O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado(acredite que isso existe), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) (acredite que um corrupto é o presidente), disse nesta terça-feira, 22, que o Brasil "exagerou" ao abrigar na embaixada brasileira, em Tegucigalpa, Honduras, o presidente deposto daquele país, Manuel Zelaya. "Esta situação é grave, e o Brasil fica procurando sarna para se coçar. Essa história de que foi surpresa o Zelaya aparecer por lá não me convence", disse o senador.
No Twitter,O senador Aloizio Mercadante criticou a declaração de Azeredo. Mercadante respondeu;"No passado, brasileiros, inclusive tucanos, tiveram q procurar abrigo em embaixadas no Chile para fugir da ditadura Pinochet".
"O direito de abrigo em uma embaixada é uma condição fundamental do estatuto da defesa dos direitos humanos e foi utilizado por muitos brasileiros, inclusive por militantes do PSDB, no golpe do Chile, quando ficaram meses amontoados em embaixadas para fugir da perseguição da ditadura de Pinochet", disse Mercadante.
Na opinião do tucano Azeredo, o governo brasileiro deveria ter deixado a Organização dos Estados Americanos (OEA) procurar uma solução para o impasse.
PPS
O Partido Popular Socialista (PPS) pediu ao governo Lula para que esclareça como o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, chegou à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa sob a alegação de que o ocorrido pode se tratar de uma "interferência em assuntos internos". O presidente do PPS, Roberto Freire, declarou que "como não se trata de um asilo, o que parece ter ocorrido é uma participação da diplomacia brasileira em uma ação clandestina e em uma clara interferência em assuntos internos de outro país."
O senador Mercadante afirmou que as críticas devem ser feita aos "golpistas" que tomaram o poder em Honduras, e não à Embaixada brasileira. "O que os democratas do Brasil precisam, neste momento, é condenar com veemência o golpe em Honduras e garantir a integridade física do presidente deposto Manuel Zelaya e restabelecer o estado democrático em Honduras como exigem a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU), que expulsou o represente dos golpistas da ultima reunião, e como têm feito os principais países democráticos", afirmou Mercadante.
Ao comentar sobre o abrigo ao hondurenho, ministra Dilma Rousseff, afirmou que a "regra do asilo é uma regra da civilização". "Esse é um direito humano elementar", completou. A ministra, entretanto, negou que o governo brasileiro tenha colaborado para que Zelaya entrasse em Honduras. "O fato de ele estar lá na embaixada não significa que o Brasil ajudou, incentivou ou deu cobertura", disse
'Esperamos que os golpistas não entrem na embaixada', diz Lula
O Presidente Lula pediu ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que não haja pretextos para uma invasão da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o líder hondurenho está abrigado desde ontem. Lula também alertou o governo de facto contra uma ação violenta na missão brasileira em Tegucigalpa.
"Conversei com o presidente Zelaya e pedi que tome cuidado para não dar pretextos aos líderes do golpe", disse Lula. "Esperamos que os golpistas não entrem na embaixada".
Nesta manhã, a chancelaria hondurenha disse que a inviolabilidade de uma sede diplomática não implica na proteção a foragidos da Justiça. Zelaya foi declarado fugitivo após ter sido expulso do país no golpe militar de junho.
A embaixada brasileira foi cercada na madrugada desta terça-feira. Água e telefone foram cortados e policiais enfrentaram manifestantes do lado de fora do prédio.
Lula também defendeu a volta de Zelaya ao poder e uma solução negociada e democrática para a crise em Honduras. "O normal que deveria acontecer era que os golpistas permitissem a volta de um presidente eleito democraticamente pelo povo", afirmou. "Não podemos aceitar que pessoas deponham um presidente eleito por diferenças políticas".
Dilma diz que governo não incentivou ingresso de Zelaya
A ministra Dilma Rousseff, afirmou que a entrada do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil em Tegucigalpa não significa que o governo brasileiro tenha dado incentivo para o gesto.
"O fato de ele ter entrado não significa em nenhum momento que o Brasil incentivou, adotou, deu cobertura ou nada disso, simplesmente respeitou", afirmou a ministra a jornalistas. "Isso são direitos humanos elementares", acrescentou.
Segundo a ministra, o Brasil não está interferindo em questão interna de Honduras. "Essa regra do asilo é uma regra da civilização, não é uma regra da incivilidade, da barbárie. Nós não estamos interferindo", destacou.
Dilma justificou o gesto de Zelaya recuperando a resistência de militantes de esquerda na época da ditadura brasileira (1964-1985). "Quantos de nós não fizemos isso no passado?", questionou.
Zelaya, deposto e expulso de Honduras em junho, retornou a seu país e desde segunda-feira está na embaixada brasileira na capital hondurenha.
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