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quarta-feira, 3 de março de 2010

Porque Serra desistirá se concluir que não tem chances

Os demo-tucanos querem dar ar de irreversível a candidatura de José Serra (PSDB/SP) ao Planalto.

Querem induzir os incautos a acreditar que uma desistência de Serra seria uma desmoralização, a qual ele não se submeteria.

O raciocínio seria válido para políticos preocupados com desmoralização. Não é o caso de Serra, como provam seus antecedentes.

Na eleição para prefeito de 2004, ele prometeu ao vivo, no debate da TV Record, que cumpriria os 4 anos de mandato na prefeitura, e não se candidataria a governador nem a presidente em 2006, se eleito:





Faltou com a palavra. Em 2006, abandonou a prefeitura nas mãos de Kassab e candidatou-se a governador.

Não satisfeito em desmoralizar-se na TV, ainda assinou uma carta ratificando a mesma promessa, publicada na Folha de São Paulo:



Como se vê, desmoralização não é problema para Serra. Ele seguirá seu cálculo político.

Se em 2 de abril, data limite para desincompatibilização, concluir que estará condenado a perder o Planalto, e só com chances de ganhar a reeleição a governador, não vacilará em arranjar uma desculpa qualquer para abandonar a candidatura presidencial, assim como abandonou a prefeitura em 2006.

E ele não se assume como candidato a presidente, não é com receio de ter que voltar atrás com a palavra. É apenas para não deflagar a campanha de Alckmin a governador dentro do PSDB paulista, de modo irreversível.

8 Comentários:

Nivaldo disse...

Mineiros repelem arrogância de Serra
Veja o editorial do jornal Estado de Minas, de hoje:
Atarantados com o crescimento da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, percebem agora os comandantes do PSDB, maior partido de oposição, pelo menos dois erros que a experiência dos mineiros pretendeu evitar. Deveriam ter mantido acesa, embora educada e democrática, a disputa interna, como proposto por Aécio. Já que essa estratégia foi rejeitada, que pelo menos colocassem na rua a candidatura de Serra e dessem a ela capacidade de aglutinar outras forças políticas, como fez o Palácio do Planalto com a sua escolhida, muito antes de o PT confirmar a opção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na política, a hesitação cobra caro, mais ainda numa disputa que promete ser das mais difíceis. Não há como negar que a postura vacilante do próprio candidato, até hoje não lançado, de atrair aliados tem adubado a ascensão da pouco conhecida candidata oficial. O que é inaceitável é que o comando tucano e outras lideranças da oposição queiram pagar esse preço com o sacrifício da trajetória de Aécio Neves. Assim como não será justo tributar-lhe culpa em caso de derrota de uma chapa em que terá sido apenas vice, também incomoda os mineiros uma pergunta à arrogância: se o mais bem avaliado entre os governadores da última safra de gestores públicos é capaz de vitaminar uma chapa insossa e em queda livre, por que Aécio não é o candidato a presidente?

Perplexos ante mais essa demonstração de arrogância, que esconde amadorismo e inabilidade, os mineiros estão, porém, seguros de que o governador “político de alta linhagem de Minas” vai rejeitar papel subalterno que lhe oferecem. Ele sabe que, a reboque das composições que a mantiveram fora do poder central nos últimos 16 anos, Minas desta vez precisa dizer não.

Dirck disse...

Cuide-se Lula... Desde dezembro, Serra já transferiu mais votos do que você à candidata Dilma.

Nesse ritmo estarão certos os que dizem que Lula não consegue transferir tantos votos a sua candidata. - Tantos quanto Serra.

Vera Pereira disse...

Dirá que não conseguiu unir o partido, e fica por isso mesmo, tentando jogar a culpa no Aécio. Que provavelmente devolverá a bola ao devido dono, como já fez o editorial do Estado de Minas hoje. E Serra tentará manter o controle do PSDB paulista, pelo menos. E se Aécio por ventura tentar a Presidência, o Serra boicoteia a campanha. Tudo palpite meu.

ALEX disse...

EXEMPLO DE JORNALISMO 100% PIG

É o fim dos Marinho ... podem crer!

