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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Depois do ALAGÃO, o ATRASÃO

Políticas do atraso e demo-tucanos são praticamente sinônimos.

No século XXI, quando a riqueza de um povo depende também de conhecimento, pesquisas e inovação, José Serra (PSDB/SP) produz o ATRASÃO científico no estado de São Paulo:

Responsáveis por gerar e transferir conhecimentos científicos e tecnológicos para os agronegócios, os institutos de pesquisas agrícolas do Estado estão sob o risco de um “apagão científico” por causa dos altos índices de exoneração de servidores — pesquisadores, técnicos, oficiais e agentes de pesquisa — que buscam institutos federais ou até mesmo o setor privado por melhores salários. Segundo a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APQC), Campinas — sede de quatro dos seis institutos estaduais — tem hoje cerca da metade dos profissionais de dez anos atrás. Com o “exôdo” profissional, muitos projetos correm o risco de não seguir adiante por falta de pessoal.” Leia matéria completa aqui.

São Paulo era chamada a locomotiva do Brasil, mas os maquinistas demo-tucanos, José Serra e Geraldo Alckmin, engataram a marcha-a-ré.

Do APAGÃO, ao ALAGÃO, ao ATRASÃO

Em 1995, José Serra foi ministro do planejamento de FHC. Saiu em 1996, para perder a eleição de prefeito de São Paulo. Julgou deixar tudo planejado para os próximos anos de FHC (nos 20 anos que Sérgio Motta dizia que os demo-tucanos ficariam no poder). 5 anos depois aconteceu o verdadeiro APAGÃO elétrico, de 2001. Observem que abastecimento de energia tem que ser planejado com cerca de 5 anos de antecedência, justamente o tempo em que Serra foi ministro do planejamento. Logo José Serra foi um dos maiores, senão o maior, responsável pelo APAGÃO de 2001.

Em 2005, ele finalmente assumiu a prefeitura de São Paulo, e reduziu contratos de coleta de lixo, cortou obras de drenagem em córregos, de piscinões, e a população está pagando com o ALAGÃO.

Em 2007, quando faltou com a palavra de honra, e abandonou a prefeitura nas mãos de Kassab, para candidatar a governador, continuou fazendo o estrago ao ser eleito: não cuidou da limpeza dos Rios Tietê e afluentes, também cortou verbas de dragagem, além de privatizar represas da SABESP que transbordaram por barbeiragem no manejo dos níveis na época das chuvas. Com isso, além das causa municipais do ALAGÃO que ele gerou, também soma-se as causas estaduais durante o governo José Serra.

Agora, em vez de investir em inovação, em pesquisa, sucateia o estado provocando o ATRASÃO científico.

7 Comentários:

Anônimo disse...

Isso já era esperado do Serra. Em 1984, quando era secretário de planejamento do governo Montoro, ele simplesmente "massacrou" o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Eu trabalhava lá, e meu salário que equivalia a 2 mil dólares em 1981, foi achatado para o equivalente a 500 dólares. Embora eu gostasse do meu trabalho no IPT, A única saída que vi foi aceitar a prosposta de uma multinacional, que me ofereceu um salário que era 6 vezes o do IPT, com direito a outros benefícios. Depois disso, o IPT vem sofrendo um contínuo processo de desmantelamento como instituição de pesquisa, dando ênfase à prestação de serviços, com a obrigação de faturar. Isso é profundamente lamentável no Estado mais rico do País.

Sonia Nogueira disse...

Acrescento que, além dos Institutos de Pesquisa da pasta da Agricultura, também os IPs das pastas do Meio Ambiente (Geológico, Florestal e Botânico) e da Saúde (Butantã, Saúde, Adolfo Lutz, Pasteur, SUCEN,etc)se encontram na mesma situação! Gostaríamos que nossa carreira de pesquisador científico fosse valorizada, visto que para ingressarmos nela, no mínimo, precisamos de mestrado! Com o salário inicial, conforme link, em R$ 2.700,00, se compararmos com o salário minimo de São Paulo que é de cerca de R$ 560,00, conforme nosso governador fez questão de anunciar, estamos bem mal de situação!
Realmente, é o apagão das instituições de pesquisa do Estado de São Paulo!

Malú disse...

Não sei de onde o PIG tirou que o Zé Chirico é um "excelente" administrador.

Zé Augusto disse...

Malú
O Zé Alagão é "excelente" administrador de polpudas verbas publicitárias, que saem dos cofres públicos e vão para o bolso dos donos do PIG.

Anônimo disse...

Caros leitores,
Infelizmente essa é a realidade paulista! Pagamos caro pelo conforto do Brasil (impostos do Estado de São Paulo) e desconforto dos paulistas. Nesta questão a ciência anda sendo uma das mais punidas pois não gera "votos". Neste âmbito podermos incluir nossos cientístas, sem os quais estaríamos em "maus lençóis", pois destes que sairam e saem grandes mudanças tecnológicas (como vacinas, soros, e alimentos mais nutritivos e em maior quantidade). São pessoas que estudaram no mínimo 16 anos podendo chegar a casos em que se estudou 22 anos ou mais, sendo este aprendizado, em muitos casos, custeado pelo próprio Estado (escola pública, universidades estaduais e bolsas de mestrado e doutorado). Da vontade de dizer que investimento "burro", ou seja, treinar e qualificar pessoas usando recursos do Estado e depois perdê-las para iniciativa privada, para outros estados e para o exterior puramente por falta de reconhecimento. Sinto muito !!!! Acho que é o que devemos dizer como conforto a essas bravas pessoas que se dispõem a auxiliar muitos cidadãos. Muitas vezes, com esparços recursos utilizando-se de finaciamento próprio (dinheiro do salário). Esqueci de lembrá-los que o nosso governador anda retirando, ou seja, cortando a cada ano mais os recursos necessários para a pesquisa (combústivel, hospedagem e alimentação quando ocorrem viagens para outros locais onde há desenvolvimento do trabalho científico e reposição de pessoal). Outra questão, o patrimônio histório esta jogado "ás traças" assim como muitas salas de pesquisadores.
Mais uma vez sinto muito...
Assim estamos...sob gerência do PSDB. Argh!!!!!!!

