presidente, parodiando o abolicionista Joaquim Nabuco. "Isso me envergonha." O presidente aproveitou para mostrar que, nas áreas em que o programa Comunidade Solidária, conduzido por sua mulher, Ruth Cardoso, atua, houve redução da taxa de mortalidade infantil.

O presidente também fez uma leitura nova do problema do desemprego. "O nível de emprego no Brasil está crescendo, ao mesmo tempo em que há desemprego, porque a oferta de mão-de-obra vem crescendo. E isso porque estamos sofrendo o efeito do crescimento demográfico de há 20 anos, quando a taxa (de natalidade) se aproximava de 3%. Hoje, está em 1,4%. No Brasil do próximo século, haverá diminuição da oferta de mão-de-obra, se mantivermos e ampliarmos o nível de desenvolvimento. Não há porque ter medo do desemprego", concluiu. Link

5 Comentários:

Anônimo disse...

Coitado dos aposentados que muito fizeram pelo este País...

Vera Lúcia de Oliveira disse...

"Não há por que ter medo do desemprego"(?) Mas, é claro! Se o "empreguinho" e a aposentadoria dele estavam garantidos, os pobres que se danassem! Esse FgagaC é mesmo um FDP!

Hélio disse...

Quantas aposentadorias o FHC 'tem'?
Com que idade ele as obteve?

Anônimo disse...

É verdade que ele tem só 5 (cinco)
"aposentadorias"(?)

Anônimo disse...

O FHC nos chamou de vagabundo e congelou nossos salários. Lula antes de concluir seu mandato deveria fazer justiça aos aposentados recompondo seus salários, igualando-os ao dos trabalhadores da ativa. A bancada do PT, partido que sustenta o governo, deveria mobilizar-se de aprovar as leis e emendas que combatem esta injustiça.

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