Toda vez que fala-se em regulamentar a imprensa, ou seja criar normas e padrões de ética, conduta e procedimentos na imprensa, que expresse os anseios da sociedade, que nada tem a ver com censura, os donos da imprensa dão um "xilique".
Mas um exemplo de controle da imprensa, exatamente para garantir os direitos democráticos de todos, e não apenas de alguns amigos dos donos de canais de TV, é a atuação da Justiça Eleitoral nas campanhas eleitorais.
A Justiça Eleitoral dita normas e regras regulamentando os limites de atuação da imprensa no processo eleitoral, tendo as normas o espírito de garantir o mesmo espaço a todos os candidatos.
Um canal de TV não tem a "liberdade de imprensa" de convidar apenas quem quiser para um debate. Não pode entrevistar apenas um candidato em um telejornal e deixar outro de fora. E ao entrevistar os dois, ou três, ou dez candidatos, tem que dar o mesmo tempo de entrevista a todos eles.
Nas normas, há multas, caso antecipe campanha, mas vários programas de TV que já lançaram candidatura presidencial de José Serra ao vivo e em cores já deveriam ter sido multados, como Datena, Ratinho, Hebe Camargo, etc. Esses programas fizeram explicitamente apologia da candidatura de José Serra, antes do período oficial das campanhas. Fizeram de forma explícita o que acusam o presidente Lula de "ter induzido a platéia".
A Justiça Eleitoral alega que só age quando acionada. Mas se um partido como o PT acionar a Justiça contra programas de Rádio e TV, todos dizem que o partido quer "controlar a imprensa", a (in)Justiça eleitoral acaba acatando o ponto de vista dos canais de TV.
Assim, quem tem obrigação de processar veículos de imprensa fora-da-lei é o Ministério Público Eleitoral, que existe para isso e está sendo omisso.
A regulamentação da campanha eleitoral na imprensa funciona um pouco, mas só durante o calendário oficial da campanha. Com candidaturas lançadas e oficializadas, o TSE exige dos canais de rádio e TV cumprir as normas.
Mas e antes desse período?
Por que o TSE é tão permissivo com verdadeiras campanhas pré-eleitorais grotescas, que nem conseguem disfarçar, feitas em rádios e TV's?
É óbvio e ululante que vasculhar a moradia de um candidato e não vasculhar a do outro, é uma forma de fazer campanha pré-eleitoral.
A imprensa vasculhou onde Dilma vai morar, e nada disseram sobre a "nova" moradia José Serra (PSDB/SP). Vasculharam como Dilma irá viver nos meses de campanha e nem uma palavra sobre Serra.
Uma reportagem sobre como viverá candidatos após desincompatibilizarem-se dos cargos, não é objetiva, se dirigida apenas a um candidato. É pré-campanha eleitoral, ao procurar dar um viés de desgaste para um dos candidatos, escondendo como viverá o outro.
Aliás não encontraram nada de errado no caso de Dilma, pois a ex-ministra não ocupará nenhum imóvel da União, não usará nada da máquina pública, sendo um exemplo de conduta correta, que qualquer político honesto tem obrigação de seguir.
Dilma é candidata do PT, estará de plantão a serviço da candidatura 24hs por dia nos próximos meses, e é o PT quem pagará suas despesas decorrentes de seu trabalho, conforme manda a lei e o bom senso.
Qualquer um de nós, se formos morar a trabalho em uma cidade onde não temos moradia própria, precisaríamos que o empregador provesse moradia, ou pagasse uma remuneração suficiente para cobrir um aluguel.
É essa falta de isonomia na cobertura do noticiário político que faz da imprensa um veículo de propaganda eleitoral da pré-campanha demo-tucana. Gera o sentimento público de necessidade de regulamentar a imprensa, não para censurar seu conteúdo, nem sua opinião, mas sim em não permitir que os donos da imprensa censurem um dos candidatos, e usem e abusem da lei "Ricúpero": "o que é bom para Serra a imprensa mostra e o que é ruim, esconde".
A "ficha do TSE já caiu", e já regulamenta (pelo menos na lei) a isonomia durante o período oficial da campanha eleitoral. Falta "cair a ficha" no período da pré-campanha, onde a libertinagem de imprensa e o poder econômico trapaceia descaradamente a favor da candidatura conservadora demo-tucana de José Serra.
