Após dois anos de atraso – e de ter sido mostrada recentemente em propaganda política supostamente funcionando -, a fábrica de vacinas contra as gripes sazonal e suína do governo de São Paulo está parada, admitiu ontem a administração. A unidade ainda não obteve nem mesmo a validação dos seus processos por parte do laboratório francês Sanofi-Aventis.
A aprovação é o primeiro passo para São Paulo começar a fabricação nacional de vacinas contra a doença. A unidade, que funcionará na Fundação Butantã, também deverá completar o processo de produção de doses a granel contra gripe suína enviadas pela empresa, que transferiu tecnologia para a fabricação.
A situação, a princípio, não deverá afetar a vacinação deste ano contra as gripes suína e sazonal. Isso porque o Ministério da Saúde adquiriu doses prontas importadas e enviou para o governo José Serra (PSDB) promete medidas para dar conta da demanda de 33 milhões de doses contra o vírus H1N1 encomendadas pelo ministério da saúde.
O governernador José Serra, porém, havia divulgado que as atividades na nova fábrica já tinham começado e que as primeiras vacinas nacionais contra a gripe suína seriam entregues neste mês. Em outubro, em propaganda do PSDB, o governador, candidato à Presidência, afirmou: “Nós fizemos aqui a primeira fábrica de vacinas contra a gripe comum e a gripe suína.” Depois, surgiam imagens da fábrica funcionando. Em seguida, o locutor informava: “A produção começa agora em outubro.”
A notícia de que a fábrica não está validada foi classificada como “surpresa” pelo secretário de Ciência do ministério, Reinaldo Guimarães, que destacou, porém, que não faltarão vacinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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