A TV Brasil, emissora operada pela estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), lançará ainda este ano um canal internacional voltado para parte dos cerca de 3 milhões de brasileiros que vivem no exterior. A estação quer inicialmente atingir brasileiros que vivem em outros países da América Latina, EUA, África e Península Ibérica. A ideia é substituir o Canal Integración que será extinto por uma programação por assinatura exclusivamente em língua portuguesa, transmitida por cabo.As redes Globo e Record já disputam o público emigrante brasileiro, mas há reclamações na comunidade com relação às tarifas cobradas.
O novo canal está sendo montado por uma equipe chefiada pela jornalista Marilena Chiarelli e usará o New Skies, mesmo satélite atualmente utilizado pelo Integración. A transmissão começará até julho, pela África, onde a EBC está mais perto de fechar acordo para distribuição de programação. A empresa escolhida, a Multi-Choice, atinge 90% do continente e pode colocar a emissora nos Palops (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), como Angola e Moçambique.
Para os EUA, há negociações para distribuir o novo canal com a empresa Dish Network; para a América Latina, com a DirectTV; e para a Península Ibérica, com o grupo Prisa, que edita o jornal espanhol El País. Todas essas regiões já são cobertas pela órbita seguida pelo New Skies. Outras áreas, como o resto da Europa continental, o Reino Unido e o Oriente, ficarão para depois, devido a questões técnicas e financeiras. No Japão, país com uma grande comunidade brasileira, a primeira negociação empacou no alto preço que o transmissor local queria cobrar pelo serviço de distribuição.
A programação terá de sofrer alterações para ser adaptada aos fusos horários locais e porque há, na grade atual, programas de outras emissoras, licenciados exclusivamente para transmissão no País.
Outros projetos são previstos para 2010 pela EBC, que aprovou seu Plano de Trabalho em seu Conselho Curador no início do ano. Um é a criação de uma rede de rádios públicas, reunindo as oito emissoras federais e estações dos governos estaduais, com possibilidade de transmitir um jornal radiofônico nacional. Outro é a expansão de atividades da TV Brasil, incluindo a criação de gerências executivas no Nordeste (São Luís), Centro-Oeste (Brasília), Norte (já tem escritório em Manaus) e no Sul (Porto Alegre). A emissora, além de mudar seu correspondente na África de Angola para Moçambique, mandará profissionais permanentes para Washington, nos EUA, e Buenos Aires, na Argentina. Tem ainda a meta de ampliar sua transmissão diária de 20 para 24 horas.
A televisão estatal também quer ampliar suas transmissões na Região Sul, onde enfrenta dificuldades que se refletem em audiência de 6%, abaixo da média nacional de 10% apontada em pesquisa DataFolha no ano passado. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), veta a participação da TV Educativa gaúcha na rede nacional de TVs públicas, por considerá-la instrumento político do governo federal. Prefere pagar por programação produzida pela TV Cultura, emissora estadual de São Paulo, a receber o material gratuito da TV Brasil.
A EBC, que comprou o prédio onde fica a TV gaúcha, vai instalar lá sua sede no Estado, com repetidoras em Porto Alegre e em outras quatro cidades gaúchas para levar o seu sinal aos gaúchos. A EBC ofereceu ao governo estadual a oportunidade de manter lá a emissora estadual, pelo mesmo aluguel.No entanto, a governadora Yeda Crusius do PSDB, preferiu pagar muito mais caro e optou pela TV Cultura a TV do tucano José Serra.Agência Estado
1 Comentários:
Acho muito bom esse projeto, mas espero, por outro lado, que a programação melhore ainda mais, assim como a qualidade da transmissão, principalmente o som. Nós, pelo menos, aqui no Flamengo, temos que aumentar muito o som quando assistimos a TVBrasil.
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