Pages

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Não toquem em Sarney agora: ele representa a devolução de R$ 376 milhões por ano aos cofres públicos

Por incrível que pareça, enquanto a vadiagem dos senadores corre solta, entre briga de comadres, futricas, fofocas, bate-boca, atividade legislativa com base em recortes de jornais, conspiraçõezinhas de quinta categoria, maracutaias, negociatas, acórdões...

... quem está fazendo a diferença no Senado, em defesa dos cofres públicos, é justamente José Sarney.

Enquanto os senadores da oposição vadiavam com Dona Lina Vieira na terça-feira, naquele mesmo momento Sarney recebia o relatório de consultoria que ele encomendou da Fundação Getúlio Vargas, para cortar despesas supérfluas do Senado e fazer uma reforma administrativa.

Com isso, o Senado vai reduzir R$ 376,4 milhões ao ano, de seus custos, com mão-de-obra terceirizada, salários efetivos e comissionados, obrigações patronais e outros custos com serviços terceirizados.

Ainda é pouco, mas em se tratando de uma casa corporativa, como o Senado, já é um bom começo. E R$ 376 milhões de volta aos cofres da União dá para empregar muito melhor esse dinheiro em forma de serviços públicos ao cidadão ou programas sociais.

O relatório recomenda também um máximo de 25 assessores para cada gabinete de senador, o que ainda é muito, mas já é um avanço perto dos 52 assessores de Efraim Morais, e da grande maioria dos senadores usarem por volta de 30 a 40 apaniguados.

Sarney quer mexer nas estruturas para sua cabeça não rolar (por esperteza; a mesma que o levou a fazer a plano Cruzado - quando perdia apoios políticos - abraçando teses econômicas da esquerda do PMDB da época, capitaneadas por Maria da Conceição Tavares e Celso Furtado).

Os "paladinos da moralidade" do Senado querem a cabeça de Sarney, para deixar as mamatas dos senadores intocáveis, e continuarem com esses R$ 376 milhões de gastos supérfluos à disposição, para meterem a mão na grana.

Nada disso! Não agora!! De jeito nenhum. É imperativo e altamente patriótico defender que Sarney acabe de cortar essa mamata toda. Se ele é afastado, a imprensa muda de assunto, abafa, e esse relatório acaba engavetado.

No momento, Sarney virou o homem que está devolvendo R$ 376 milhões, da gastança dos 81 senadores, para o bolso do povo brasileiro.

É inaceitável interromper esse processo.


E agora, os senadores do PT "jogarão contra o patrimônio"?

Será que a bancada de senadores do PT consegue pensar programaticamente uma vez na vida dentro do Senado, longe de nomes, mas do lado certo das ações concretas?

Ou vai continuar prisioneira do baixíssimo clero, da vadiagem da oposição, dando prejuízo de R$ 376 milhões ao povo brasileiro?


Síntese do corte:

- Das 38 Secretarias, 23 são convertidas em departamentos, a Assessorias e
controladoria, 2 são mantidas (Secretaria de Comunicação e a nova Secretaria de
Gestão do Conhecimento) e 13 são eliminadas;

- Das 73 subsecretarias, 62 são convertidas em coordenações e 11 são eliminadas;

- São eliminados 43 gabinetes de a Subsecretarias e 25 gabinetes de a Secretarias;

- São eliminadas 2 assessorias nos escalões intermediários; e

- São eliminadas 144 unidades operacionais (nível de o Serviço), destacadamente de
apoio técnico e apoio administrativo.

Para conhecer o relatório completo da FGV, clique aqui (arquivo em PDF 2,8MB)

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração