O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) renunciou ao cargo nesta quinta-feira para disputar uma cadeira no Senado e deixa SC nas mãos de um tucano com uma enorme ficha policial: seu vice, Leonel Pavan.
Pavan é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva, advocacia administrativa e quebra de sigilo funcional, na Operação Transparência, realizada pela Polícia Federal.
O esquema de corrupção seria para reabilitar a inscrição de uma empresa, a Arrows Petróleo do Brasil, que deve cerca de 12 milhões de reais em impostos junto ao governo catarinense. A empresa teria subornado membros do poder público (inclusive Pavan) para reaver sua possibilidade de contratar com o Estado, além, claro, de se livrar da dívida.
No próximo dia 31 de março o Tribunal de Justiça decidiria se aceitaria a denúncia feita pelo Ministério Público. DECIDIRIA, mas não decidirá mais, pois com a renúncia de Luiz Henrique ao restante de seu mandato, Pavan se torna governador e se livra de ter a denúncia apreciada pelo Tribunal de Justiça de SC.
Assim Pavan passa a ter foro privilegiado, podendo ser julgado apenas pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ.
Esperamos que o Superior Tribunal de Justiça aja com agilidade e todo o rigor, como no caso do governador Arruda, e não permita que uma manobra intencional leve à impunidade de Leonel Pavan e demais envolvidos nestes esquemas.
Mais um palanque de José Serra marcado pela corrupção
Leonel Pavan dá palanque à José Serra (PSDB/SP) no estado de Santa Catarina. É mais um palanque na região sul, cuja principal marca são escândalos de corrupção. No Rio Grande do Sul, acontece o mesmo com Yeda Crusius (PSDB/RS), um governo marcado pela corrupção em diversos escândalos. No Paraná também há o "betogate".
Blogueiro preso
Durante a cerimônia de transferência de cargo, um blogueiro que não teve seu nome divulgado acabou preso após invadir o plenário e chamar Pavan de "bandido". O manifestante conseguiu furar a segurança e gritou palavras de ordem contra o governador empossado pouco antes de seu discurso.
O fato gerou muita confusão na sala de imprensa. O delegado-chefe da Polícia Civil, Maurício Eskudlark, que estava acompanhando a solenidade de posse, determinou que o blogueiro fosse autuado em flagrante. O manifestante continuou gritando e seguranças da Assembleia o retiraram do local. Leia mais aqui.
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