Já passou de hora do Ministério Público Eleitoral dizer a que veio e justificar os altos salários que a sociedade lhes paga, para defender o interesse da população em ver concessões públicas de rádio e TV serem usadas com isonomia na pré-campanha eleitoral.
A falta de seguir essas regras de isonomia é um atentado contra a democracia e eleições verdadeiramente livres de influências nefastas e trapaceiras do poder econômico, representado pelo oligopólio empresarial dos meios de comunicação.
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9 Comentários:
Disse Tudo !!! Obrigada pelos esclarecimentos!!To com Dilma 2010 !!!
Na verdade existe um amplo arcabouço jurídico a regulamentar a atividade de imprensa, a começar das leis que disciplinam a formação das sociedades anônimas, suas composições, registros e prestação de contas, etc. Por exemplo, a sede da editora do Civita, propriedade da PREVI, tem seu arrendamento contabilizado no balanço e declaração de renda da Abril? Só com isenções de impostos, quanto essas empresas "contabilizam"? Isso dava uma "matéria" interessante para um veículo usar a sua "liberdade de imprensa" como serviço de utilidade pública. Não é mesmo?!
Vem aí a reedição 1989 e o aparelho de som 3x1.
Chamam isto de jornalismo?
O pior é ter que concordar com Gilmar das escutas - para este tipo de jornalismo não precisa de diploma e, se todo o jornalismo for isto, então... senhores a cozinha e obedeçam seus donos.Atualmente para alguns mais "vistosos" parece que o bolso fala mais alto que o profissionalismo.
Quem age assim é porque de imparcial não tem nada. Isso já foi mais do que comprovado em TODAS as eleições de que participou o Lula. O TSE, com sua "democracia" para um só lado, sempre tomou medidas absolutamente casuísticas, lembram-se? O jeito é fazer o trabalho de formiguinha nas ruas e mandar brasa na Internet, que, no transcurso da campanha ou antes dela, também deverá sofrer intervenções do imparcial órgão de "justiça" eleitoral. Não podemos perder tempo.
É DILMA 2010!
É DILMAIS !!! >>
ESSES CABRAS DA IMPRENSA SÃO UNS VAGABUNDOS ...>>
>
TAÍ UMA OPORTUNIDADE PARA O Exmo. Sr. PRESIDENTE LULA REFLETIR SOBRE OS RECURSOS, EM PUBLICIDADE E DEMAIS FINANCIAMENTOS FEDERAIS, QUE DESTINA AO PIC/PIG (Partido da Imprensa Corrupta/Partido da Imprensa Golpista). >>
PERGUNTO À SUA EXcia., NÃO É HORA DE FORTALECER , COM PUBLICIDADE OFICIAL E TAMBÉM COM FINANCIAMENTOS OFICIAIS, INCLUSIVE AUMENTANDO A POTÊNCIA PARA 250 WATTS, AS RÁDIOS COMUNITÁRIAS E DEMAIS INSTRUMENTOS DA IMPRENSA ALTERNATIVA ??? >>
E AÍ, MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ??? > >
" Já passou de hora do Ministério Público Eleitoral dizer a que veio e justificar os altos salários que a sociedade lhes paga, para defender o interesse da população em ver concessões públicas de rádio e TV serem usadas com isonomia na pré-campanha eleitoral. " >>
VÃO ESPERAR O QUE ??? >>
O GOLPE DE ESTADO DA IMPRENSA GOLPISTA ??? >>
SE MEXAM !!! >>
SEJAM PRÓ ATIVOS. >>
É O MÍNIMO QUE ESPERAMOS DE VOCÊS... >>
>
Temos que continuar nossa luta mostrando para os internautas pelo menos como agem esta mídia golpista e, parece que já está funcionando em parte pois em toda pesquisa eleitoral feita pela internete a Dilma ganha disparada, sinal que os internautas já estão mais informados que os que ainda assistem a rede bobo.
Adorei os argumentos. Parabéns!!! Vou usar nos papos sobre o assunto.
Abraços, Mauricio.
Falando em TSE..
Há uma MENSAGEM SUBLIMINAR do TSE 'no ar'
A 'propaganda' que trata dos mesários que trabalham nas eleições,termina assim:
"É MAIS UM GRANDE BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES."
E QUAL É O OUTRO?
Tem também discriminação contra as mulheres.
E as brasileiras, não são mencionadas?
Quem é o Ministro do TSE?
Quem o indicou?
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