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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Planalto nega conversa de Obama com Lula sobre caças

O francês "Les Echos" publicou na segunda-feira, com repercussão na coluna de Claudio Humberto, que Barack Obama teria ligado para Lula duas vezes em defesa do jato americano F-18, na disputa com o francês Rafale. Obama teria garantido a aprovação da transferência de tecnologia pelo Congresso americano.O jornal francês aponta ainda, no "rolo compressor" da Boeing, a disseminação de "informações negativas sobre o Rafale", dias antes da visita de Nicholas Sarkozy. Ontem à noite, o site de "O Estado de S. Paulo" postou ter obtido "respostas contraditórias" ao tentar confirmar a notícia junto aos governos brasileiro e francês.

Hoje à noite o Planalto soltou a nota:Planalto nega conversa de Obama com Lula sobre caças

O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, negou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha telefonado ao Presidente Lula e oferecido garantias de transferência de tecnologia para que o Brasil escolhesse comprar da americana Boeing aeronaves caça F-18 Super Hornet. O governo brasileiro tem a decisão política de negociar preferencialmente para adquirir aviões Rafale, produzidos pela francesa Dassault, mas hoje o terceiro concorrente na transação, a sueca Saab, confirmou que assegura ao Brasil a preorrogativa de comprar os Gripen NG e pagar apenas a metade do preço.

"É uma especulação que não corresponde à realidade de maneira nenhuma. Não houve nenhum telefonema do presidente Obama, os presidentes não conversaram sobre esse assunto. Não existe nenhum fundamento nesse rumor de que teria havido alguma conversa do presidente Lula com o presidente Obama a respeito desse assunto", informou o porta-voz brasileiro.

"Os concorrentes já apresentaram suas posições. O processo corre pelos trâmites normais. Existe uma nota da parte americana reiterando a vontade de aprofundar as negociações, e os americanos têm se manifestado pelos caminhos que são usuais no contexto do processo", explicou Marcelo Baumbach.

Nesta quarta, após receber em Brasília o presidente do Maláui, Bingu Wa Mutharika, Lula havia afirmado que o processo de negociação do Brasil para a compra de aviões caça é "longo e difícil". "A Dassault é como a Embraer. Nós não mandamos na Embraer. É preciso saber se a Dassault está disposta a garantir vantagens para o Brasil. Isso é um processo longo, difícil", afirmou Lula na ocasião.

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