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domingo, 22 de novembro de 2009

Eleições no PT: Lula e Dilma votam como qualquer militante



O presidente Lula, acompanhado da ministra Dilma Rousseff foram votar para a nova direção do Partido dos Trabalhadores neste domingo, como qualquer um dos mais de 1 milhão de militantes filiados.

O PT é único grande partido brasileiro que escolhe o presidente e a chapa de dirigentes pelo voto direto de todos os filiados. Os demais partidos escolhem em convenção fechada.

Cada mobilização de massa, como esta que o PT faz, é uma resposta às tentativas da imprensa e da oposição (que são a mesma coisa) de desconstruir a história e a imagem do grande partido de massas atual da população trabalhadora do Brasil, a partir de escândalos ora forjados, ora deturpados, ora de responsabilidade individual de quem os praticou.

No passado, outro partido de massas, o PTB, de Getúlio Vargas, Jango e Brizola, sofreram a mesma ofensiva da imprensa e da oposição, contrária à reformas que beneficiassem a população trabalhadora e mais pobre do Brasil.

Disputam a presidência do partido 8 candidatos, e o favoritismo pende para o sergipano José Eduardo Dutra, ex-senador e ex-presidente da Petrobras. Se não conseguir 50% + 1 dos votos, deverá haver segundo turno contra o segundo colocado. A tendência aponta para o deputado federal paulista José Eduardo Cardoso, atual secretário-geral, disputar o segundo turno, se houver.

O presidente Lula concedeu entrevista, e respondeu sobre estados com dificuldade em estabelecer alianças entre PT e PMDB.

O presidente sonha em ver um Congresso mais progressista em 2011, e tenta costurar uma sofisticada operação política que, na prática, daria mais poder ao PT e partidos de esquerda no plano federal, concedendo mais poder ao PMDB e outros partidos da base no plano regional (nos estados). Obviamente há resistência tanto de lideranças regionais com ambições próprios, e há desconfiança mútua entre os partidos no plano federal, receosos de perderem espaço.

"Normalmente, o que tem acontecido é que cada um olha para o seu umbigo e prevalecem as questões dos Estados. O importante é que, se houver divergências dentro da base aliada nos Estados, que isso não seja impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos apoiando a sua candidatura", afirmou Lula.

Sobre dois palanques da base governista, o presidente concluiu:

"É sempre muito complicado... na prática, você não tem como fazer dois discursos pedindo votos para dois candidatos diferentes".

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