Bem que a mídia se esforçou. Colocar o caso Linagate nos telejornais, nas capas dos jornais, em horário nobre, durante mais de uma semana seguida.
A pesquisa CNT Sensus perguntou:
O Sr(a) tem acompanhado, ou ouviu falar, sobre a suposta reunião informal entre
a ex-Secretária da Receita Federal Lina Vieira e a Ministra Dilma Rousseff,
conforme depoimento de Lina Vieira na Comissão de Constituição e Justiça do
Senado Federal:
24,0% respondeu: Sim, tem acompanhado
17,5% respondeu: Sim, ouviu falar
50,2% respondeu: Não, não tem acompanhado / não ouviu falar
Ainda teve 8,4% que não escolheu nenhuma resposta.
Ou seja: a imprensa só conseguiu prender a atenção de 24% das pessoas.
Em seguida a pesquisa perguntou:
A ex-Secretária da Receita Federal Lina Vieira alega ter havido a suposta
reunião, e a Ministra Dilma Rousseff alega não ter existido a suposta reunião. Na
sua avaliação, quem está dizendo a verdade:
9,8% respondeu: Dilma Rousseff
14,9% respondeu: Lina Vieira
Resumindo: apenas 14,9% deram crédito à Lina Vieira. Isso é menos do que o eleitorado demo-tucano. É praticamente o grupo que é torcedor fanático dos demo-tucanos.
Com isso, mostra-se que a grande derrota foi da imprensa, na incapacidade de influir na opinião pública.
Há quem credite a oscilação de Dilma ao "Linagate". Eu tenho dúvidas. Primeiro porque a oscilação foi dentro da margem de erro, então não foi significativa. Segundo, porque Dilma esteve realmente mais ausente do noticiário nas últimas semanas. A exposição de seu nome foi associado ao caso Lina Vieira e só 24% prestaram atenção (provavelmente são os que já tem candidato definido: votam em Dilma ou em Serra).
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