O governo reformulou totalmente o projeto de reativação da estatal Telebrás, segundo o jornal Valor Econômico.
Desenhada pelo Ministério do Planejamento, a nova proposta prevê o ressurgimento da estatal com o uso das infovias da Petrobras e de Furnas.
Seus idealizadores argumentam que as panes do Speedy, serviço de banda larga da Telefônica, evidenciam a urgência de aprovar o projeto.
O novo plano dá à Telebrás a atribuição de gerir uma rede de banda larga ligando os quatro maiores centros urbanos do país - Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte - que podem ser atendidos por um conjunto de fibras ópticas da Petrobras.
O circuito Belo Horizonte-Brasília fecharia o anel de internet por banda larga com a rede própria de Furnas, independente da rede de fibras ópticas da Eletronet, ex-estatal que o governo tenta incorporar há cinco anos, sem sucesso.
A intenção não é oferecer serviços de internet a consumidores residenciais, mas impulsionar o "governo eletrônico", permitindo o atendimento direto a postos do INSS, escritórios regionais de ministérios, delegacias, prefeituras e câmaras de vereadores.
A rede a ser gerida pela Telebrás servirá inicialmente como intranet do governo. A administração direta paga às operadoras privadas cerca de R$ 500 milhões por ano em despesas com telefonia fixa, celular e internet. Cálculos do Planejamento prevêem uma economia de R$ 150 milhões anuais com a reativação da Telebrás.
Embora neguem a intenção de disputar mercado com as grandes operadoras, os formuladores do plano veem "objetivos estratégicos" na nova Telebrás e citam a atuação "oligopolista" de Oi, Telefônica e Embratel na oferta de banda larga, que dentro de poucos anos se tornará tão estratégica quanto a de energia elétrica.
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