Manchetaça de capa do jornal o GLOBO em quatro colunas:

PSDB amplia Bolsa Família e líder do governo é contra

* Helena, Zé Augusto: não tem como vcs colocarem a capa
aqui no Blog para pessoas apreciarem? Como está no Blog do Nassif:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/03/o-inacreditavel-o-globo/#comments

Lea disse...

Zé Augustu:
Estou vendo ai o Boris Casoy, acredite se quiser, esse maus carater ganhou ação no caso dos garis. Ele e a Band.

Como é bom ter dinheiro.
Zé Agusto temos que descobrir qum foi o juiz que deu ganho de causa p/ o Casoy.

De tanto ver crescer a INJUSTIÇA, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos MAUS, o homem chega a RIR-SE da honra, DESANIMAR_SE de justiça e TER VERGONHA de ser honesto”

Rui Barbosa

Anônimo disse...

Não podemos incentivar o Serra a desistir da candidatura, ele tem que ser candidato, pois nós queremos derrubar o Serra e junto com ele o PIG que é seu cabo eleitoral.
Fica Serra,não deixe o Aécio te derrubar.
Dilma neles em 2010

Edna Duarte / MG disse...

Bancada de Aécio desmente governador de Minas e faz campanha pela desistência de Serra
03/03 - 18:03 - Tales Faria, iG Brasília



Parlamentares do PSDB, do DEM e até de partidos que no plano nacional apóiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva estão em campanha aberta pela desistência de Serra, e para que Aécio assuma como o candidato da legenda.

Presidente nacional do Partido Democratas, o deputado Rodrigo Maia (RJ) diz-se preocupado: “Temo pelos próprios mineiros, que já se frustraram quando Aécio anunciou que seria candidato ao Senado. Agora eles podem se decepcionar novamente, apostando na desistência de Serra. Esse jogo é muito ruim tanto para o PSDB como para todos nós que estamos juntos.”

Mal ele acabou de falar, seu colega de partido, o deputado mineiro Marcos Monte, retrucou: “A verdade é que, em Minas, não há empolgação pela candidatura Serra, com a gente sabendo que o Aécio seria um candidato muito melhor.”

Coordenador da bancada mineira na Câmara, Nárcio Rodrigues (PSDB) explica o sentimento do grupo: “O que irrita é que a cúpula do PSDB sequer levou em conta a candidatura Aécio. Os paulistas decidiram que o candidato é o Serra e ponto final. Quando todos sabemos que o Aécio tem muito maior capacidade de agregação. E agora, para irritar muito mais, vêm com a história de que o Aécio tem que ser vice. Que se não for, será o culpado pela derrota do Serra. Ora, o Serra é que tem que correr atrás dos seus votos. Não pode culpar o Aécio.”

Na avaliação de Nárcio, se Serra desistir, os votos dele em São Paulo tendem a migrar para Aécio. Mas, se Serra for o candidato, será muito difícil os votos de Aécio migrarem para o governador de São Paulo.
“O fato é que Lula tem muita penetração em Minas. E, para piorar, a Dilma é mineira. Além disso, PMDB e PT tendem a fechar acordo no Estado. Fica muito difícil para o Serra penetrar nesse eleitorado”, explica.

Já o deputado Julio Delgado (PSB-MG) se diz mais otimista quanto à desistência de Serra, depois da solenidade em homenagem a Tancredo Neves no Congresso.

“Ao chegar no Congresso, Aécio estava sendo pressionado pela cúpula tucana a aceitar a vaga de vice do Serra. Mas acabou deixando claro para todos que é o melhor candidato a presidente da República. Serra ficou o tempo inteiro cercado pelos tucanos de São Paulo. Já Aécio saiu praticamente nos braços de aliados de todos os partidos, do PMDB ao meu PSB, passando pelo PSDB e pelo DEM.”

Sendo ou não corretas as avaliações dos aliados de Aécio, uma coisa é certa: eles estão em plena campanha para que o governador de Minas assuma o lugar do de São Paulo na corrida presidencial.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20…

Filipe disse...

A eleição plebiscitária é um risco que venho alertando, beneficia muito mais Aécio que a Dilma, mesmo o PT tendo o PMDB como aliado, não vai adiantar nada, muitos pmdbistas apoiaram Aécio. Melhor seria Ciro como vice de Dilma e o PMDB com candidatura própria, assim impede muitos apoios a Aécio.

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