Vocês lembram dessa notícia aqui;O TSE convidou "hackers", para testar a inviolabilidade das urnas eletrônicas e de seus respectivos softwares. Veja só no que deu:"Hackers dizem que o desafio lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pediu a piratas da internet de todo o País para que tentem fraudar o sistema de urnas eletrônicas é, na verdade, apenas uma forma de "provar" que o mecanismo eletrônico é inviolável. Segundo eles, o TSE manipula as regras do jogo, limitando os softwares que eles podem usar na tentativa de violar as urnas"
"A realidade é uma só. Eles, do TSE, não querem correr o risco. Por isso escolhem os softwares a serem usados. Fica complicado assim. Um software que é usado para 'crackear' e 'hackear' hoje custa em torno de R$ 30 mil. É quase impossível adquirir a licença de forma legal. Se pudéssemos usar (qualquer ferramenta) seria outra coisa e a realidade, outra. Com certeza a perícia forense nesses sistemas (ilegais) seria frágil", comenta o hacker Álvaro Falconi, moderador do fórum www.forum-hacker.com.br, grupo de discussão sobre a atividade na internet.
Entre os profissionais que trabalham para testar a segurança de sistemas informatizados, a preocupação com o desafio do TSE é que, em função de lidar com o Poder Judiciário, eles possam ser processados se tentarem violar as urnas eletrônicas utilizando softwares piratas.
"Ter acesso (ao conteúdo interno da urna) não é o problema. O problema é eu ser preso por usar softwares ilegais. Em grandes fóruns brasileiros sobre o tema, o pessoal só diz isso. Só com esses softwares e possíveis hardwares (piratas) pode ser possível a invasão do sistemas do TSE. Os softwares que o governo vai disponibilizar, nem em computadores domésticos conseguem ser explorados", alerta. "Não tem como burlar (as urnas com os programas sugeridos pelo TSE). Todos, até leigos no assunto, sabem que isso é malandragem deles. Se eles querem testar se as urnas deles realmente estão seguras, teriam que deixar usar as ferramentas que nós temos", critica o hacker.
Além da proibição óbvia de que os piratas da internet não podem, durante o teste, jogar as urnas eletrônicas no chão e as abrir fisicamente com chaves de fenda, por exemplo, o edital garante margem para que programas ilegais ou roubados, principal mecanismo dos crackers, sejam preferencialmente evitados nos testes.
"Como verdadeiros hackers ou crackers vão dizer o software usado (para burlar a urna)? Um software 'crackeado' do FBI que está na internet, se o usar (contra o TSE) vai estar usando um software ilegal para tentar achar as falhas. Não creio que vão se expor assim", resume Álvaro Falconi.Leia a matéria completa
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