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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vamos fazer justiça à Ideli, Delcídio e João Pedro

Os senadores do PT, João Pedro (AM), Ideli Salvati (SC) e Delcídio Amaral (MS), fizeram a coisa certa no conselho de ética. Seguiram a orientação partidária de votar pelo arquivamento dos processos contra Sarney.

Um conselho de ética que já arquivou processos contra o pai do mensalão, Eduardo Azeredo (PSDB/MG), contra Marconi Perillo (PSDB/GO), e outros, não é conselho de ética coisa nenhuma, é mero instrumento de luta política.

E se a luta é política, a base governista não pode entregar o posto da presidência do Senado para a oposição.

Fazer diferente seria uma vergonhosa deserção da luta política, entregando para a oposição a capacidade de paralisar o governo, o Brasil, a geração de emprego e renda. Seria traição ao eleitor que depositou seu voto por um Brasil melhor.

Ninguém precisa ter medo do discurso da ética, porque a resposta está na ponta da língua: a Polícia Federal não aliviou ninguém no governo Lula. O filho de Sarney foi indiciado. No governo Lula não acontece como acontecia no governo de FHC, quando tudo era engavetado.

Tenho pena dos senadores do PT que se inclinaram diante da imprensa. Deviam ter respondido com altivez, imposto seus pontos de vista, enfrentado o bombardeio (que receberam de uma forma ou de outra). Se imaginam que isso lhes trará algum refresco na campanha do ano que vem estão redondamente enganados.

Os senadores do PT que ainda vacilam, precisam começar desde já fazer como o blog da Petrobrás. Mostrar que, se o eleitor neo-udenista tem "nojo" da política, a imprensa faz essa política nojenta, tanto quanto os partidos políticos.

Mostrar que a corrupção está mais impregnada na imprensa política do que nos próprios partidos. Que a imprensa não é livre coisa nenhuma, porque não dá o direito de resposta democrático. Até a Marinha e a Aeronáutica estão sendo vítimas do assassinato da verdade, pela imprensa, sem ter acesso ao direito de resposta.

Tem que mostrar que a imprensa é dócil com quem lhes paga bem, e persegue quem não lhes compra. E o nome disso é imprensa corrupta. É preciso denunciar quando a imprensa age de forma corrupta.

Quem não chegar com a cabeça erguida diante da imprensa, em 2010, e ficar submisso, sofrerá para ser eleito, se conseguir.

Não adianta querer posar de bom moço, dizendo que não foi "contaminado" por Sarney. Está provado que quando não há escândalo, eles são inventados na imprensa. Está aí a "charuteira" da Receita Federal para provar o quanto se inventam falsos escândalos a partir do nada.

E é preciso responder no tom. Se é para o noticiário político ser pautado por escândalos, que arrole os escândalos de Serra, Aécio, Yeda e dos demo-tucanos no meio.

É preciso levantar a cabeça, e fazer a coisa certa. Um senador que age com honestidade e altivez, do alto de milhares ou milhões de votos, "forma" mais a opinião do que muito jornalista. O senador já foi eleito uma vez (pelo menos), e já convenceu o eleitor a votar nele, enquanto os jornalistas não tem votos. Quando jornalista mente, é preciso exigir seriedade e desafiar a provar a verdade.

Mercadante cresceu quando enfrentou a imprensa e impôs sua própria pauta, expondo as contradições de Lina Vieira. Cresceu quando mostrou que o currículo de José Serra no senado contém informações falsas. Ele se apequena, quando se encolhe diante da pauta demo-tucana.

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