Investimentos em área de risco e canalização de córregos perdem recursos, mas dotação para publicidade fica intocada.Cortes foram feitos pelo relator Milton Leite (DEM).O novo relatório apresentado na quarta-feira e votado em plenário em segunda discussão, com o apoio de 42 dos 55 vereadores, reduziu a reserva para a canalização de córregos. A reserva para obras em áreas de risco caiu também caiu
A Câmara de São Paulo aprovou ontem, em segundo turno, o Orçamento para 2010 com cortes nos recursos para combate às enchentes -como investimentos em áreas de risco e canalização de córregos-, mas manteve intacta a verba destinada à publicidade oficial.
O corte de R$ 1 bilhão feito pelo relator Milton Leite (DEM), contudo, não afetou os R$ 126 milhões reservados para a publicidade oficial da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e a verba recorde da própria Câmara, fixada em R$ 399 milhões, um crescimento de 29% para o ano eleitoral, em relação aos recursos gastos deste ano (R$ 310,3 milhões).
O corte de R$ 1 bilhão feito pelo relator Milton Leite (DEM), contudo, não afetou os R$ 126 milhões reservados para a publicidade oficial da gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e a verba recorde da própria Câmara, fixada em R$ 399 milhões, um crescimento de 29% para o ano eleitoral, em relação aos recursos gastos deste ano (R$ 310,3 milhões).
Entre os cortes feitos pelo relator Milton Leite (DEM) estão R$ 70 milhões para a canalização de córregos, R$ 1 milhão para áreas de risco e R$ 30 milhões para a coleta de lixo. O corte nas verbas para ações antienchente ocorre num momento em que a cidade enfrenta, uma semana depois, os transtornos de um temporal ocorrido na terça-feira da semana passada. Ainda há ruas e casas alagadas em bairros do extremo leste de São Paulo.
"Há falhas grotescas. Verbas são postas e tiradas sem nenhuma base no que está havendo na economia", disse Antonio Donato (PT), que criticou Leite por desconsiderar da receita final R$ 725 milhões da venda da folha de pagamento ao Banco do Brasil e R$ 757 milhões de repasses estaduais e federais.
Atendimento
A peça aprovada ontem reduziu, em relação à primeira proposta, R$ 15 milhões da verba destinada ao sistema da prefeitura encarregado do atendimento aos cidadãos. Hoje, a principal responsável pelo serviço é a Call Tecnologia, que está envolvida em escândalo no governo de José Roberto Arruda (DEM), no Distrito Federal.
O valor para o serviço caiu de R$ 45 milhões para R$ 30 milhões. A prefeitura já havia informado que a verba será usada para melhorar o sistema, mas não será necessariamente por meio de contratos com a Call.
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