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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PMDB entra na campanha eleitoral 2010, dividindo o ringue com os senadores da oposição

O PMDB entrou no mesmo tom que a oposição, e subiu a voz, rebatendo aos ataques.

O recado do PMDB foi claro: se querem sangue, vai ter sangue (no sentido figurado, é claro).

Todo mundo sabe que por trás do discurso falso moralista da oposição, está o palanque eleitoral em 2010. Até hoje, dentro do senado, só a oposição estava no palanque. Hoje o PMDB entrou também, conforme o portal Terra descreve:

Mal foi abordado o assunto crise do Senado nesta segunda-feira, dia de retorno do recesso parlamentar, e os ânimos se acirraram com bate-boca entre senadores no Plenário da Casa Legislativa.

Tudo começou quando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) resolveu rebater o discurso do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que voltou a defender a renúncia do presidente José Sarney (PMDB-AP) como um ato de grandeza.

Citado no discurso do senador gaúcho, o ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) também entrou na briga e disse que Simon deveria "engolir" suas palavras.

Calheiros acusou Simon de ter uma espécie de "marcação" contra Sarney pelo fato de, no passado, o senador ter desejado fazer parte da chapa de Tancredo Neves, que conduziria o processo de transição democrática, e ter perdido a oportunidade porque Sarney foi o escolhido.

"Vossa excelência perdeu a indicação, queria chapa puro sangue, e, desde então, fala mal de Sarney. Por que o senhor quer que o presidente Sarney saia, por que? Por causa do problema do neto do presidente? Isso é uma maldade", disse.

Simon afirmou ser uma "mentira" a afirmação e lembrou que o próprio Calheiros renunciou ao mesmo cargo no passado.

"Eu enfrentei processo de cassação por questões privadas, eu renunciei porque a crise foi tanta, e vossa excelência alimentou esta crise muitas vezes", disse Calheiros, acusando Simon de [ter duas caras:] agir nos bastidores com uma relação de parceria e, no Plenário, realizar discursos duros.

Simon rebateu dizendo que Renan Calheiros está sempre do lado do governo, sempre apoiando quem está no poder e citou sua relação com Fernando Collor como exemplo disso. A fala de Simon provocou a ira de Collor, que o chamou de impostor.

Collor: Essa Casa não pode se agachar àquilo que a mídia deseja

"Suas palavras em relação a mim e a minha relação política são palavras que eu não aceito, palavras que eu quero que o senhor as engula e as digira como julgar conveniente. As minhas relações com o senador Renan são conhecidas e são relações das quais nunca me arrependi", afirmou visivelmente exaltado o ex-presidente.

"Estou do lado dele (Calheiros) e de Sarney. Essa Casa não pode se agachar àquilo que a mídia deseja. Ela (imprensa) não conseguirá retirar o presidente Sarney desta cadeira, nem ela nem o senhor (Simon) nem quem mais esteja depauperando com o senhor parlapatão que é", completou.


Não me peçam para gostar do Collor, eu não votaria nele se morasse em Alagoas (só que a gente tem respeitar o mandato dele conquistado nas urnas). Mas dá inveja ver ele usando a tribuna do Senado para dizer, com todas as letras, aquilo que dizemos há tempos: os senadores não podem se pautar pela mídia.

Senão, a gente elege um senador, mas quem manda neles, acaba sendo os donos de jornais e TVs, através de seus editores sabujos. Quando mais senadores abaixarem a cabeça para a mídia, mais atrasam a democratização das comunicações.

Voltando ao PMDB... a oposição quis transformar o Senado em um Coliseu de gladiadores. Agora começam a colher a tempestade que plantaram.

Em tempo: o PIG (imprensa golpista), cujo noticiário conta somente a versão demo-tucana das coisas, perdeu momentâneamente o rumo com a reação da oposição. Querem ver a prova?

Um dos principais blogs políticos da blogosfera demo-tucana, que serve mais ou menos como termômetro dos passos da oposição, simplesmente escondeu dos leitores os FATOS de HOJE, sonegando os detalhes, em dois atos:

1) Descreveu só o discurso de Pedro Simon sem descrever a resposta de Renan, nem de Collor.

2) Na falta de um bom "teste de hipótese" adequado à oposição, tirou do fundo do baú um vídeo da campanha de 1989, da campanha de Collor.

Pobres leitores desinformados, do PIG. Pelo menos deveriam ter o direito de saber o que acontece e tirar suas próprias conclusões.

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