O motorista que atravessa a costa brasileira do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte paga menos pedágio do que quem percorre os 313 km da capital paulista a Ribeirão Preto. Na viagem pela BR-101 (incluindo também outras rotas do trajeto), os carros desembolsam hoje R$ 34,30 nos postos de cobrança para poder cruzar um trajeto litorâneo próximo de 4.500 km.
Já em São Paulo, a predominância de estradas concedidas à iniciativa privada motiva gastos com as tarifas de pedágio de R$ 41,70 até Ribeirão Preto. Se, por um lado, a diferença pesa no bolso do motorista, por outro a BR-101 não tem a mesma qualidade da maioria das rodovias paulistas sob administração privada.
E não há também socorro mecânico gratuito para quem enfrenta buracos de até três metros de largura no litoral gaúcho, por exemplo. A reportagem, que rodou a BR-101 de ponta a ponta nas últimas semanas, verificou que 20% do trajeto de São José do Norte (RS) a Touros (RN) apresentavam problemas relevantes no pavimento ou na sinalização às vésperas das férias, quando a rota, nos diversos Estados, é a mais utilizada para as praias.
Hoje, menos de 15% da BR-101 estão sob administração da iniciativa privada (em SC, RJ e num pequeno pedaço em SP de Praia Grande a Santos, coincidente com uma estrada estadual). Mas devem ter novos pedágios na rodovia na Bahia e no Espírito Santo. "Só tapar buraco não adianta. O piso não está uniforme, trepida demais", diz Amaro Ribeiro Gomes, da Associação Comercial e Industrial de Campos, sobre um pedaço da BR-101 no Rio, a cargo da Autopista Fluminense. A OHL, responsável pela concessionária, informou que já houve melhorias e redução de 18% das mortes.Da Folha do Serra
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