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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Yeda: R$ 15 mil em diárias para torcedor de futebol ir torcer na África do Sul


Quando a gente acha que já viu tudo o que pode acontecer no governo tucano de Yeda Crusius (do PSDB de José Serra), ainda aparece mais essa:

Clóvis Fernandes ficou famoso por aparecer na TV, nas arquibancadas da Copa do Mundo, e ganhou o apelido de "Gaúcho da Copa".

Gremista, exótico, bonachão, com um bigodão e carregando réplica da Copa do Mundo, frequenta as copas do mundo desde 1990, e outros campeonatos internacionais. Para viajar recorre a patrocínios, e seu "site" tem anúncios de empresas.

Até aí tudo normal.

O problema vem a seguir.

Fernandes candidatou-se a vereador pelo PMDB de Pedro Simon, em 2008. Obteve perto de 2.300 votos e não foi eleito. Com o PMDB apoiando Yeda Crusius, conseguiu um cargo comissionado na secretaria de Relações Institucionais.

Com esse emprego, se afastou da repartição por 19 dias para ir torcer nos jogos da seleção brasileira na última Copa das confederações, na África do Sul.

Não foi em férias, nem tirou licença. Pelo contrário, além de ter seus dias de falta abonados, ainda recebeu 19 diárias no valor de R$ 14.839,48 dos cofres públicos do governo gaúcho.

Segundo o secretário da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que autorizou a viagem, "o dinheiro foi muito bem investido".

Eduardo Tessler, do Terra Magazine, pergunta:

Em que, secretário? Em cerveja? Em visita a tribos e reservas naturais, como aparece no site do "Gaúcho"? Fernandes divertiu-se vendo os jogos e distribuiu panfletos falando de Porto Alegre na Copa de 2014. E voltou com uma conclusão "fundamental": trânsito é um problema para a Copa. Ah, bom, ainda bem que o enviado especial revelou esse segredo.

Fernandes é um cara-dura que consegue abrir as torneiras do Estado. Mas o problema não é ele ou outros que se aproveitam do desgoverno. O problema está exatamente em quem assina o cheque. A governadora, os secretários, os que não cuidam do patrimônio e das finanças do Rio Grande.

O dinheiro gaúcho hoje escorre por todos os lados. A tal ponto que uma empresa terceirizada, que cuida dos depósitos de carros apreendidos pelo Detran-RS, cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões do governo. E se não fosse o Ministério Público impedir esse absurdo, a governadora já teria pago.

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