José Serra (PSDB/SP) ainda é apenas um candidato, e fala como se estivesse eleito, já falando em prorrogar "seu próprio" e hipotético mandato de 4 para 5 anos.
Ora, quem foi eleito pelo voto popular para 4 anos, tem delegação popular para governar 4 anos e nem um dia a mais. Mesmo havendo reeleição, tem que enfrentar as urnas para renovar o mandato.
Qualquer mudança na legislação eleitoral que houvesse só entraria em vigor nos próximos pleitos, seja de 2012 ou 2014, já que precisam ser passadas pelo Congresso com um ano de antecedência, conforme manda o artigo 16 da Constituição.
Com esse factóide, Serra quer conquistar o ELEITORADO de Aécio (leia aqui "O jogo de gato e rato entre Serra e Aécio")
Como primeiro efeito colateral, Serra só consegue despertar a desconfiança no cidadão brasileiro de que por baixo da fantasia de pele de cordeiro democrata, existe o lobo ditador, que prepara um golpe para prorrogar seu próprio mandato (se conseguisse chegar lá), rasgando a Constituição.
Serra perde apoio de prefeitos que estão no primeiro mandato
Como segundo efeito colateral, a "esperteza" de Serra conseguiu desagradar TODOS os prefeitos que estão no primeiro mandato, e pretendem tentar a reeleição em 2012.
Ofende os eleitores de Lula
O terceiro efeito colateral e ofender os eleitores de Lula.
Serra diz que a reeleição "não deu certo" no Brasil.
Realmente não deu certo no governo demo-tucano de FHC/Serra. Se FHC/Serra tivessem ficado só 4 ou 5 anos, teriam feito menos rombos no patrimônio público brasileiro, e teriam quebrado o Brasil apenas 1 ou 2 vezes, e não 3, como aconteceu.
Mas e o governo Lula? Alguém aí ficaria satisfeito se o presidente Lula tivesse perdido 3 anos de seu segundo mandato? Tivesse governado só até 2007?
A reeleição deu certo, e muito certo, no governo Lula.
Em uma reforma política pode-se discutir o fim da reeleição, a duração dos mandatos, e tudo mais que afete os processos eleitorais. Mas um oportunismo barato destes às vésperas das eleições, é falta de ter o que dizer ao povo brasileiro.
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