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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Chupa FHC: PIB é o melhor desde 1986

A equipe econômica do governo Lula está ansiosa para ver o comportamento da imprensa brasileira na divulgação dos dados econômicos depois de um ano do estouro da crise financeira. Quer saber se os jornalistas vão continuar comparando os futuros dados da economia em 2010 com os de 2009 ou vão ficar com os de 2008 quando o PIB crescia a 7% ao ano. Se for com o ano de 2009, os resultados vão ser um show em 2010.

A economia brasileira ficou maior, cresceu mais e teve produtividade acima da esperada.

Foi esse o quadro que o IBGE mostrou ao divulgar, ontem, as contas nacionais definitivas de 2007. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) em 2007, um ano antes de a crise financeira se instalar, foi de 6,1%, bem superior aos 5,7% calculados anteriormente.

Com a revisão, a taxa de crescimento de 2007, que tinha sido a maior desde 1994, ano do Plano Real, passou a ser a maior desde 1986, ano do Plano Cruzado, quando a economia brasileira crescera 7,5%. A revisão mudou também a expansão do PIB per capita que subiu de 4% para 4,9%: - A economia se mostrou mais produtiva também. A taxa de investimento (quanto do PIB é destinado para aumentar a capacidade produtiva do país) baixou de 17,8% na primeira divulgação para 17,4% agora. Ou seja, com menos investimento, crescemos mais - afirmou Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores.

Para ele, isso mostra que o país conseguiu produzir mais com menos investimento e a mesma mão de obra.

- Mostra que o crescimento sustentável pode ser maior do que imaginávamos. Interfere inclusive na política monetária.

Serviços subiram com real valorizado e mais empregos

A alta forte do setor de serviços em 2007 explicou a revisão feita pelo IBGE. Pelos dados preliminares divulgados no ano passado, os serviços haviam subido 5,4% em 2007. Com a revisão divulgada ontem, passaram a uma alta de 6,1%. Este setor, que já tinha o maior peso na economia, respondendo por 65,8% do PIB em 2006, viu sua parcela subir para 66,6% em 2007.

Segundo Cristiano Martins, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, a valorização cambial ajudou o setor de serviços. Por ser uma atividade que não tem bens comercializados internacionalmente, o setor de serviços não sentiu os efeitos da valorização de 10,5% do real no período. O dólar, que era cotado a R$ 2,18, passou para R$ 1,95.

Os serviços ganham.

Borges atribui esse aumento forte dos serviços à expansão da massa salarial, com aumento do emprego e da renda dos trabalhadores. Esse foi o motivo também para o aumento da participação dos salários na economia.

De 2006 para 2007, a parcela da remuneração dos empregados no PIB passou de 40,9% para 41,3%. Enquanto o excedente operacional bruto, um indicador do lucro das empresas, perdeu espaço, passando de 34,8% para 34,4%.

O IBGE também revisou o tamanho da economia brasileira que engordou em R$ 63 bilhões. Os números preliminares eram de R$ 2,598 trilhões, subindo para R$ 2,661 trilhões com a revisão.

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