A gente não é adepto do "quanto pior, melhor" e preferia mil vezes até elogiar Serra, do que ver a população do Jardim Romano (bairro de São Paulo) continuar nesse sofrimento todo, voltando à estaca zero, com suas casas alagadas de novo.
Mas não há meio do governo de José Serra (PSDB/SP) ser operante e livrar a população desse martírio.
Até para quem não mora em São Paulo, irrita profundamente ver essas cenas de novo, dia após dia, há um mês, com as ruas e casas alagadas, misturada ao mau cheiro da água com vazamento de esgoto da SABESP. Isso chega a ser tortura, castigo contra essa população.
José Serra joga a culpa nos prefeitos
Para fugir da responsabilidade pelos alagamentos, Serra diz que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente vai intervir nos licenciamentos de obras concedidos por prefeituras, que impermeabilizam as várzeas do Alto Tietê.
Ora, é uma desculpa esfarrapada. Os tucanos estão no governo paulista há 15 anos, e porque foram omissos esse tempo todo? Quem é responsável pelos rios é o estado e não o município.
Além disso, até 2006 o prefeito de São Paulo era ele. Depois disso é Kassab, eleito com seu apoio.
Mas o motivo verdadeiro não é só esse. O motivo é que o governo demo-tucano jogou pelo ralo R$ 1,7 bilhão, gasto durante anos para aprofundar o Rio Tietê 2,5 metros (para aumentar a capacidade de escoamento e evitar transbordamento e enchentes). Para manter essa profundidade era necessário fazer dragagem sempre, para retirar os sedimentos que vão sendo depositados no fundo do rio. Mas a dupla Akckmin / Serra deixaram deixaram quase 3 anos sem fazer esse serviço, e quando voltou a fazer foi aquém do necessário. Resultado: a capacidade de vazão do Tietê está reduzida de novo, jogando pelo ralo a obra bilionária anterior feita, conforme demonstrou Conceição Lemes.
Não são as prefeituras que estão precisando de intervenção. É o governo do Estado de São Paulo que estaria em melhores mãos se sofresse uma intervenção federal. Pede pra sair, José Serra.
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