Com base na Operação Castelo de Areia da PF, a Procuradoria da República em São Paulo pediu novas investigações sobre senadores, deputados federais, secretários municipais, vereadores e membros de tribunais de contas.
Em relação às obras da linha 4 do metrô de São Paulo e do Rodoanel Mário Covas -do governador de São Paulo José Serra, comandado pelo PSDB- há suspeitas de pagamentos da Camargo Corrêa até para membros do Ministério Público e da Polícia Civil do Estado de São Paulo.--Nós sempre dissemos aqui que não acreditamos no MP paulista--
As autoridades são suspeitas de cometer delitos de corrupção ativa e passiva, crimes financeiros, atos de improbidade administrativa e ilícitos de natureza eleitoral.
Os requerimentos de novas investigações foram encaminhados ontem pela procuradora Karen Louise Kahn à Procuradoria-Geral da República, ao Ministério Público do Distrito Federal, às chefias das Procuradorias de São Paulo e Rio de Janeiro e à Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo.
As Irregularidades recaem sobre 14 obras executadas pela construtora Camargo Corrêa. A Procuradoria pediu que diretores da empreiteira sejam investigados até mesmo pelo suposto crime de lavagem de dinheiro por meio da aquisição de obras de arte.
As apurações da PF sobre a linha 4 do metrô e do Rodoanel indicam pagamentos da Camargo Corrêa para autoridades desde 2006. Um repasse em especial chamou a atenção da Procuradoria. Aparentemente realizado em favor de um membro do Ministério Público estadual em fevereiro de 2008, um dos pagamentos teria ligação com o desabamento ocorrido na construção da estação Pinheiros da linha 4, em janeiro de 2007. No acidente sete pessoas morreram soterradas.
Em relação ao Rodoanel, há indícios de repasses a autoridades realizados de dezembro de 2007 a fevereiro de 2009, período que coincidiria com a execução das medições de número 4 a 17 nas obras.
As investigações apontam indícios de irregularidades na execução da ponte Jurubatuba, com a suspeita de envolvimento de um secretário municipal de Infraestrutura Urbana e um secretário do DEM. Outra apuração indica ilícitos em obras em Paraisópolis (zona sul de SP) dos quais teria participado um secretário da Habitação -não foram informados nomes nem períodos em que as fraudes teriam ocorrido.
O outro alvo de investigação na capital será a liberação de uma obra de interesse da Camargo Corrêa pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). A suspeita é que vereadores paulistanos tenham recebido propina em abril de 2008 para facilitar a aquisição pela empreiteira de um terreno da empresa Itautec.
No Rio de Janeiro, deverão ser verificados contratos relativos a obras do metrô. A suspeita é que um secretário de Estado do Rio tenha recebido dinheiro de novembro de 2008 a fevereiro deste ano.
Um trecho da BR-101 que liga Pernambuco ao Rio Grande do Norte e contratos nas cidades paulistas de Campinas e Jundiaí também deverão ser objetos de novas investigações, segundo o Ministério Público Federal.Com informações da Agência Estado
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