O Brasil captou ontem US$ 500 milhões com a emissão de títulos nos mercados americano e europeu, com vencimento em janeiro de 2019, segundo informações divulgadas pelo Tesouro Nacional.Na nova emissão, o Brasil irá pagar juros de 4,75% ao ano para os investidores -a taxa mais baixa da história para títulos em dólar.
Até então, a menor taxa paga em títulos emitidos pelo Brasil havia sido a ofertada em maio, também com vencimento em uma década, de 5,299% ao ano. A emissão de ontem foi liderada pelos bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley.
Segundo o Tesouro Nacional, a oferta de ontem poderia ser estendida ao mercado asiático em até US$ 25 milhões, nas mesmas condições obtidas nos outros mercados. O resultado final da emissão será anunciado hoje, depois da oferta na Ásia. A liquidação financeira será feita no dia 22, e os cupons serão pagos nos dias 15 de janeiro e 15 de julho de cada ano.
As taxas das emissões de títulos no mercado internacional servem de parâmetro para operações semelhantes feitas pelo setor privado.
Antes da última operação, em setembro, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, havia declarado que o governo pretendia realizar novas operações no mercado internacional com o objetivo de melhorar o perfil da dívida, substituindo papéis que pagam juros maiores e com prazos mais curtos por títulos que sejam mais vantajosos para o governo.
Na ocasião, o Brasil captou US$ 1,25 bilhão com a emissão de títulos com vencimento em 2041. Em julho, foram feitas emissões de US$ 500 milhões, de papéis com vencimento em 2037. Em janeiro e maio deste ano, o Brasil fez duas captações com papéis também com vencimento em 2019, nos valores de US$ 1,025 bilhão e US$ 750 milhões, respectivamente.
Os recursos serão adicionados às reservas internacionais, que, segundo o Banco Central, ontem estavam em US$ 239,2 bilhões. Essa é a quinta operação desse tipo desde setembro do ano passado, após a piora na crise internacional.
Carteira zerada
Ontem, o Banco Central informou que vai zerar sua carteira de títulos da dívida pública externa. A extinção da carteira será feita por meio da troca desses papéis por títulos da dívida interna emitidos pelo Tesouro. Com o BC deixou de atuar nesse mercado, já vinha se desfazendo desses papéis. Segundo o banco, sua carteira de títulos da dívida pública federal externa vale hoje US$ 892 milhões -já chegou a US$ 4 bilhões. "A operação não afetará as reservas internacionais. Por normas internacionais, os títulos da dívida pública federal externa da carteira do BC não são contabilizados no valor das reservas", disse em nota a instituição.Folha de S. Paulo
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