Meus queridos leitores. Vocês viram a manchete de ontem do jornal O Estado de S.Paulo?. Vejam se não é o máximo: “Dilma cai e Serra oscila negativamente em nova pesquisa”. Uma maneira elegante de não contrariar o menino birrento.A nossa mídia não descansará enquanto não atingir seu objetivo maior: eleger José Serra para a presidência da república
O assunto rende análise no jornal Valor econômico
Os tucanos nunca estiveram tão angustiados sobre quem escolher para ser candidato a presidente da República. Na reunião que fizeram no fim de agosto, no Rio de Janeiro, a dúvida ficou clara. A ex-governadora do Distrito Federal Maria de Lourdes Abadia chegou a comparar a decisão à Escolha de Sofia, o filme em que Meryl Streep, no papel principal de uma polonesa sobrevivente dos campos de concentração nazista, é obrigada a escolher qual de seus filhos deve morrer.
A depender da pesquisa divulgada ontem, a névoa que impede os tucanos de enxergar mais longe ainda não se dissipou. José Serra está bem, lidera todos os cenários, tem votos consolidados em torno de 20%, ou seja, seu futuro é promissor. Mas a rejeição aumentou. E, para completar, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, começa a despontar no horizonte e, como é o menos conhecido, tem baixa rejeição.
Para decidir se Aécio será melhor, os tucanos terão que resolver algo como o dilema do biscoito: vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque vende mais? Ou seja, Aécio tem baixa rejeição porque é menos conhecido ou, realmente, é o menos rejeitado pelo eleitor? Tudo o que os tucanos desejam é que a névoa se dissipe até dezembro, e eles possam escolher com clareza, e por consenso, o melhor nome para vencer o PT.
O PSDB acredita que não pode se dar ao luxo de fazer como em 2006, quando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin foi um avião para conquistar a candidatura dentro do partido e não conseguiu empolgar a população, a ponto de ter menos votos no segundo turno.
Os tucanos sequer se agitaram para comemorar a queda na avaliação do presidente Lula e do governo. Até porque um governo chegar ao sétimo ano com 65% de aprovação e seu comandante 76% não é motivo para o governo chorar e nem para os tucanos soltarem fogos ou estourar o champanhe. Até o momento, o máximo que se pode dizer é que o eleitor já considera a crise econômica resolvida e começa a colocar o foco em outros pontos. Mas, por enquanto, crise no Senado, gripe suína e o caso da Receita Federal fizeram um pequeno arranhão na pintura, mas o carro continua lá, com o tanque cheio, o motor funcionando, amortecedores e pneus em bom estado. Os tucanos acham que as peças do motor ainda não tiveram um desgaste a ponto de fazer o automóvel de Lula engasgar, até porque, com o Bolsa Família bombando, fica difícil tirar dele, mas não do PT, o eleitorado mais pobre.
Só um ponto da pesquisa deixou os partidos contentes: A pesquisa espontânea mostra que 58% ainda não escolheram candidato. Ou seja, o eleitor está cuidando da vida e só vai decidir em quem votar na época certa. Fora isso, a pesquisa deixou todos como aquela moça que vai para a primeira prova de um vestido de alta costura e sente algo "pinicando". A sorte é que a festa ainda está longe e dá tempo de corrigir defeitos, fazer dieta ou até mesmo mudar o modelito. É nisso que todos vão trabalhar até a hora de brilhar na telinha do horário eleitoral gratuito.
Serra é o nome mais lembrado na pesquisa espontânea....
Depois de Lula
O diretor do Sensus acha, mas não tem certeza
O diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, além de ponderar que o nível de satisfação com o presidente permanece alto, citou três possíveis explicações para o desgaste no período: a gripe suína, a crise no Senado e o episódio que envolveu a ex-secretária da Receita Lina Vieira e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Guedes ressalvou, porém, que a pesquisa não contemplou uma pergunta específica sobre o socorro prestado por Lula ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), na chamada crise dos atos secretos.
A ausência desse dado fez com que o fator Senado fosse visto com cautela por dois cientistas políticos consultados pelo Estado, David Fleischer, da Universidade de Brasília, e Leôncio Martins Rodrigues, professor aposentado da Universidade de Campinas. Para Fleischer, é " improvável" que a crise no Senado tenha afetado a imagem de Lula. Já Leôncio avalia que a explicação é plausível, principalmente ao levar em conta que o desgaste foi maior entre os mais escolarizados - e possivelmente os mais informados sobre as declarações de solidariedade do presidente a Sarney, cuja renúncia foi pedida por líderes da oposição.
No caso da gripe provocada pelo vírus H1N1, há um dado concreto na pesquisa: aumentou a parcela dos entrevistados que consideram que o Brasil tem combatido a epidemia de forma inadequada (de 32,6% para 41,4%). Apenas 1% dos ouvidos pelo Sensus disseram não ter ouvido falar da doença.
Mas a desinformação é grande em relação ao terceiro fator que, na opinião do diretor do instituto, teria desgastado o governo. Apenas 24% afirmaram ter acompanhado notícias sobre a denúncia de Lina . Outros 17,5% disseram ter apenas ouvido falar no caso.
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