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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cheiro de sonegação e corrupção na imprensa Argentina

Mais de 150 fiscais argentinos, do órgão equivalente à Receita Federal, fiscalizaram os escritórios do maior jornal do país (El Clarín) nesta quinta-feira.

O Grupo Clarín possui jornais, emissoras de rádio e televisão, assim como empresas de Internet e cabo.

As relações do Grupo Clarin com o governo Cristina Kirchner, e do ex-presidente Néstor Kirchner, estão piores do que da mídia brasileira com o governo Lula. Nestor descreve o Grupo Clarin como um monopólio.

Cristina Kirchner tenta aprovar uma nova proposta de reforma da radiodifusão no país (que deve enfraquecer a imprensa corporativa, como o Grupo Clarín).

Um porta-voz da agência fiscal Argentina disse que a fiscalização realizada é a mesma feita em outras empresas.

Mas o porta-voz do Grupo Clarín, Martin Etchevers, esperneia dizendo tratar-se de intimidação.

"Este tipo de inspeção nunca ocorreu na história do Clarín", disse a um canal de televisão local.

Ora, mais um motivo para ser fiscalizado. Onde já se viu um grande grupo destes ficar tanto tempo sem nenhuma fiscalização rigorosa?

Nenhuma empresa pode reclamar de ser fiscalizada. É dever contribuir com os fiscais e submeter-se à fiscalização, sobretudo grandes empresas, que devem tratar fiscalização como um atividade de rotina.

Quem não deve, não teme. Quando a empresa não sonega, a fiscalização não encontra nada de errado.

Corrupção na imprensa e na política: tudo a ver

Pela experiência brasileira, existe tanto ou mais corrupção entre barões da imprensa e seus asseclas, do que entre os políticos. Aliás, a promiscuidade entre os dois grupos é grande.

Muitos políticos no Brasil, antes da carreira política, trabalharam na imprensa. Destes, quem é corrupto na política, quase sempre já era corrupto nas empresas de mídia em que trabalharam antes: aceitavam "jabá", vendiam suas consciências, bajulavam poderosos, cortejavam o poder, negociavam notícias, negociavam o silêncio, recebiam "por fora".

A bancada de donos de rádios, TVs e Jornais, é das maiores no Congresso. Além disso, muitos parlamentares foram jornalistas, locutores, radialistas, apresentadores, vjs, e usaram a fama para se elegerem.

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