A segunda fase das investigações sobre a arrecadação e distribuição de propinas no Distrito Federal (DF) tem como alvos principais dois personagens no esquema: o vice-governador Paulo Octávio, do DEM, e o ex-secretário de Obras de Brasília, Márcio Machado, presidente do PSDB de Brasilia
Responsável pela arrecadação de fundos para a eleição de José Roberto Arruda para o governo do Distrito Federal em 2006, Mracio Machado PSDB seria, segundo informações repassadas ao Ministério Público, o homem encarregado de articular a formação do caixa que seria destinado à campanha do ano que vem.
Sob risco de ser expulso do partido que preside, o PSDB, Machado não dá entrevista,A partir desta segunda-feira, as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal sobre o esquema de arrecadação e distribuição de propinas envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, vão ganhar um novo rumo. A PF entregará ao ministro Fernando Gonçalves, responsável pelo inquérito, o relatório em que serão detalhados os indícios encontrados durante a execução de 28 mandados de busca e apreensão durante a Operação Caixa de Pandora, desencadeada no dia 28 de novembro.
O relatório vai traduzir o resultado da perícia nos vídeos entregues à PF pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. O Instituto de Criminalística da PF vai responder se os vídeos e os áudios foram adulterados e se houve edição. As informações preliminares apontam que, embora Durval tenha se gravado, o procedimento obedeceu o padrão correto e imagem e som são autênticos.
Confirmados esses detalhes, as imagens de dinheiro sendo enfiado em cuecas e meias que ganharam o mundo pela internet e na televisão serão consideradas como provas contra os envolvidos no escândalo mais bem registrado na história recente do País. A polícia também vai esclarecer em quais endereços devassados foram encontradas as notas seriadas que integram o volume de R$ 700 mil apreendidos. A possibilidade de identificar o banco onde o dinheiro foi retirado e a pessoa que fez o saque pode fechar o ciclo contra parlamentares e secretários envolvidos e abrir uma nova frente de investigação.
A Operação Caixa de Pandora se originou de uma investigação iniciada há mais de um ano na Procuradoria da República do Distrito Federal. A PF foi acionada pelo MPF somente nos últimos 60 dias. O delegado que cumpre as cotas determinadas pelo ministro Fernando Gonçalves, Alfredo Junqueira vai sugerir, no final do relatório, a quebra do sigilo bancários dos envolvidos, e outras providências que deverão gerar uma segunda ofensiva de investigações. Serão chamados a prestar depoimento todos os suspeitos de participação no esquema, entre eles, o governador José Roberto Arruda, o vice-governador Paulo Octávio e todos os personagens citados por Durval Barbosa no inquérito.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração