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sábado, 19 de dezembro de 2009

Marina Silva em vez de criticar Obama, critica o Brasil em Copenhague

Cada vez fica mais difícil entender Marina Silva. O diferencial dela seria ser uma política sincera, avessa ao oportunismo político.

Mas cada vez mais ela se comporta como uma raposa política: vê oportunidade, deixa a coisa certa de lado, e cede à tentação da crítica pela crítica, ainda que sem fundamento, apenas para apedrejar a adversária, e ganhar 15 segundos de fama no Jornal Nacional.

Ao participar da Convenção Nacional do Partido Verde (PV), na Assembleia Legislativa de São Paulo, Marina disse:

"Infelizmente, o Brasil não foi capaz de se comprometer e não tivemos um acordo à altura do planeta com as metas e o aporte de recursos".

Ora... onde se lê "Brasil" na fala de Marina, deveria trocar por "EUA".

O Brasil fez sua parte e fez bonito na conferência do clima. Foi com um tática bem elaborada, jogou no ataque, fez o que estava a seu alcance. Lutou como um leão (e Dilma como uma leoa) em defesa do meio-ambiente mais limpo e do ponto de vista do interesse dos países pobres.

Vamos para a COP-16 (a próxima conferência) com vantagem, com os países ricos sob forte pressão das próprias populações destes países.

Quem fugiu às responsabilidades, e ficou na defensiva, tentando dividir e criar tumulto foram os governos dos países ricos, para fugirem de suas obrigações.

Quem decepcionou foi Obama.

Marina já decepcionou ao fazer declarações contra os interesses do Brasil, em dobradinha com José Serra (PSDB/SP) e dos países pobres no início da conferência, ao defender o que pregavam os países ricos: dividir a conta deles com os países em desenvolvimento.

Agora, reincide, na defesa dos países ricos, atacando a posição brasileira.

É inacreditável que Marina Silva critique a posição do Brasil, em vez de criticar Obama e os EUA.

Marina cogita ter como vice o "verde" Guilherme Leal, dono da Natura, e dono de uma fortuna estimada de US$ 1,2 bilhões, segundo a revista Forbes.

É esse tipo de gente que a candidatura de Marina Silva vai representar?

Vai ser mera plataforma de propaganda para a imagem ambientalmente correta de empresas como a Natura, para vender cosméticos nos EUA e Europa?

Vai representar gente que tem medo de falar contra Obama e os EUA? Vai repetir os demo-tucanos na eterna política da subserviência ao que vem de Washington?

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