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sábado, 19 de setembro de 2009

Senadores trocam de partido com foco em 2010

A proximidade do prazo para os políticos se filiarem aos partidos pelos quais pretendem se candidatar nas próximas eleições tem intensificado as articulações de senadores que arriscarão perder os mandatos punidos pela lei de fidelidade partidária para filiarem-se a outras legendas. Dia 2 de outubro é a data limite para filiações partidárias.

No Senado, pelo menos quatro senadores estão articulando uma possível troca de legenda: Expedito Júnior (PR-RO), Flávio Arns (PT-PR), Mão Santa (PMDB-PI) e Valter Pereira (PMDB-MS).

Por ora, o único que está com a decisão tomada é Expedito Júnior (RO), que sairá do PR para ingressar no PSDB. O senador disse à Agência Estado que deve assinar a filiação na sexta-feira da próxima semana, dia 25. Júnior ainda não pediu desfiliação do PR e está conversando com os dirigentes do partido para que não responda na Justiça por infidelidade partidária sob o risco de perder o mandato.

Expedito Filho teve seu mandato de senador cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob acusação de compra de votos. Ele se mantém no cargo porque o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), entendeu que o mandato pertence ao senador até que se esgotem as possibilidades de recurso judicial. O recurso apresentado por Expedito Filho contra a decisão do TSE ainda não foi julgado.

O senador Flávio Arns (PR), está sem partido desde que pediu desfiliação do PT, no mês passado. Segundo Arns, partidos da base aliada, como PV, PMDB, PDT, PSC, PSB e PMN, e da oposição, PSDB, DEM e PPS, lhe fizeram convites. Mas, o senador afirma que ainda está indeciso e esperará até os últimos dias para decidir-se.

Arns foi eleito pelo PT em 2002, mas deixou o partido no mês passado alegando estar "desiludido". O anúncio do desembarque foi feito no dia que o Conselho de Ética arquivou as ações movidas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Mão Santa, do PMDB do Piauí, também procura uma nova legenda. O senador piauiense justificou a saída do PMDB, por meio de sua assessoria de imprensa, alegando que o diretório estadual não lhe dá garantia de ser candidato do partido ao Senado no próximo ano. Mão Santa chegou a negociar com o PPS, mas o PSC lhe garantiu mais poder no Estado, e o acordo com o partido socialista cristão está quase fechado.

O senador Valter Pereira, do PMDB, também teve problemas na política estadual e quase saiu do partido. De acordo com o cenário traçado pelo senador, o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, apoiará um candidato do PMDB e outro de um partido aliado.

O problema é que Valter Pereira quer ser o candidato do partido, o mesmo pretendido pelo deputado Waldemir Moka. Como Moka é presidente do diretório estadual, o senador temia ser preterido pela legenda. Para ficar no PMDB, Valter exigiu que a escolha do candidato seja feita através de prévias. Foi atendido e ficou no partido. Antes, o senador estava conversando com o PSDB.

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