Anônimo disse...

Trocando algumas reflexões pelo meu almoço:
A administração do PSDB é na verdade uma das mais eficientes que SP conheceu. Aplica com método definitivo medidas para alcançar seus objetivos.
Essa é a falta de sorte dos Institutos.
Nós pesquisadores mal podemos conceber que alguém com um pouco de conhecimento médio não perceba a importância da pesquisa científica no desenvolvimento social, econômico e sua necessidade para se fazer um País próspero.
Porém não é essa a mesma compreensão que têm os eficazes dirigentes que há mais de 15 anos têm sobrevoado com seus lindos bicos coloridos as trincheiras de onde os pesquisadores que restam têm lutado para manter os Institutos vivos.
Mas onde está a eficácia?
Ora, está na aplicação da política da diminuição do Estado. Diminuir o Estado (o PSDB nunca escondeu isso, pelo contrário)é fechar repartições. Preservam alguns setores do Estado que consideram importante. O resto (pesquisa científica/aplicada/etc) fecha.
Mesmo que isso custe não se aplicar a lei que manda pagarem salários equivalentes ao da Universidade.
NUNCA um governo do PSDB em SP mostrou-se interessado em manter sob sua administração direta os Institutos. Porém também nunca se mostrou disposto a decretar o fechamento de Institutos tradicionais com comprovada e reconhecida produção científica e tecnológica(no caso do IAC mais antigo que o próprio Estado), e arcar com os consequentes onus eleitoromarketeiros.
Com um fechamento rápido se conseguiria o repasse de importantes acervos cintíficos (como toda a base de germoplasma de café, cana, plnatas medicinais, citros, algodão....)para outros órgãos realmente empenhados na Ciência. A restrição por diminuição do orçamento faz com que não se tenha mais funcionários para a capina-manutenção desse material que aos poucos se perde e em alguns anos não se terá mais nada para salvar e portanto não se terá mais o ítem de despesa a que reduziram os Institutos.
O PSDB NUNCA tratou a pesquisa como investimento. Houve sim um afrouxamento da política nos últimos dias de vida do Governador M. Covas, que pressionado pelo empresário Antônio Ermínio e da Deputada Luiza Erundina concedeu aumento de 100% nos salários dos pesquisadores.
Afrouxamento que rapidamente foi corrigido.
Voltou-se a gestão pirotécnica embasada na mudança de siglas para concentrar os recursos em poucas válvulas manipuladas por mão muito Aptas (?!) em restrigir os orçamentos e salários. Em breve não existirá mais motivos para manter na planilha de gastos do Estado o ítem de despesa designado "pesquisa".
Esses dirigentes certamente serão invejados no viveiro de tucanos. Eliminaram definitivamente uma despesa.
A visão míope que encara a pesquisa como uma despesa pequena, diga-se de passagem, não é capaz de perceber que a Ciência praticada nesses Institutos é um investimento com altíssima taxa de retorno. Foi esse investimento que fez com que a agricultura "Jéca-Tatu" em menos de 5 décadas fosse transformada numa das cinco maiores do mundo.

À sociedade caberá julgar se a confusão (talvez por má fé, talvez por ignorância, ou mais provavelmente pela mistura deletéria dos dois)que o partido de Serra faz entre despesa e investimento em pesquisa, deva ser mantida ou mudar para uma política de apoio como a que tem recebido a EMBRAPA que vai contratar no concurso deste mês muito dos pesquisadores que sairão dos Instituos Estaduais para multiplicarem seus salários no Governo Federal.

Anônimo disse...

Caros senhores,

É digna de "pena" a situação atual dos IPP's, gerando descontentamento a muitos funcionários. Temos casos absurdos como por exemplo "Em viagem para o desenvolvimento de pesquisas ou para o monitoramento das já existentes no Estado de São Paulo, temos combustivel para saída da sede de trabalho mas não para volta, e a estadia e a alimentação? Vale aqui lembrar que as viagens geralmente são longas, muitas acima de 1.000 km com estadias foras da sede. Assim, surgem muitas dúvidas não relativas às pesquisas, mas sim ao problema criado: Como vou voltar? Onde dormirei? Onde e como me alimentarei? Tentando saná-las, em muitos casos, recorremos a grupos de produtores, cooperativas e empresas do setor agrícola, as quais têm contribuído com combustível e estadia e alimentação dos pesquisadores. Isso é uma vergonha! Cade o amparo do Estado?
Realmente a situação é penosas e isatisfatória. Agora se pensarmos no salário ai bate a crise de identidade! Para que servimos? É outra vergonha, muitos de nós estudamos apenas em escolas públicas, primário, secundário e superior. Muitos foram além, têm mestrado e doutorado custeados por bolsas tipo Fapesp. São investimentos de 16 a 22 anos e para quê? Assim, o Estado de São Paulo treinou, gastou e ...perdeu! É uma conta simples, pois muitos estão saindo por propostas salariais mais atrativas. Afinal, quem paga as contas da casa: água, luz, alimentação e outras?
Desculpem o desabafo e sinto muito...a todos os colegas.

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