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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Moradores de área alagada denunciam dificuldade para notificar casos de leptospirose

Além dos transtornos provocados pelos alagamentos nas ruas, nas casas e nas escolas, e do convívio diário com a água parada e contaminada com esgoto, moradores da região do Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, precisam enfrentar o descaso nos postos de saúde. Eles reclamam do atendimento médico e denunciam dificuldade para notificar casos de leptospirose.

A comerciante Maria Rosália Alves Silva, 44, que mora na Cidade de Deus, um dos bairros da Várzea do rio Tietê, contou ao UOL Notícias que o filho Ruan Lucas Alves Amaral, 15, apresentou os sintomas da doença por mais de 10 dias e mesmo assim a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) do Jardim Helena e o Hospital Santa Marcelina do Itaim Paulista se negavam a dar um diagnóstico para leptospirose.

“Ele ficou doente no dia 18 de dezembro. Tinha todos os sintomas, febre alta, dores no corpo, na cabeça, vômito, calafrio. A febre não baixava, mas na AMA só davam dipirona [remédio usado como analgésico e antitérmico] e diziam que era meningite. Ele já tinha tido meningite e eu sabia que não era”, disse.

No dia 22 de dezembro, Ruan foi transferido para o hospital. “No dia seguinte, queriam dar alta. Mas eu disse: só saio com a sorologia. As freiras do hospital me olhavam feio, criticavam o que eu estava fazendo. Mas depois disso acionaram a Vigilância Sanitária e a Secretaria de Saúde. No dia 26, eles colheram o material”, afirmou.

Três dias depois, o garoto recebeu alta e passou a ser atendido na UBS [Unidade Básica de Saúde] da região. Ali, contou Maria Rosália, o pediatra responsável por Ruan instruiu-a a procurar a direção para notificar a suspeita de leptospirose. “A chefe de lá me disse que não precisava e se recusou a notificar”, relatou.

Exame incompleto
O infectologista Artur Timerman, do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Trata Brasil, uma ONG que trabalha para universalizar o acesso ao saneamento básico, confirma o problema da subnotificação na área do alagamento.

“Existe, sim, uma grande deficiência na comunicação dos casos tanto à Prefeitura quanto ao Governo do Estado. Sabemos que existe um número muito grande de casos suspeitos, que temos convicção de que são casos de leptospirose, mas que ficam só na suspeita porque não é feito o exame completo”, disse.Leia a matéria completa aqui

3 Comentários:

Valdirio Guerra disse...

O Zé Alagão cumpre a risco o que promete ao paulistano.

"Agua e esgoto na porta da sua casa" é o homem trabalhando por nos.

Edson Júnior (Aracaju / SE) disse...

Outro problema que ainda não se manifestou, mas é preciso extrema atenção, é com os focos de dengue que aparecerão no momento em que as chuvas cessarem. Como os governos estadual e municipal de São Paulo estão acoados e envoltos em incompetência, afogados e atônitos, é preciso que órgãos de comunicação alertem a população, se bem que ela pouco, ou nada, poderá fazer. A desgraça vem da inoperância da dupla Serra / Kassab, não por ação direta da população. Mas anotem: havendo surto de dengue e leptospirose (o que ninguem deseja)o PIG culpará a população.

Às vezes o PIG passa a impressão de desejar mais chuva para engrossar o mote de justificativa para as enchentes e não responsabilizar os culpados por elas.

Nasci em Santos, mas já estou há muito aqui em Sergipe. Lamento bastante o caos em que está o Estado. Os relatos dos cidadãos, as imagens que vemos em blogs... É de doer, é de doer.

Sem mais comentários.

Paulinho disse...

Com ciúmes da popularidade de Lula e Dilma, José Serra e Kasab criaram dois programas para a população de São Paulo.
José Serra governador da ‘cantada de 5 ª’ criou o "Balsa Família" e Kasab prefeito de São Paulo criou o "minha bóia minha vida"... Pobre povo de São Paulo que acreditou no PSDB e no DEM.

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